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"Pamela: Uma História de Amor" tem estreia mundial na plataforma de streaming a 31 de janeiro

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"Pamela: Uma História de Amor" tem estreia mundial na plataforma de streaming a 31 de janeiro

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A violação aos 12 anos, a sex tape que lhe destruiu a carreira e os cinco casamentos. As revelações de "Pamela: Uma História de Amor"

Da Playboy às "Marés Vivas", no novo documentário da Netflix, Pamela Anderson conta como a sex tape com Tommy Lee destruiu a sua hipótese de ter uma carreira séria e a transformou numa punchline.

“Pamela: Uma História de Amor” começa na casa onde a atriz cresceu com os pais, na pequena vila de Ladysmith, numa ilha da Colúmbia Britânica, no Canadá. Tem 8990 habitantes. Ao que tudo indica, Pamela Anderson, atualmente com 54 anos, escolheu levar uma vida mais resguardada, rodeada dos seus animais e da natureza. “Tudo aqui fica a 2 minutos de distância”, conta enquanto conduz de um lado para o outro.

O documentário da Netflix estreia globalmente na plataforma de streaming a 31 de janeiro. Foi gravado ao mesmo tempo que a Hulu lançou a série “Pam & Tommy”, baseada no seu casamento com Tommy Lee e no lançamento da sex tape que acabaria por destruir a sua carreira e por levá-la numa batalha legal da qual acabou por desistir. O que têm em comum os dois formatos? Nenhum deles foi distribuído com autorização da atriz. “Foi como um murro no estômago”, diz a certa altura.

Nicole Eggert And Pamela Anderson Of 'Baywatch' Baywatch stars

Nas gravações de "Marés Vivas". David Charvet, ao centro na imagem da esquerda, foi seu namorado.

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A atriz canadiana manteve diários de tudo o que viveu, desde criança. Autorizou que fossem lidos para o documentário, embora não tenha concordado em lê-los ela própria. Há coisas que prefere não reviver. “Pamela: Uma História de Amor” é um retrato honesto de uma menina que foi abusada pela babysitter, descoberta num jogo de futebol canadiano e capa da Playboy aos 19 anos. Com “Marés Vivas”, alcançou fama mundial. Esteve casada com Tommy Lee, um dos romances mais mediáticos de todos os tempos. Tiveram dois filhos. Mas a sua carreira sofreu depois da sex tape. Transformou-se numa punchline e desistiu dos sonhos de alguma vez vir a ter uma carreira séria na representação.

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Do assédio constante dos homens aos seus cinco casamentos, reunimos as 20 revelações mais marcantes do documentário da Netflix.

O pai batia na mãe. Era bêbado, jogava póquer e era um limpa-chaminés vigarista

A mãe era empregada de mesa numa casa de panquecas e o pai estava sempre metido em sarilhos. “Toda a gente tem uma história sobre o meu pai, o rufia de Ladysmith”, conta a atriz. Os pais casaram quando tinham 17 e 19 anos. A mãe estava grávida de Pamela. Houve sempre abusos físicos e discussões entre os Anderson, durante as quais  levava o irmão para fora de casa. Voltavam quando estavam a fazer as pazes, o que normalmente culminava em grandes demonstrações de paixão. A família vivia de apoios sociais. Pamela diz que ainda se recorda do sabor do leite em pó. O pai bebia, era um rufia, um vigarista, viciado em póquer e violento com a mãe. Deixaram-no várias vezes, mas voltavam sempre. Estão juntos até hoje.

Foi abusada pela babysitter quando era criança e achou que a tinha morto com a sua “mente mágica”

Entre os 6 e os 10 anos de Pamela, os pais contrataram uma babysitter que ficava várias vezes com ela e com o irmão. Os Anderson gostavam dela porque costumava levar presentes para os miúdos. Durante 3 ou 4 anos, a mulher molestou Pamela e dizia-lhe para não contar aos pais. Pamela tentava proteger o irmão e diz que chegou a tentar matá-la, espetando-lhe uma caneta em forma de bengala doce no peito. Um dia, disse-lhe que queria que ela morresse. A babysitter morreu num acidente de carro no dia seguinte. “Pensei que a tinha morto com a minha mente mágica. Tinha a certeza que o tinha feito, que a tinha desejado morta e por isso ela morreu. Vivi com isso toda a minha juventude.”

