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O caos foi evidente a partir das 23h no Bairro Alto com música alta, ajuntamentos, falta de máscaras e muita bebida
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O caos foi evidente a partir das 23h no Bairro Alto com música alta, ajuntamentos, falta de máscaras e muita bebida

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

O caos foi evidente a partir das 23h no Bairro Alto com música alta, ajuntamentos, falta de máscaras e muita bebida

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

A calma do Cais do Sodré e o descontrolo previsível e pouco fiscalizado no Bairro Alto. Como foi o "dia da libertação"

A ânsia para o regresso da noite lisboeta era imperativa. O 1º "dia de libertação" ficou marcado por muita bebida na rua, falta de máscaras e de fiscalização policial num Bairro Alto descontrolado.

A calmaria ao pôr do sol e durante a hora de jantar não faziam antever a tempestade que se seguiu, por mais previsível que fosse a euforia de quem está na rua a viver aquela que é a primeira noite em que a dita noite está, finalmente, de regresso. Mas o regresso impunha regras, que foram contornadas por muitos, tanto clientes como proprietários, no Bairro Alto, em Lisboa, o epicentro da agitação festiva onde faltaram máscaras (muitas máscaras), onde se voltou a tropeçar em garrafas de vidro, onde atravessar uma rua sem encontrões se tornou impossível e por onde a polícia não passou. Em contraste, o Cais do Sodré foi o filho bem comportado de um dia especial para “a libertação” do país do confinamento imposto pela pandemia da Covid-19.

O arranque foi tranquilo. Os lugares nas esplanadas dos restaurantes e bares no Bairro Alto voavam que nem pãezinhos quentes: mesmo em ruas inclinadas onde seria impensável montar uma esplanada lá estavam elas, a dar lugar àqueles que queriam uma noite diferente e se desviavam do teste à Covid ou da apresentação do certificado.

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Desde 9 de Julho passou também a ser obrigatória a apresentação do certificado digital ou um teste negativo para aceder ao interior de restaurantes, coisa que “incomoda muita gente”, disse-nos um proprietário de um restaurante sobre o facto de muitos clientes resistirem à medida e preferirem ficar na rua. “É incómodo para as pessoas terem de se sujeitar a isso. Nós é que perdemos quando temos esplanadas pequenas, por exemplo, porque não podemos acomodar tantas pessoas quantas gostariam de se sentar à nossa mesa”.

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Da mesma opinião foi também João Dionísio, um dos responsáveis pelo Cheers Irish Pub, que admitia perder alguns clientes por causa do teste, sobretudo os que não têm ainda vacinação completa. Considera as medidas  necessárias e vê com bons olhos o seu levantamento, mas “o verão está perdido e quem disser o contrário não é deste mundo”.

“Isto veio dar um balão de oxigénio aos empresários para que possam reerguer de alguma maneira o negócio, estamos numa situação muito difícil. Não vai salvar nada, vem só ajudar”. O responsável do espaço confessava que não haver a barreira das 22h30 como hora de fecho traz mais pessoas que “já vêm com outra vontade porque podem usufruir do tempo restante sem estarem com pressa de sair”. João notou ainda o aumento do turismo nos últimos dias, “são muitos mais”, diz. Nas ruas, comprova-se isso mesmo — são cada vez mais os turistas e muitos deles jovens.

O grupo mostrou-se animado com o prolongamento de horário e ia a um bar a seguir ao jantar

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Sentados à mesa do Manny’s Place estava um grupo animado de cinco amigos, que saíram por acaso, mas já que estavam na rua decidiram “aproveitar que isto tudo fecha até mais tarde”, explicava Bruno, acompanhado de Wellington, Cláudio, André e Custódia. “Viemos ao restaurante e sentimo-nos seguros, também temos pouca gente aqui à volta e ainda está calmo”, refere. “Tivemos sempre os nossos cuidados e estava na hora de começarem a abrir as coisa. É preciso aproveitar o verão e é necessário também para a economia”.

