Os trabalhadores da Carristur, empresa da transportadora Carris que presta serviços de turismo e formação, cumprem neste sábado uma greve de 24 horas, reivindicando um aumento salarial e a redução do horário de trabalho.

Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), a greve inicia-se às 00h00 e termina às 24h00 de sábado, dia 27.

No domingo — e à semelhança do que vem acontecendo desde o dia 20 —, os trabalhadores voltam à greve parcial, que afeta as três primeiras e as três últimas horas do dia de trabalho, protesto que se manterá até haver evolução nas negociações com a empresa, adiantou à Lusa Manuel Leal, do STRUP.

Os trabalhadores (em geral) da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, operador de transportes públicos da capital, cumpriram uma greve parcial entre os dias 15 e 19, exigindo melhores condições de trabalho, incluindo um aumento de 100 euros na tabela salarial e a redução do horário para as 35 horas semanais, incluindo os tempos de deslocação no horário de trabalho, e a atualização dos valores do subsídio de refeição.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Como entretanto a empresa fez uma atualização de 60 euros, o sindicato pede que sejam somados 40 euros, de forma a corresponder à reivindicação de mais 100 euros na tabela.

Outra das reivindicações do STRUP é “a integração definitiva” dos trabalhadores da Carrisbus, que assegura a manutenção e reparação de autocarros e elétricos, e da Carristur, que presta serviços de turismo e formação, ambas detidas a 100% pela Carris.

A greve abrangeu inicialmente motoristas e guarda-freios, aos quais se juntaram os trabalhadores das oficinas da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, operador de transportes públicos da capital.

Naquele período, o STRUP contabilizou “uma adesão superior a 90%” e “algumas situações de paralisação de turnos, na ordem dos 100%”.

Segundo a Carris, a adesão à greve parcial foi, em média, de 3,3% no universo global” da empresa.

Entre os tripulantes a adesão “foi de 27,6%, o que determinou supressões no serviço público, em média, entre os 5,5% e os 10%”, indicou a empresa.

Caso a Carris não corresponda às suas reivindicações, o STRUP desencadeará um pré-aviso de greve de 24 horas para 18 de setembro, abrangendo todos os setores da empresa.