Pamela Anderson (Back Row Far Left Poses In Her Team Photo For Her High School Volleybal

Em cima, à esquerda. Pamela não se achava bonita, quando andava no liceu. Era tímida e insegura

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Quando os seios começaram a crescer, achou que tinha cancro

Pamela era maria-rapaz, pequena e ginasta. Teve um desenvolvimento tardio. Quando os seus seios começaram finalmente a crescer, sentiu o primeiro caroço e achou que tinha cancro. “Ensaiei durante muito tempo como é que ia dizer à minha mãe que tinha cancro”, recorda. “Quando lhe disse, ela riu-se e respondeu ‘estás a tornar-te uma mulher’.” Depois de entrar na puberdade, recorda que tudo aconteceu “muito rápido”. “E agora aqui estamos, mais de dois caroços depois”, comenta a rir.

Sylvester Stallone ofereceu-lhe uma casa e um Porsche para ser a sua “miúda número um”. Pamela e os bad boys

A atriz recorda as relações que teve com dezenas de namorados ao longo do documentário. Um deles gostava de a tentar atropelar quando passava por ela de carro. Mais tarde, mudou-se da pequena ilha onde morava para Vancouver e foi viver com outro homem. “Quando o teu namorado lava o pénis no lavatório, é porque provavelmente está a ter um caso”, recorda sobre essa relação. Também namorou muitas celebridades ao longo dos anos, entre eles Scott Baio, Dean Cain, Eric Nies e David Charvet, com quem contracenava em “Marés Vivas”. Kelly Slater foi um dos seus grandes amores. Conheceu-o durante as filmagens da série. “Namorei montes de vezes com ele”, revela. O surfista era um espírito livre, nas suas palavras. Era com ele que namorava quando conheceu Tommy Lee. O resto é história.

Foi descoberta no ecrã gigante durante um jogo de futebol canadiano

Já a viver em Vancouver, ver um jogo da equipa de futebol canadiano Labatt a convite de uma amiga, que trabalhava para eles e lhe ofereceu bilhetes. Durante o jogo, o camera man mostrou-a nos ecrãs gigantes e a amiga disse-lhe para mostrar que estava a usar a T-shirt da equipa. Ainda durante a partida, chamaram-na ao campo para fazer um sorteio. A partir daí, os Labatt convidaram-na para fazer um anúncio, um cartaz e várias colaborações. Foi assim que a Playboy a encontrou. Em 1989, convidaram-na pela primeira vez para entrar na capa de outubro. Pamela teve de entrar nos EUA clandestinamente. Ficou deslumbrada com a Mansão Playboy e com as mulheres que viu lá, e recorda que se sentiu banal ao pé delas. Na escola, era insegura e nunca se achou bonita. Tinha vergonha do corpo e dos abusos que lhe tinham acontecido. A colaboração com a Playboy foi, para si, uma libertação.

Quando tinha 12 anos, foi violada por um homem de 25

Aconteceu em casa de um rapaz de quem uma amiga da escola gostava. Quando a amiga subiu com este para um quarto, Pamela ficou sozinha com o homem de 25 anos a jogar gamão. Ele disse-lhe “pareces estar a precisar de uma massagem” e forçou-a a ter relações sexuais. “Senti que a culpa era minha”, explica. “A minha mãe estava sempre a chorar por causa do meu pai e não a quis magoar mais”. Não contou da violação a ninguém. As suas primeiras experiências sexuais (que começaram com a babysitter abusiva) deixaram-na confusa, envergonhada e tornaram-na tímida. Na mansão Playboy, começou a conseguir libertar-se desses sentimentos.

Hugh Hefner Autographs Limited Edition Six-Volume Anthology By Taschen

Depois da primeira capa da Playboy, Hugh Hefner convidou-a para ser palymate. A colaboração durou décadas

WireImage

Em entrevistas televisivas, todos os homens lhe perguntavam sobre o peito

“Podemos falar um pouco sobre o seu peito?”, pergunta-lhe Matt Lauer algures nos anos 90, famoso entrevistador norte-americano que se viu envolvido em vários escândalos de assédio sexual — e que foi, entretanto, afastado da televisão. Mas não foi o único. Ao longo dos anos, muitos homens na mesma posição sentiram-se no direito de o fazer.

