Nunca voltes a um lugar onde foste feliz. A mítica frase popular podia perfeitamente resumir o primeiro dia de Miguel Oliveira na Catalunha. Depois de ali ter triunfado em 2021 e de, anteriormente, ter subido três vezes ao pódio no Moto2 e Moto3, os primeiros sinais do português até foram animadores, mas traduziram-se em pouco.

Uma bandeira amarela que foi o sinal vermelho à Q2: Miguel Oliveira termina em 13.º e vai passar pela Q1 na Catalunha

Já este sábado continuaram as homenagens a Aleix Espargaró, piloto da casa que se vai despedir do MotoGP no final da temporada, e Miguel Oliveira lá conseguiu galgar uns lugares na tabela classificativa na última sessão de treinos livres do fim de semana: foi sexto a quase quatro décimos de segundo do catalão. Seguiu-se a Q1 e aí voltou a falhar o acesso à Q2, terminando na quinta posição. Deste modo, o corredor de Almada chegava à corrida sprint na 15.ª posição da grelha de partida.

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“Neste momento, tenho uma mota muito nervosa. Não consigo entrar para a curva com velocidade, não consigo ter velocidade em curva e a sair das curvas perco muita tração. Ao longo do circuito da Catalunha, sem grip no asfalto, tudo isto se torna muito mais evidente. É difícil para mim apontar um par de problemas. Mas principalmente temos de encontrar mais estabilidade e tração traseira”, afirmou, na sexta-feira, Miguel Oliveira em declarações à SportTV.

Com um arranque a todo o gás, o piloto português chegou ao final da primeira volta na nona posição, subindo cinco lugares nos primeiros 4.675 metros da sprint. À semelhança do corredor da Trackhouse, Pecco Bagnaia também teve um excelente e assumiu a liderança.

Depois de Bagnaia e Alex Márquez terem sido alertados sobre os limites de pista, Raul Fernández (colega de equipa de Miguel Oliveira), que tinha assumido o primeiro posto poucos minutos antes, caiu e teve de abandonar. Na sétima volta aconteceu o mesmo com Brad Binder… que também liderava.

Perante estes incidentes, Miguel Oliveira assumiu o sétimo posto e Bagnaia voltou à liderança, ganhando tempo aos adversários mais próximos: Aleix Espargaró e Pedro Acosta. A três voltas do fim, quando procurava a aproximação ao top 5, o piloto português sofreu uma queda — mais uma — e foi forçado a abandonar a sprint do Grande Prémio da Catalunha, numa fase em que estava dentro dos pontos.

Na frente, o azar voltou a tomar conta dos líderes e, na última volta, foi a vez de Pecco Bagnaia cair, numa fase em que tinha a corrida completamente controlada. Com este incidente, Aleix Espargaró assumiu a primeira posição e triunfou pela segunda vez consecutiva na sprint em Barcelona. Marc Márquez e Pedro Acosta completaram o pódio.