29 jornadas, 77 pontos. Com a vitória desta terça-feira contra o Famalicão, o Sporting já alcançou o melhor registo de sempre no Campeonato, superando a marca de 1979/80 em que somou 73 pontos nas mesmas 29 jornadas. Os leões têm agora sete pontos de vantagem na liderança da Primeira Liga, numa altura em que restam apenas cinco jogos no calendário, sendo que só tinham estado tão folgados no primeiro lugar precisamente na última vez em que foram campeões, em 2020/21.

Pote, a voz de um objetivo com dois meses e meio que não ficou por cumprir (a crónica do Famalicão-Sporting)

Para além dos sete pontos de distância para o Benfica, o Sporting tem agora mais 18 pontos do que o FC Porto, o que significa que os dragões já estão matematicamente afastados do título — algo que não acontecia tão cedo na temporada desde 1972/73. Os leões somaram a sétima vitória consecutiva no Campeonato, assim como a 16.ª jornada sem perder, e mantêm um registo assinalável de jogos consecutivos a marcar na Liga que já dura desde a época passada.

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Depois do apito final, sem se esconder em discursos teoricamente humildes, Rúben Amorim assumiu que a vitória em Famalicão foi um passo de gigante rumo à conquista do Campeonato. “É uma vitória que nos cai muito bem. Sofremos hoje para se calhar não sofrermos mais à frente. Os jogos vão-se tornando mais complicados. O Famalicão pressionou-nos mais no fim. Quanto a mim, ganhámos bem porque estivemos sempre mais perto do golo. Sem grandes oportunidades, controlámos o jogo com bola e fomos a melhor equipa em campo. Foi um jogo com várias fases, mas onde fomos mais competentes. Vamos continuar como se tivéssemos zero pontos de vantagem. Vamos precisar do nosso público. Se foi um passo muito importante? Sem dúvida, não há como escondê-lo”, começou por dizer.

“Se havia jogo em que tínhamos de marcar só um golo, era este. Sofremos zero e isso deu-nos a vitória. Com o desenrolar do Campeonato, estes jogos tornam-se difíceis. O Famalicão é uma equipa que atravessa um bom momento, sem grandes responsabilidades. Tivemos mais oportunidades durante a partida, só nós é que complicámos o jogo. Diria que controlámos sempre bem, menos nos últimos 10 minutos, em que nos agarrámos uns aos outros”, acrescentou Amorim na zona de entrevistas rápidas.

Por fim, o treinador leonino justificou a titularidade de Daniel Bragança, em detrimento de Morita, e também a saída do médio na segunda parte. “Tinha feito duas recuperações em que vinha atrás do jogador, com cartão amarelo, e ficou condicionado. Provou mais uma vez que fez um excelente jogo. Está a lutar por um lugar. Quase marcava, numa grande oportunidade, um grande remate, mas fez muito mais do que isso, está muito mais jogador”, afirmou, antes de comentar o facto de Gyökeres levar agora cinco jogos sem marcar. “Fica muito stressado se não marca, mas ajuda a equipa. Esticou a equipa, segurou a bola. Não marcou, mas vai marcar mais para a frente”, terminou Rúben Amorim.