“Digo sempre que os meus seios tinham uma carreira e que eu apenas os acompanho”, recorda. “Onde pôs os implantes?”, pode ouvir-se outro entrevistador a perguntar-lhe, enquanto está sentada na praia. Ainda à conversa com Lauer, recorda estar no ginásio da mansão Playboy, de olhar para as mulheres à sua volta e de querer ser como elas. Quando lhe explicaram que tinham implantes, resolveu que queria fazer o mesmo. “Já alguma vez fez alguma operação”, pergunta Larry King. “Sim, isto são implantes, Larry”, responde. “Ah, são? São, ou não são?”, insiste ele. “Sim, são”, responde ela, com um riso visivelmente nervoso.

Corta para Jay Leno: “Quem gostaria de ser e porquê?”, atira ele. “Gostava de ser você”, responde Pamela no programa do apresentador, enquanto este se inclina sobre ela, as mãos parecem sempre preparadas para lhe tocar. “Para o torturar a si, e perguntar-lhe pelos seus implantes”, termina. Hoje, com o distanciamento, percebe que não é apropriado fazer-se essas perguntas a uma mulher. “Tem de haver um limite que as pessoas não podem passar”, conclui.

“A minha mortadela é grande e bela”. As mensagens que Tommy Lee lhe deixava no atendedor de chamadas.

Pamela e Tommy Lee conheceram-se na noite de Ano Novo num bar em Los Angeles de que ela era co-proprietária. Depois do primeiro contacto, Lee não parou de lhe ligar e deixar mensagens no atendedor de chamadas, entre elas referências à sua “mortadela grande e bela”. Um dia ligou-lhe quando a atriz se preparava para viajar para Cancún em trabalho e disse-lhe que ia para lá à procura dela. Já no México, foram sair para a discoteca La Boom e Pamela tomou Escatasy pela primeira vez — “o resto é tudo uma névoa feliz”, recorda. Ficaram noivos nessa mesma noite e casaram 4 dias depois, na praia, ela de biquíni e ele de calções de banho.

The Tonight Show with Jay Leno - Pamela Anderson

Pamela Anderson foi várias vezes convidada no The Jay Leno Show. O apresentador também lhe fazia perguntas sobre os seios

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Sofreu um aborto do primeiro filho. Na altura, trabalhava 18 horas por dia

Enquanto esperava o primeiro filho, fazia treinos de kickboxing de corpete para as gravações do filme “Barb Wire”. Trabalhava 18 horas por dia: gravava “Marés Vivas” durante a semana e o filme aos fins de semana. Certo dia, chegou ao trabalho a sentir-se mal. Acabou por dar entrada no hospital, onde descobriu que tinha perdido o bebé. Entre o trabalho e o assédio dos paparazzi, a atriz teve uma depressão quando se apercebeu, meses mais tarde, que não teve a oportunidade de fazer o luto.

Nunca fez um cêntimo com a sex tape que roubaram de sua casa — e que lhe destruiu a carreira

Os vídeos caseiros com que Pamela e Tommy Lee registavam todas as suas memórias foram roubados de sua casa durante uma série de remodelações que levaram 6 meses. Estavam todas guardadas dentro de um cofre de armas, que foi levado sem nunca perceberem como ou quando. Depois de fazerem queixa à polícia, acabaram por receber no correio uma cassete de VHS. Tommy Lee viu-a sozinha. Era aquela que se viria a tornar a famosa sex tape, com imagens do casal tiradas de vários vídeos que tinham gravado, muitos deles com nudez e conteúdos explícitos. Não perceberam quem a tinha enviado.

Algum tempo mais tarde, receberam uma carta de Bob Guccione, fundador da Penthouse, a oferecer-lhes 5 milhões de dólares pelos direitos da cassete. Recusaram. A cassete acabou por ser distribuída em massa na Internet, sem consentimento. O casal começou a sofrer constantes perseguições e abusos por parte dos paparazzi.

