A TAP contratou uma auditora externa para avaliar os problemas técnicos que afetaram os aviões do grupo durante os meses do verão, anunciou esta quarta-feira no parlamento o presidente da companhia aérea.

Na comissão de Economia e Obras Públicas, o presidente da TAP, Fernando Pinto, anunciou a contratação de uma auditoria aos incidentes, que foram uma das principais causas do cancelamento de voos, sem adiantar o nome da empresa.

Ainda assim, Fernando Pinto garantiu que “a TAP não sofreu um ponto de perda na reputação técnica” com os incidentes deste verão, adiantando que a companhia nacional “é mais conservadora do que as outras empresas”.

O gestor explicou que os cancelamentos e atrasos de voos por motivos técnicos “não têm nada a ver com a manutenção da TAP”, atribuindo antes a uma postura “mais conservadora”.

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“Acho que somos mais conservadores do que as outras empresas e acho isso bom”, declarou, adiantando que a TAP tem, “por princípio, dar plena liberdade ao comandante em aspetos de segurança”.

O presidente da TAP disse aos deputados que vários representantes de outras companhias lhe manifestaram estranheza face ao “ataque de que a companhia foi alvo” e, neste aspeto, apontou o dedo ao Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).

“O sindicato utilizou este período em que não só marcou um dia de greve como também foi à frente a colocar vários pontos negativos e isso chamou a atenção dos órgãos de comunicação social”, declarou.

Na sua intervenção inicial, Fernando Pinto admitiu um número de cancelamentos de voo “fora do normal”, explicando que 227 dos cancelamentos em julho e agosto foram por falta de tripulação e 120 por razões técnicas.

“56% dos problemas de cancelamento por razões técnicas foram na frota PGA, que é muito mais pequena do que a frota da TAP”, declarou o presidente da companhia aérea nacional, que está a ser ouvido na comissão de Economia e Obras Públicas para explicar as perturbações que afetaram a operação de verão.

Fernando Pinto explicou que no verão “houve um aumento de eventos técnicos, sobretudo na frota A330”, a que se juntou o atraso na entrega de seis novos aviões, na formação de pilotos e a greve de zelo dos pilotos.