O sindicato que representa os trabalhadores da EMEL reuniu-se esta sexta-feira com o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Anacoreta Correia, e recebeu garantias de que vai ser retomado o processo de negociações salariais, disse esta sexta-feira um sindicalista.

De acordo com Orlando Rodrigues, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), o vice-presidente revelou terem sido dadas “orientações ao Conselho de Administração da EMEL para continuar o processo negocial e pediu que haja negociação entre ambas as partes”.

“Esperamos, portanto, desta maneira, que na próxima reunião, que entretanto já seguiu o pedido, seja apresentada uma contraproposta ao nosso caderno reivindicativo e que assumam também nessa reunião que há o compromisso de implementação das diuturnidades”, salientou.

Segundo Orlando Rodrigues, os trabalhadores querem “que seja apresentada uma contraproposta, que sejam assumidos os compromissos que anteriormente já tinham sido assumidos pelo Conselho de Administração (CA) da EMEL”.

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Nos últimos meses, os trabalhadores da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) têm realizado plenários junto à Câmara Municipal de Lisboa para reivindicarem uma reunião com a autarquia.

Os trabalhadores querem que a empresa detida a 100% pela Câmara cumpra os compromissos assumidos em 2023 e que ainda não foram implementados.

Nesse sentido, o CESP transmitiu estas sexta-feira ao vice-presidente da Câmara de Lisboa a responsabilidade que a autarquia tem no processo negocial, uma vez que é o acionista único da EMEL, indicou o sindicalista.

Em causa está também a negociação do caderno reivindicativo para 2024 dos trabalhadores da EMEL, um processo que já se arrasta há três meses, tendo sido proposto aos trabalhadores um aumento de 52,64 euros, de acordo com a função pública.

Além dos salários, os trabalhadores colocam igualmente em cima da mesa, e não abdicam, do “compromisso de implementação das diuturnidades acordado no processo do ano passado e que querem que seja cumprida a palavra”, disse Orlando Rodrigues.

De acordo com o sindicalista, foi proposta ao CA da EMEL a data de 26 de março ou 2 de abril para a próxima reunião, ficando agora o CESP a aguardar uma resposta.

“Depois desta conversa estamos na expectativa de que na próxima reunião nos seja apresentada uma contraproposta, tendo em conta que nos tinha sido dito anteriormente que não ia avançar mais”, explicou.