Processou a IEG, empresa que vendeu a cassete sem consentimento. Foi assediada nos depoimentos e desistiu do processo, com medo de voltar a abortar

O casal resolveu processar a IEG, empresa que começou a vender sem consentimento a sex tape com imagens roubadas. Foram defendidos por Ed Masry, o mesmo advogado de Erin Brockhovich. O caso pelo direito à privacidade foi inédito na justiça americana, porque este tipo de situações ainda não estavam previstas na lei. Quando o depoimento começou, Pamela estava grávida do segundo filho e tinha medo que o stress afetasse a saúde do bebé.

Todos os dias, conta, chegava à sala de depoimentos e encontrava fotografias suas nua penduradas na parede. “Os advogados diziam, saiu na Playboy, não tem direito à privacidade”, recorda. Faziam-lhe perguntas sobre a sua vida sexual, sobre as suas preferência e o seu corpo. “Fez-me sentir uma mulher horrível, como se fosse um pedaço de carne. Como se não devesse importar [o roubo e a venda das imagens] porque sou uma ordinária”, relata sobre a experiência. “Parecia uma violação”, continua. “Não quero falar de algo pesado da minha infância, mas quando fui atacada por aquele sujeito achei que toda a gente ia saber. Quando a cassete foi roubada, senti o mesmo.” Os depoimentos, conta, foram “violentos”. “Lembro-me de olhar para eles e de pensar, porque é que me odeiam tanto? Porque e que estes homens adultos me odeiam tanto?” Chamaram-na muitas vezes até Pamela tomar a decisão de desistir daquilo que poderiam ser anos de luta. Tinha medo de voltar a abortar e assinou um acordo.

Pamela Anderson During Her Breach Of Contract Trial Held In Los Angeles Sup

Pamela no tribunal, durante os depoimentos do processo contra a IEG.

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Foi o início da Internet e a sex tape foi o primeiro vídeo que se tornou viral

Depois da sex tape, Pamela recorda como começou a ser alvo de chacota em talk shows. “Foi super humilhante”, confessa. “Acho que, depois disso, a imagem que eu tinha se deteriorou.” A atriz foi transformada numa caricatura da mulher loira e ordinária, com mamas falsas. Para o casal, houve duas experiências diferentes: a da mulher e a do homem. “O Tommy é uma estrela de rock. Só promoveu mais a imagem doidivanas. Mas eu sabia, naquele momento, que a minha carreira tinha acabado.” O mundo transformou-a numa piada e Anderson desistiu do sonho de alguma vez vir a ter uma carreira séria. “Foi tudo pelos ares”, remata. É o próprio filho mais velho da atriz que explica o impacto que o surgimento da Internet teve nas vendas. “Foi o primeiro vídeo viral”, declara.

Tommy Lee deu-lhe um pontapé porque tinha ciúmes dos filhos. Foi preso por violência doméstica e o casamento terminou

Tommy Lee era ciumento e problemático. A atriz recorda uma vez em que o marido se tornou violento quando teve de beijar um ator nas gravações de “Marés Vivas”. Foi ter à sua caravana e atirou tudo pelos ares. Era controlador, relata, e aparecia nas gravações sempre que sabia que podia haver cenas românticas entre a mulher e outro homem, ao ponto que a equipa de produção, para evitar confusões, alterava os diálogos se ele aparecesse no set.

Tinha ciúmes dos próprios filhos. “Quero a minha mulher de volta”, pode ouvir-se a dizer numa tarde em que Anderson tomava conta dos dois filhos, os pequenos a chorar e o homem a balançar-se no chão. As coisas escalaram, Lee deu-lhe um pontapé enquanto Anderson segurava num dos filhos e ela ligou para o 112. A polícia encontrou-a a sangrar. Foi acusado de violência doméstica e infantil, proibido de telefonar ou de se aproximar da mulher.

Numa entrevista, mais tarde, a rockstar disse que nunca bateu em Pamela. Agarrou-a e abanou-a, mas não lhe bateu. “É muita pressão”, justificou. “O Tommy agora está em terceiro lugar, em vez de primeiro. Não sei lidar com isso.” Passou 6 meses na prisão. Pamela deixou-o, apesar de Tommy ter tentado que ficassem juntos. “Sinto que parte de mim morreu”, escreveu a atriz nos seus diários. Amava o marido, mas a segurança dos filhos era a sua prioridade.

