António Ramalho saiu do conselho de administração da Cruz Vermelha Portuguesa, cargo que ocupava há cerca de um ano. De acordo com informação obtida pelo Observador, a saída foi comunicada por carta de renúncia entregue poucos dias depois de a mulher, Maria do Rosário Palma Ramalho, ter tomado posse como ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, no início de abril.

O ex-presidente do Novo Banco estava na Cruz Vermelha – um organismo que trabalha de forma próxima com o Estado que tem alguma tutela sobre a entidade – há cerca de um ano, sem remuneração. Foi convidado para esse lugar por António Saraiva, atual presidente da Cruz Vermelha (e ex-líder da CIP) que sucedeu nesse cargo a Ana Jorge, que saiu para a presidência da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

O conselho supremo da Cruz Vermelha tem mesmo um elemento nomeado pela segurança social. Contactado pelo Observador, António Ramalho não quis fazer comentários e António Saraiva, também contactado, não estava disponível. Esta notícia será atualizada quando esse contacto for possível.

Já a Cruz Vermelha Portuguesa, através de comunicado oficial, veio “agradecer ao Dr. António Ramalho o inestimável contributo prestado”, indicando que a renúncia foi aceite “com efeitos imediatos”. “Inexistindo qualquer incompatibilidade legal decorrente daquela nomeação, entendeu o Dr. António Ramalho que, considerando as significativas relações da CVP com o referido ministério, a renúncia ao cargo é a decisão que melhor serve os interesses da instituição”, explicou a Cruz Vermelha em declarações enviadas ao Observador.

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