O município de Vieira do Minho, distrito de Braga, inaugurou esta quinta-feira formalmente a nova Unidade de Saúde, que custou 1,8 milhões de euros, com críticas da oposição PS que disse “recusar participar nesta festa do PSD”.

A inauguração da Unidade de Saúde, que está a funcionar normalmente desde 3 de junho, contou com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, de vários autarcas vizinhos e de dezenas de populares que marcaram presença junto do edifício, em dia de muito calor.

“Demos os primeiros passos com a aquisição do terreno, seguiu-se a elaboração do projeto, ouvindo e respeitando quem de direito sobre as necessidades técnicas e programa funcional para uma intervenção desta natureza. Lançamos a obra a concurso, tendo sido adjudicada por 1,8 milhões de euros, apoiada por fundos comunitários em 78%. Comparticipação financeira nacional não houve. O Estado central, à data [Governo PS], demitiu-se das suas funções”, disse o presidente da câmara de Vieira do Minho, António Cardoso (PSD).

O município a suportou cerca de 700 mil euros, além dos 278 mil euros que pagou pela aquisição do terreno onde foi implementada a nova Unidade de Saúde.

No seu discurso, o autarca explicou que a Unidade de Saúde de Vieira do Minho inclui edifício, sede, os polos de Rossas e Ruivães, dá resposta a um universo de 12.300 utentes e nos seus quadros integra 48 profissionais, dos quais oito médicos, oito enfermeiros, assistentes técnicos e operacionais.

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“Não temos aqui cidadãos sem médico de família. Vieira do Minho dispõe agora de uma infraestrutura moderna, adequada às necessidades do nosso território, com edifício acessível e próximo dos cidadãos”, defendeu António Cardoso.

Na Unidade de Saúde funciona um serviço de atendimento complementar aos fins de semana e feriados, das 9h00 e às 17h00, e no período noturno, entre as 20h00 e as 22h00.

“Atualmente este serviço precisa de médicos de saúde geral e familiar”, alertou o autarca.

Em comunicado enviado esta quinta-feira à agência Lusa, o PS de Vieira do Minho diz que “se recusou a participar nesta Festa do PSD, paga com o dinheiro de todos os Vieirenses”.

“O novo Centro de Saúde já está aberto ao público e em normal funcionamento desde o dia 3 de junho, pelo que esta inauguração é extemporânea e destituída de sentido, sendo apenas mais uma Festa do PSD, paga com o dinheiro de todos os Vieirenses”, acusa o PS local.

O PS de Vieira do Minho tem uma versão contrária à do presidente da câmara, dizendo que o anterior Governo “apoiou esta obra ao realizar o trabalho para a obtenção do financiamento para diversos Centros de Saúde, onde incluiu o de Vieira do Minho”.

“O local onde foi construído o atual edifício (encravado no miolo da Vila e escolhido pelo Sr. Presidente da Câmara num processo conduzido em segredo), foi considerado pelo PS um erro histórico, por não reunir as condições mínimas necessárias. Um terreno pequeno, sem espaço para o estacionamento, onde não sobra um palmo para uma eventual necessidade de expansão e de acessibilidade condicionada pela sua localização. Evidências, reconhecidas pela própria Câmara ao fazer obras de última hora”, denunciam os socialistas de Vieira do Minho.