De dentro de quase todos os restaurantes e bares de portas abertas na noite de domingo, a música soava bem alto e não passava despercebida em nenhuma das ruas típicas do Bairro Alto. “Serve de chamariz, já que isto é um bairro típico para sair à noite, ainda que não seja possível agora”, conta ao Observador o proprietário de um espaço, que não se quis identificar. A música é alta e a de um espaço confunde-se com o da morada vizinha, mas é o suficiente para animar os clientes. Alguns espaços apostaram mesmo na música ao vivo, sobretudo com cantores de covers, quase a competir pelo melhor jantar-concerto da noite.

“O bairro tem estado sempre cheio, sempre, mas hoje vemos a diferença porque não há polícia para fechar. Depois das 22h30 a polícia descia e dispersava todos. Hoje não”
Juliana, moradora do Bairro Alto

Rua da Atalaia: o epicentro da tempestade

A partir das 23h o cenário mudou de figura por completo. As pessoas deixaram a dança das cadeiras para passar à dança do bate pé na calçada portuguesa. Vários grupos dotados de colunas — cuja referência imediata seriam as boombox da cultura urbana nos EUA — se dispersaram pela rua e montaram com eles a festa. Em seu redor começaram a juntar-se dezenas e dezenas de pessoas que vibravam, gritavam, cantavam e dançavam ao som do que ia saindo das colunas — quase sempre grandes hits comerciais da música brasileira que habitualmente passam em alguns destes bares.

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O roteiro, a partir dessa hora, tornou-se evidente: a bebida comprava-se ao balcão de um dos quaisquer bares abertos e a festa fazia-se cá fora, junto a estes grupos. Juliana e Marcelo vieram de propósito para aproveitar esta noite. Dançaram, ainda que numa tirada da rua mais afastada do aglomerado de gente, e divertiram-se enquanto o relógio ainda não chegava às 02h. Juliana vive ali no Bairro Alto, vê tudo o que acontece e quem passa. “Eu moro aqui no bairro, tenho estado todos os dias aqui e hoje está com uma vibe definitivamente diferente”, contava. “O bairro tem estado sempre cheio, sempre, mas hoje vemos a diferença porque não há polícia para fechar. Depois das 22h30 a polícia descia e dispersava todos. Hoje não”. Várias pessoas iam interrompendo a conversa com empurrões para atravessarem a rua no meio da multidão.

“Se fosse além das 2h eu também ficava”, afirmava Marcelo. “Enfim chegou a hora. As pessoas têm de voltar a viver de alguma forma, económica e socialmente, porque o que causou isto impôs uma barreira e eu acho que as pessoas precisam de perceber que precisam de se vacinar para continuar nesta saga”.

No final da noite a animação continuava

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A festança continuou até às 02h da manhã e nem os chuviscos afastaram uma alma daqueles aglomerados musicais. “Fiquei sem bateria na coluna, pá. Não fico aqui a fazer nada”, desabafava um rapaz enquanto colocava a coluna, do tamanho de um saco de desporto, a tiracolo.

Se a chuva leve não era problema, já a tecnologia falhava quando menos se esperava e quando a festa ainda ia a meio. Precisamente à hora prevista de fecho, muitas das luzes de estabelecimentos e da iluminação da própria rua apagaram-se. Era um sinal. Sinal que estava na hora de abandonar, enquanto as portas dos bares se iam fechando e expulsando os que ainda permaneciam no interior. Mais difícil dispersar foram os que estavam na rua, já só perto das 03h começou a esvaziar a rua.

“Sinto-me seguro sem máscara, qual é o problema?”

E se os bares podiam abrir nesta nova leva de levantamento de restrições com as mesmas regras da restauração, o que implicava lugares sentados e lotação limitada, a verdade é que muitos, com o escalar dos ânimos, foram deixando entrar cada vez mais pessoas que se deixaram levar pela música (e pela bebida). Era visível em alguns locais pessoas que ocupavam a pista e dançavam, mas à porta estava já um premeditado porteiro para precaver olhares de curiosos e, sobretudo, de máquinas fotográficas.

