A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) pediu esta quarta-feira às entidades governamentais que procedam ao levantamento dos prejuízos causados pelo mau tempo nos Açores, nas culturas e infraestruturas agrícolas, bem como ao pagamento das indemnizações.

Culturas como a do milho, base de alimentação das vacas, tiveram “elevados prejuízos” e algumas sementeiras foram totalmente perdidas.

“A CAP partilha a preocupação dos agricultores açorianos relativamente aos prejuízos provocados pelas condições climatéricas recentemente verificadas e apelou às entidades governamentais para procederem a um célere levantamento dos prejuízos verificados nas culturas e infraestruturas agrícolas nas zonas mais fustigadas pelo mau tempo na Região Autónoma dos Açores — com especial incidência nas ilhas de São Miguel, Terceira e Pico”, referiu, em comunicado.

A confederação pediu ainda que as indemnizações que vierem a ser apuradas sejam pagas com a maior brevidade possível.

Sublinhando que ainda não existe um seguro de colheitas para cobrir esta ocorrência, a CAP vincou que compete ao Governo Regional e ao Governo da República “diligenciarem para que os apoios para este efeito cheguem rapidamente aos agricultores”.

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A chuva forte e trovoada provocaram, entre a noite de domingo e as 08h00 locais (09h00 em Lisboa) de segunda-feira, 44 ocorrências nas ilhas Terceira, São Miguel e Pico, como inundações e derrocadas.

Num balanço, o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) informou, na segunda-feira, que a maioria das ocorrências (32) foram na ilha Terceira e que todas se registaram no concelho da Praia da Vitória, afetando sobretudo as freguesias das Fontinhas, São Brás e Vila Nova.

Das restantes, 11 foram em São Miguel (Ponta Delgada, Ribeira Grande, Povoação e Nordeste) e uma nas Lajes do Pico.