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Os Estados Unidos manifestaram-se esta terça-feira “profundamente entristecidos” pela morte de palestinianos num bombardeamento israelita no domingo em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e aguardam resultados “rápidos e transparentes” da investigação do Exército de Israel.

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“Monitorizaremos de perto os resultados desta investigação”, garantiu esta terça-feira o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em declarações aos jornalistas.

Miller sublinhou que os Estados Unidos continuarão “a enfatizar a Israel a sua obrigação de cumprir integralmente o direito humanitário internacional, de minimizar o impacto das suas operações sobre os civis e de maximizar o fluxo de assistência humanitária aos necessitados”.

O porta-voz do Departamento de Estado reiterou ainda que “Israel tem o direito de perseguir os terroristas do Hamas responsáveis pelo assassinato a sangue frio de civis, como parece ter sido o caso aqui, e o Hamas deveria parar de se esconder atrás de civis em Gaza”.

Desde os primeiros relatos do ataque, Washington expressou as suas preocupações às autoridades israelitas, acrescentou.

De acordo com Israel, o Exército visou e matou dois altos funcionários do Hamas de Rafah durante o ataque de domingo, após o qual eclodiu um incêndio que devastou um campo para palestinianos deslocados localizado “a uma distância” do local atingido.

O Exército israelita atribuiu o incêndio à explosão de munições armazenadas em instalações do movimento islamita palestiniano Hamas próximas das que bombardeou.

Já a Defesa norte-americana (Pentágono) frisou esta terça-feira que Washington continua a acreditar que a operação israelita em Rafah continua limitada, apesar do recente ataque mortal.

A Casa Branca referiu, na semana passada, que considerava a operação militar israelita em Rafah “direcionada e limitada”, mas o Presidente Joe Biden ainda não comentou o ataque de domingo.

Levamos muito a sério o que aconteceu neste fim de semana. Todos nós vimos as imagens, elas são absolutamente horríveis. Apoiamos o que aconteceu neste fim de semana? É claro que não queremos ver esse tipo de morte”, referiu Sabrina Singh, vice-porta-voz do Pentágono, durante uma conferência de imprensa.

Questionada sobre a presença de tanques israelitas no centro de Rafah, segundo testemunhas, Sabrina Singh repetiu: “Nada mudou em relação ao que já disse. Ainda acreditamos que se trata de uma operação limitada”.

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