A desflorestação na Amazónia brasileira voltou a subir em julho, depois de se ter registado uma diminuição durante 15 meses consecutivos na maior floresta tropical do mundo, disse esta quarta-feira o governo do Brasil.

De acordo com o ministério do Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, país que acolhe 60% da área desta floresta, no mês de julho foram registados 666 quilómetros quadrados sob alertas de desflorestação na Amazónia.

Este valor representa um aumento de 33% em relação ao mesmo mês de 2023.

Por outro lado, no Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro, em julho foram registados 444 quilómetros de alerta, uma queda de 26,7% em relação ao período homólogo de 2023.

Os dados apresentados são do sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, um indicativo de tendência da taxa anual de desmatamento, feita sempre de agosto a julho.

Neste período acumulado de agosto de 2023 a julho de 2024, a desflorestação na Amazónia registou uma diminuição de 45,7%, comparando com agosto de 2022 a julho de 2023, detalhou o Governo brasileiro, acrescentando ser “a maior queda proporcional já registada para o período” desde 2016.

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Em junho, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, anunciou novos investimentos para acelerar a concretização de um centro de segurança na Amazónia que será integrado por todos os países da região e organizações policiais internacionais.

O futuro Centro de Cooperação Policial Internacional (CPPI) da Amazónia terá sede na cidade brasileira de Manaus e contará com agentes do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, que partilham a região amazónica, bem como de organizações como a Interpol, Ameripol e Europol.

O investimento fará parte de um plano de segurança para a Amazónia anunciado no ano passado e que visa, entre outros objetivos, dotar a CPPI do equipamento necessário para combater a exploração mineira ilegal, o contrabando de madeira, o tráfico de droga e de seres humanos, entre outros crimes transnacionais.