Não há duas sem três: Remco Evenepoel ficou no segundo lugar da última etapa da Volta ao Algarve, na subida ao Alto do Malhão em Loulé, e conquistou a prova pela terceira vez. O ciclista da Soudal-Quick-Step junta assim o ano de 2024 às vitórias em 2020 e 2022, igualando o recorde de Belmiro Silva, que ganhou em 1977, 1981 e 1984.

Remco Evenepoel cruzou a meta atrás do colombiano Daniel Martínez (BORA), vencedor da Volta ao Algarve no ano passado que ficou agora no segundo lugar da classificação geral e a 43 segundos da liderança. O belga de 24 anos conquistou a camisola amarela este sábado, ao vencer o contrarrelógio de Albufeira, e conseguiu manter-se no topo numa derradeira etapa em que perdeu para Martínez no sprint final mas não deixou fugir os segundos necessários para carimbar o terceiro triunfo na competição portuguesa.

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Do ponto de vista português, António Morgado (Emirates) fechou a etapa em 10.º na primeira temporada no World Tour, terminando na mesma posição na classificação geral e a 2.09 minutos de Remco Evenepoel. Jan Tratnik, da Jumbo-Visma, encerrou a Volta ao Algarve no terceiro lugar e fechou o pódio atrás do belga e de Daniel Martínez, que apesar de não ter conseguido repetir a vitória do ano passado sai da prova com dois triunfos, no Alto da Fóia e no Alto do Malhão.

Podem estar todos contra ele, ele ainda consegue ganhar a todos: Remco Evenepoel vence contrarrelógio e lidera Volta ao Algarve

“Estou muito contente com a vitória na classificação geral. Foi muito bom ver a forma como a equipa conseguiu gerir a situação, porque mantivemos a calma. Principalmente agora que podemos contar com alguém como o Mikel Landa, que tem muita experiência e controla tudo. Estou muito orgulhoso dele”, disse Remco Evenepoel depois de cruzar a meta, referindo-se ao considerável ataque que Wout van Aert (Jumbo-Visma) foi colocando em prática ao longo de toda a etapa.

“Nos últimos 20 quilómetros já não conseguia correr por dentro. E todos sabem que gosto de ter uma cadência alta. Também se notou no sprint. Sentia que tinha potência, mas como ia por fora estava a perder energia. Foi uma pena, porque podia ter ganho a etapa. Tinha muita vontade de ganhar, porque a equipa estava forte. Mas falharam-me as pernas. É uma pena, porque era um dos mais fortes na subida. Mas é a vida. Agora vou descansar um pouco”, terminou.