Alguns bares tinham pessoas a dançar no seu interior, ao contrário do que é permitido

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“Ah aquelas pessoas só foram lá dentro pedir e aproveitam para dançar um bocadinho, elas já saem”, diz-nos um dos porteiros quando pedimos para entrar. O que é certo é que ficaram lá dentro, e dançaram, contra as regras estipuladas que permitiam a abertura dos bares nesta altura.

Amber veio de Amesterdão e Daniel veio de Londres, juntaram-se a mais dois amigos portugueses para aproveitar a noite, mas não pareciam sentir qualquer insegurança em caminhar por entre a multidão. “Eu estive em Amesterdão e fui a festas durante cinco dias e alguns meus amigos apanharam Covid e eu não, foi sorte. Agora vim para Portugal e estão a reabrir os espaços, está a ser o timing perfeito. Não temos medo do corona”, referiu Amber. “Somos jovens, está tudo bem”, rematou Daniel.

De volta às ruas estavam também os senhores que vendem rosas durante aquelas que eram noites intensas de farra num bairro destacado para tal. “Quer flor?”, perguntou um vendedor a um casal apaixonado e, claramente, embriagado. Queriam pois, lá levaram duas, uma para cada um, para celebrar uma noite de regresso àquilo que era noite de antes. A par destes, voltaram às ruas vendedores empossados de uma catrefada de bandoletes luminosas cor de rosa neón com orelhas de Minnie. A normalidade parece reposta. Pelo menos em alguns aspetos daquela que era a noite lisboeta — em todos os seus sentidos acessórios.

Voltaram às ruas do Bairro os senhores que vendem flores e bandoletes luminosas

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Durante o decorrer da noite, houve porém um acessório em falta: a máscara. Poucos, mas muito poucos foram aqueles que a mantiveram assim que os ânimos começaram a aquecer — e aqui vale para portugueses como para estrangeiros. “Sinto-me seguro sem máscara, qual é o problema?”, afirmou João que acabou de entrar de férias e diz ter vindo aproveitar o alívio de restrições para matar saudades daquilo que era o Bairro Alto. “O que eu gostava mesmo era que não houvesse restrições, há mais de um ano que não posso sair à vontade”. Pierre, de França, diz o mesmo: “No meu país não são obrigatórias na rua, acho desnecessário estar a usá-las neste contexto”.

Além das máscaras também o consumo de álcool não é permitido na via pública mesmo com o levantamento de algumas das restrições, regra que também não foi cumprida nem tampouco fiscalizada ao longo da noite. Se houve regra a ser quebrada, foi precisamente essa. Já perto das 02h da manhã parte da Rua da Atalaia estava já coberta de copos plásticos e um bom número de garrafas de vidro que estilhaçavam à medida que os ajuntamentos de pessoas se movimentavam rua acima, rua abaixo.

Grande maioria das pessoas não usavam máscara na rua, sendo que ainda é obrigatório

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No sábado, 31 de julho, a Polícia Municipal tinha estado por ali também numa operação de fiscalização daquela que seria a última noite com os estabelecimentos a fechar às 22h30 e com os bares de porta também ela fechada. Repreensões por beber na via pública e por máscaras debaixo do queixo — ou mesmo a falta delas — foram as chamadas de atenção mais comuns numa noite que já se queria de libertação. Tão desejada que foi, que aconteceu. No domingo, a grande ausência da noite, para além das regras, foram também as forças policiais. Durante toda a noite a equipa do Observador viu passar apenas um carro da PSP, às 22h50, no Bairro Alto, nada mais.

Por volta das 02h30, já no rescaldo de uma noite agitada, uma outra viatura da PSP, identificada ao longe pelas luzes azuis, estava parada junto ao Miradouro de São Pedro de Alcântara para evitar que romarias vindas das ruas em festa fossem ali parar. A noite foi longa para muitos que se cansaram entre levantamento de copos e movimentos de anca, mas não seria ali que a festa continuaria.

