A mesma zona, os mesmos grupos, a chegada por uma zona diferente. O dérbi entre Sporting e Benfica, o primeiro desde que os dois conjuntos empataram naquilo que foi quase um “carimbo” do título encarnado na última época, ficou marcado pelos confrontos entre adeptos nas imediações do Estádio José Alvalade, na zona de Telheiras onde estão as roulotes perto do viaduto da Avenida Padre Cruz, primeiro com a chegada de um grupo de casuais encarnados pela zona traseira onde se concentravam centenas de pessoas com muitas famílias e crianças em amena convivência e mais tarde com o encaminhamento desse mesmo grupo em caixa de segurança até ao recinto enquanto um outro grupo que entretanto tinha sido intercetado pelos spotters foi também “detetado” por adeptos verde e brancos. Houve chuva de pedras e garrafas, várias tochas, algumas agressões e feridos, pelo menos dois a receberem assistência médica. Cenas lamentáveis, outra vez.

Três episódios de confrontos na mesma zona, tochas pelo ar, chuva de pedras e garrafas: o caos na antecâmara do dérbi em Alvalade

No interior do recinto, uma realidade diferente. Também houve muita pirotecnia, como já é habitual, mas os confrontos foram todos em campo e, à exceção de um momento de maior confusão no seguimento de uma falta de Kökçü sobre Hjulmand que incendiou os ânimos, de forma intensa mas legal. Com mais de 45 mil nas bancadas, entre algumas provocações com tarjas nas bancadas (neste caso do lado leonino, visando um caso de Justiça da claque contrária), o Sporting voltou a começar na frente com golos de Pedro Gonçalves e Gyökeres antes da resposta de Aursnes e dois lances anulados pelo VAR que impediram uma chuva de golos.

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Gyökeres deu finalmente uma fama com proveito a Amorim (a crónica do Sporting-Benfica)

No final, num ambiente de fair play, as atenções foram-se dividindo. Rúben Amorim deslocou-se ao banco contrário para cumprimentar todos os os elementos encarnados, entre os quais estavam ex-companheiros Luisão e Javi Garcia, vários jogadores foram trocando abraços incluindo um entre Coates e João Neves que fez o grande “boneco” nessa fase e as águias foram também na direção de Fábio Veríssimo para tentarem perceber as razões que levaram ao golo anulado a Ángel Di María que daria o empate (com o árbitro a falar e explicar por gestos a irregularidade de Tengstedt). Tudo tranquilo num dérbi que começou da pior forma fora do estádio e que terá em abril mais dois capítulos, em Alvalade (Campeonato) e na Luz (Taça).