Foi nos passados dias 16, 17 e 18 de maio que o Convento São Francisco, em Coimbra, recebeu o labsummit. Durante três dias, mais de 50 keynote speakers – nacionais e internacionais – apresentaram mais de 100 sessões, que encheram as oito salas do Convento. Além das palestras, houve ainda espaço para workshops, exibições e networking entre os participantes. Com mais de 1000 inscritos, a primeira edição do labsummit foi um verdadeiro sucesso.

“As expectativas eram conseguir no mesmo local, no mesmo evento, no mesmo fórum, juntar laboratórios e indústrias de vários setores. A outra expectativa era criar uma dinâmica de networking que efetivamente funcionasse”, diz Susana Cunha, responsável de Desenvolvimento de Negócio da Área das Ciências da Vida e Laboratoriais do ISQ e representante do ISQ no consórcio labsummit.

Num auditório repleto, a cerimónia de abertura ficou a cargo de Paulo Rego, CEO da Ambidata Group, Jorge Serra, Presidente do Conselho de Administração da RELACRE, Pedro Matias, Presidente do Conselho de Administração do ISQ, José Manuel Silva, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra e João Ramalho Santos, Vice-Reitor para a Investigação da Universidade de Coimbra.

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Paulo Rego começou por exprimir os desejos da organização para o evento: “espero que estes dois dias sejam dias de recolher muitas dicas, muitas sugestões de melhoria, que a seguir, nos vossos laboratórios, no vosso dia a dia possam utilizar para melhorar o funcionamento dos vossos processos”.

“Acreditamos que o labsummit pode ser uma enorme oportunidade para todos aprendermos uns com os outros, para todos podermos trocar as nossas melhores experiências para fazermos da indústria laboratorial uma indústria mais forte, com melhores resultados. Acreditamos que juntos somos capazes de ir mais longe, somos capazes de vencer novos desafios e somos capazes de quebrar as fronteiras do conhecimento”, acrescentou Jorge Serra.

Participantes nacionais e internacionais juntam-se em Coimbra

Com palestrantes e participantes de Portugal e Espanha, mas também de países como o Brasil, Estados Unidos, Angola, Moçambique ou Cabo Verde, a organização do labsummit implicou um trabalho exaustivo de planeamento e coordenação.

“A génese do labsummit foi desde logo juntar três entidades completamente diferentes [Ambidata Group, ISQ e RELACRE], com posicionamentos completamente diferentes no mercado, e cada uma à sua maneira e em diferentes perspetivas tem relação com entidades fora do país”, afirma Susana Cunha.

A união, no mesmo espaço, de pessoas de tantos meios e países diferentes foi uma das grandes mais-valias da cimeira: “na organização do labsummit a grande oportunidade foi toda a rede de contactos novos, todas as pessoas que nós encontramos”, remata a representante do ISQ.

Palestras, workshops, painéis de discussão e networking

Durante os dois primeiros dias, o labsummit foi palco de mais de 100 sessões ligadas a setores como Ambiental, Farmacêutico, Indústria de Processo, Automóvel, Energia ou Alimentar. Inteligência artificial, automação, técnicas de gestão ou sustentabilidade em laboratórios foram apenas alguns dos temas em destaque nas palestras em que os participantes puderam atualizar-se quanto às últimas novidades na área.

Além das palestras, o labsummit também contou com workshops, que permitiram aos participantes conhecer novas técnicas de laboratório, melhorar as suas habilidades e trocar ideias com outros profissionais do setor.

Num ambiente verdadeiramente estimulante de partilha de conhecimento, o labsummit possibilitou a conexão entre colegas, profissionais do setor, fornecedores, especialistas e líderes de opinião no campo dos laboratórios. Aliás, o networking era considerado um dos aspetos mais relevantes do evento. Como afirma Susana Cunha, o objetivo era “que as pessoas saiam daqui com insights importantes, que saiam daqui com visões novas, diferentes, com vontade de fazer diferente, com a mente mais aberta, mas também com contactos novos. E com oportunidades concretas de poder fazer negócio”.

Coimbra: a capital do conhecimento

Com vista para a zona histórica, o rio Mondego e a Velha Cabra, o Convento São Francisco foi o local escolhido para acolher a primeira edição do labsummit. E percebe-se bem a escolha: “Coimbra é a capital do conhecimento, a capital do debate e de colocar na ordem do dia um tema da maior importância”, diz Pedro Matias, Presidente do Conselho de Administração do ISQ.

Susana Cunha diz que Coimbra não seria, talvez, uma escolha imediata para se fazer um primeiro grande evento, mas que para a organização do labsummit não houve dúvidas: “Não conseguimos pensar de outra forma. Queríamos excluir logo à partida [os grandes centros], e Coimbra encantou-nos pelas condições que ofereceu, por ter a Universidade, que foi o primeiro parceiro e o grande parceiro, efetivamente. E porque também temos esta responsabilidade, se vamos trazer gente a Portugal, se vamos trazer inclusive pessoas de todo o país, de dar aqui algum contributo também ao próprio país. Então, levar o conceito de turismo científico a Coimbra era quase obrigatório. E por outro lado tivemos esta preocupação também de interagir com a comunidade”.

Cultura e entretenimento

Se está a pensar que o labsummit foi só “trabalho”, desengane-se. Durante os três dias do evento ainda houve tempo para convívio, momentos de entretenimento e visitas culturais.

Além dos eventos sociais, que encerraram os dois primeiros dias, os participantes do labsummit ainda tiveram a oportunidade de assistir ao espetáculo do humorista Hugo van der Ding. O sábado, último dia do evento, foi reservado para as sessões sociais, que incluíram visitas ao Jardim Botânico, à Porta Férrea e à Ponte Santa Clara.

Ficou com vontade de participar no próximo labsummit? A cimeira estará de volta em 2026.