19 fotos

Caos no Cais? Nem vê-lo

Esta noite começou precisamente a caminho do Cais do Sodré. Silvina, com a sua banca de gelados no Cais das Colunas, não parou durante toda a tarde e dizia haver “muito mais gente, mas muito mais”. Costuma ficar até às 19h, mas já passava das 20h quando passámos por ela, ainda a servir uns quantos clientes. “Há muitos mais turistas, há mais gente mas sobretudo são estrangeiros, isto em relação à semana anterior”, apontava. “E hoje nota-se que também há mais gente na rua, é sempre bom para o negócio”.

Não foi preciso andar muito mais para constatar o que Silvina nos dizia: há mais turistas em Lisboa e parece que saíram da toca neste dia D. A Ribeira das Naus estava calma, com um vaivém natural de pessoas, e onde muitas delas aproveitavam para se sentar à beira-rio para conversas demoradas, sessões fotográficas ou até mesmo aquilo que é proibido mas parece ser o fruto mais apetecido por esta altura: beber na rua. Eram vários os grupos que o faziam. Paulo, italiano a viver em Lisboa, estava com os amigos num dos escalões virados para o rio, todos de copo cheio, e confessava algum receio que estas medidas possam fazer com o que o Governo “volte atrás e volte a impor restrições”, mas admitia serem “necessárias para começarmos a andar para a frente”. “Estamos a viver com algum receio de que recuemos novamente porque vai haver loucuras, mas queremos aproveitar enquanto podemos, enquanto as coisas fecham até mais tarde. Hoje em dia o futuro é agora, não dá para pensar muito além”, diz.

No início da noite eram já algumas pessoas que ocupavam a Ribeira das Naus e as esplanadas do Cais do Sodré

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Logo ao lado, no quiosque da Ribeira das Naus, a esplanada estava quase lotada e as cadeiras viradas para o rio também elas cheias de gente. Para eles pouco muda além do horário, que passam a poder fechar mais tarde, mas dizem que parece haver mais vontade de sair à rua. Mais à frente, Filipe, a família e alguns amigos “curtiam a folga” mas apesar do levantamento de restrições não quiseram ir além de um bom convívio de final de tarde, com alguns copos e muita música.

“Só acho que as pessoas têm de ser responsáveis com as suas ações, não se expor além do círculo fechado, e pensar se ir para os bares é mesmo necessário ou não”. Como Filipe, também Duarte, sentado num dos quiosques do Cais do Sodré, não tinha planos “para esta noite”, mas não pretendia ir além do café com amigos: “Eu acho que é um sinal positivo, uma luz ao fundo do túnel que já precisávamos, é o início de alguma esperança para o resto do verão para que o possamos aproveitar um bocadinho melhor”.

“Poder funcionar até às 2h da manhã significa tudo”

Para quem entrava pela Travessa da Ribeira Nova, para ir para o eixo central do Cais do Sodré, era impossível não dar conta do já conhecido bar da rua, o Palheta. Abriu em junho de 2018, mas antes da pandemia era paragem obrigatória para muitos que faziam a noite por aquela zona, em tempos em que pedir uma cerveja e bebê-la do outro lado da estrada não era proibido. Francisco Martins, um dos proprietários, dizia que “poder funcionar até às 2h da manhã significa tudo” para o seu espaço, que estão há mais de um ano e meio parados na essência daquilo que é um bar. Sempre serviram comida por ali, mas é a música e a bebida que são o atrativo, apesar de nunca terem tido pista de dança. “Só queremos trabalhar, só queremos que as pessoas voltem”, pedia.

