Ainda antes do dérbi em Alvalade frente ao Sporting da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, a SAD do Benfica apresentou à CMVM os resultados do primeiro semestre do presente exercício de 2023/24, que fecharam com lucro de 18 milhões de euros entre outros dados positivos realçados pela sociedade.

“O resultado líquido do período ascende a 18 milhões de euros positivos, o que representa uma melhoria de 31,4 milhões de euros face a período homólogo do exercício 2022/23. Os rendimentos operacionais (excluindo transações de direitos de atletas) atingem os 106,4 milhões de euros, o que representa uma redução de 4,6% face aos 111,5 milhões de euros apresentados no período homólogo. Este valor corresponde ao segundo melhor registo alcançado pela Benfica SAD num primeiro semestre, sendo de destacar os crescimentos de 25,6% e 5,7% nos rendimentos com commercial e matchday, respetivamente”, começou por explicar a Benfica SAD no comunicado de resumo enviado à CMVM esta quinta-feira.

“Já os rendimentos totais ascendem a 180,4 milhões de euros, o que representa um crescimento de 41,8% face aos 127,3 milhões de euros apresentados no período homólogo. Esta variação é justificada pelo aumento dos rendimentos com transações de direitos de atletas, que representaram 68,3 milhões de euros no presente semestre, o que significa um crescimento de 453% face aos 12,3 milhões de euros registados no período homólogo”, acrescentou a sociedade encarnada ainda sobre esse capítulo dos rendimentos.

“O ativo corresponde a um valor de 573,4 milhões de euros, o que reflete um aumento de 2,8% face ao final do exercício anterior, no qual ascendia a 557,8 milhões de euros, sendo esta variação principalmente explicada pelo aumento do saldo das rubricas de clientes e outros devedores e de ativos intangíveis – plantel de futebol –, e pela diminuição da rubrica de caixa e equivalentes de caixa. O passivo apresenta um valor de 442,2 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 0,6% face ao final do exercício transato, sendo de realçar as diminuições verificadas nas rubricas de outros passivos não correntes e de fornecedores e outros credores correntes”, explicou sobre o atual ativo e passivo.

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“O capital próprio corresponde a um valor de 131,3 milhões de euros, o que representa um aumento de 15,9% face ao montante de 113,2 milhões de euros apresentado em 30 de junho de 2023, sendo esta variação positiva justificada pelo resultado líquido deste semestre. O valor do capital próprio a 31 de dezembro de 2023 continua a ser um indicador positivo do desempenho económico e da estabilidade da Sociedade nos últimos exercícios, a qual recuperou um valor acumulado de 155 milhões de euros desde 30 de junho de 2013″, concluiu a mesma missiva da sociedade que gere o futebol do conjunto da Luz.

O Relatório e Contas explica também os montantes que entraram nas contas da sociedade em termos de venda, deduzindo comissões e mecanismos de solidariedade. Assim, Gonçalo Ramos, que saiu para o PSG por empréstimo com uma opção de compra que já foi acionada, rendeu 58,73 milhões dos 65 milhões de euros envolvidos na transferência, ao passo que Vlachodimos deu 4,9 milhões de euros com 1,2 milhões entre mecanismos de solidariedade e comissões. Yaremchuk, avançado ucraniano vendido ao Club Brugge que está agora por empréstimo no Valencia, foi vendido por 16 milhões mas rendeu somente 1,2 milhões de euros, tendo em conta que o Benfica pagou o que faltava liquidar da sua contratação ao Gent. Já as quatro cedências definitivas feitas em janeiro, entre Musa Musa (Dallas FC), Lucas Veríssimo (Al Duhail), Chiquinho (Olympiakos) e João Victor (Vasco da Gama), renderam um total de 23,5 milhões de euros, havendo ainda mais seis milhões de possíveis acrescentos mediante cumprimento de objetivos desportivos.