O cabeça de lista do MPT – Partido da Terra às eleições do próximo domingo na Madeira, Válter Rodrigues, defendeu esta quinta-feira a extinção do atual sistema de avaliação dos funcionários da administração pública, que considera ser injusto.

“Vamos retirar esse sistema que é injusto na progressão nas carreiras”, afirmou o candidato do MPT às eleições regionais antecipadas na região autónoma à agência Lusa.

Válter Rodrigues aproveitou para esclarecer declarações feitas sobre imigrantes, salientando que a candidatura considera que todos os imigrantes em Portugal devem aprender o português.

“Não somos contra [os imigrantes]”, assegurou o responsável regional do MPT, até porque são precisos, visto que “há falta de população”.

Mas, complementou, ” eles têm de aprender o português e isto tem que ser legislado no continente, a lei sobre a imigração”.

Para o candidato, “é importante que toda a gente fale português para estar em Portugal, para perceber os nossos costumes e as nossas leis” e “neste caso tem que haver legislação para que falem português”.

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Válter Rodrigues ainda apelou para que, no domingo, as pessoas “saiam de casa e vão votar”, instando a que “não liguem às sondagens que não vão levar ao caminho certo”.

As legislativas da Madeira decorrem no domingo, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

O sorteio da ordem no boletim de voto colocou o Alternativa Democrática Nacional (ADN) em primeiro lugar, seguindo-se Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV), Chega (CH), CDS – Partido Popular (CDS-PP), Partido da Terra (MPT), Partido Social-Democrata (PPD/PSD), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Trabalhista Português (PTP) e Juntos Pelo Povo (JPP).

Segundo dados do Ministério da Administração Interna, estão recenseados para votar 254.522 eleitores.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

O PSD sempre governou no arquipélago e venceu com maioria absoluta 11 eleições entre 1976 e 2015.