Francisco Martins é um dos proprietários do Palheta

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“Eu nunca acreditei que fossemos ficar fechados o verão todo e isso não podia acontecer. As coisas têm que lentamente começar a abrir. Como não temos esplanada perdemos um pouco e se olharmos em comparação para outros espaços há dias em que estamos muito vazios porque não temos lugares exteriores. Ao fim de semana é muito dificil”. Cá fora, poucos eram os que ficavam, lá dentro alguns clientes já esperavam pelo pedido.

E o cenário repetia-se chegados à Rua Cor de Rosa onde se esperava um clima de mais euforia. Mas só calma, alguma música e gente ordeira sentada nas mesas das esplanadas que aguardavam copos e refeições. Afinal de contas, era hora de jantar.

Hasan, gerente do restaurante Espumanteria, tinha casa cheia mas dizia que poucas diferenças há em relação a sábado ou a outros fins de semana, que “só a faturação será maior e isso é bom para qualquer espaço”. “Há muita gente já vacinada e isso é bom porque nos permite sentar gente lá dentro sem a chatice do teste, e aí aumentarmos a nossa capacidade para noites de procura maior, é fundamental até para evitar ajuntamentos”, contou.

No bar Liverpool, a música no seu interior extrapolava os decibéis para qualquer conversa perceptível, e apesar de restar algum espaço de pista de dança, ninguém se instalou no seu interior — o mesmo não se pode dizer da esplanada completamente cheia. António, sentado numa dessas mesas, dizia que acabara por vir só beber um copo mas que se “não tivesse responsabilidades, se não tivesse de trabalhar ficaria até mais tarde certamente”. E como António, mais algumas pessoas abordadas pelo Observador responderam o mesmo: “É domingo, amanhã é dia de trabalho”. O certo é que talvez muitos se tenham inibido de sair e aproveitar o primeiro dia de libertação porque outras responsabilidades mais altas de levantaram.

Para manter a ordem, a empresa de segurança Cosmos — contratada por alguns restaurantes da rua como a Espumanteria, o Povo ou o Liverpool — tem alguns profissionais destacados todas as noites, sobretudo as que se avizinham mais atribuladas. Ricardo, um desses seguranças, garantia que a noite se iria “prolongar” e que era preciso manterem-se atentos “às distâncias e ao fluxo de pessoas” para poderem controlar eventuais desacatos.

E se a hora de jantar foi de calmaria, mais tarde, já às 01h o cenário pouco tinha mudado. Alguns lugares livres nas esplanadas, um silêncio só quebrado pelas conversas cruzadas e impercetíveis de mesa para mesa e, no fundo, um Cais do Sodré irreconhecível. Se o esperado era encontrar caos à semelhança de um Bairro Alto descontrolado? Sim, mas a realidade não foi essa.

A Rua Cor de Rosa manteve-se calma desde o período de jantar até à hora de fecho dos espaços

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Poucos eram os locais que fugiam desta tendência, apenas alguns juntavam meia dúzia de pessoas à porta. Anne, que se mudou há semanas de Viena para Lisboa, foi uma das que bebia na rua à porta de um bar. Depois de abordada, confessa que não sabia que este domingo marcava uma mudança no desconfinamento em Portugal. Tampouco sabia que a máscara na rua era obrigatória ainda ou que beber na via pública era proibido. “Estou contente de estar a viver um bocadinho daquilo que era a noite lisboeta, mas não estava informada dessas mudanças, ninguém me impediu de nada até agora”, disse.

Ainda no Cais, o recém-nascido espaço Antú — que junta o conceito de loja, galeria e restaurante — teve, talvez, a maior concentração de pessoas na zona em ambos os lados da estrada. Igor, responsável pela comunicação, admitiu ser “difícil controlar toda a gente que sai com bebida”, mas que no fundo “está todo o mundo contente de poder viver novamente”. Se toda a gente que tem à sua porta a beber pode gerar problema? “Pode, mas eu acho que é mais responsabilidade do Governo que da própria casa, não conseguimos ser polícias de todos”. Polícia essa que também no Cais do Sodré não se viu.

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