Hard Rock Hotel & Casino Las Vegas Grand Opening Party Hosted by Peter Morton Pamela Anderson and Tommy Lee at The Heart Bar at Planet Hollywood Resort and Casino 24th Annual American Music Awards 1996 File Photo of Pamela Anderson and Tommy Lee

Pamela e Tommy casaram na praia depois de passarem 4 dias juntos, em Cancún

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O ativismo animal e a amizade com Julian Assange

Depois da separação e do que passou com a sex tape, Anderson fartou-se de ser uma caricatura sexualizada e resolveu aproveitar-se dessa imagem para defender os direitos dos animais em campanhas com a PETA. Entre várias iniciativas, lançou uma petição dirigida à Rainha Isabel II para os guardas do Palácio de Buckingham passarem a usar chapéus de pele sintética. Na televisão, aceitou participar num roast em troca de uma doação de 250 mil dólares à PETA. Escreveu a Vladimir Putin para que este criminalizasse a importação de derivados de foca para o seu país — e conseguiu.

No meio do ativismo, conheceu Julian Assange através da amiga em comum Vivienne Westwood, e conta que falavam por vezes durante 4 horas seguidas, quando a atriz viajava a Londres. “Ele só acredita em justiça, honestidade, expor os governos pelo que fazem. E as pessoas têm o direito de saber”, disse sobre Assange em entrevista ao The View.

Foi difícil para os miúdos crescerem sabendo que toda a gente tinha visto a sex tape dos pais

Pamela fala sobre como quis preparar os miúdos, quando tivessem idades apropriadas, para as suas fotografias na Playboy, mas eles descobriam sempre as coisas antes de ter oportunidade. “Um vídeo dos teus pais a fazerem sexo é puxado”, diz a atriz. “Quando eu era miúdo, achava que toda a gente sabia coisas sobre mim e a minha família que nunca deviam saber. Todos sabiam um podre sobre a minha família”, recorda o filho mais velho. Na escola passou um mau bocado. Se alguém falasse da mãe, partia logo para a violência. Anderson tem uma relação muito próxima com Brandon e Dylan, de 26 e 25 anos, respetivamente.

Pamela Anderson, Tommy Lee and family at the X Games - Moto X Freestlye Competition

Teve dois filhos com Tommy Lee, Brandon e Dylan. Hoje são adultos e ambos participam no documentário

FilmMagic

Teve dívidas a vida toda. Outras pessoas fizeram dinheiro com a sua imagem

Pamela confessa que nunca teve jeito para o dinheiro. Nunca foi uma prioridade para ela, embora muita gente assuma que, por ser tão famosa, seria também rica. A sex tape, com a qual não ganhou um cêntimo, destruiu a sua carreira e levou-a a passar muitos anos endividada. Mesmo a Playboy nunca lhe pagou mais dinheiro por conteúdos extra em que usou a sua imagem. A prioridade da atriz foi sempre ajudar quem estava à sua volta. Só queria ter o suficiente para ir à manicure, diz, e recorda que um amigo a descreveu uma vez como “a pessoa menos calculista da terra”.

Os cinco casamentos da romântica incurável

Teve quatro maridos, de cinco casamentos diferentes. Depois de Tommy Lee, foi casada com Kid Rock. “Divertimo-nos muito juntos, ele era muito bom para os miúdos”. Mas não era amor, explica. Faltava o “frenesim” que conhecia e acabaram por se divorciar passado pouco tempo.

Casou mais tarde com Rick Solomon, jogador profissional de póquer de quem era amiga. Descobriu que era viciado em drogas quando encontrou um cachimbo de crack na árvore de Natal. Pediu a anulação do casamento, mas voltaram a casar-se anos mais tarde, depois de ele ficar sóbrio. Mais uma vez, não durou.

O matrimónio mais recente acabou em 2022, durante as gravações de “Pamela: Uma História de Amor”. No início do documentário, conta como conheceu o guarda-costas Dan Hayhurst quando ele apareceu na casa dos seus pais, na pequena vila canadiana, para fazer construções. Pensou que ele era “giro” e que talvez precisasse de alguém normal, para variar. Mais uma vez, não durou.

Pam Anderson and Kid Rock

Depois de Tommy Lee, esteve casada com Kid Rock. Foi um dos seus quatro maridos

Getty Images

Pamela confessa que nunca ultrapassou o fim da relação com Tommy Lee — apesar dos cinco casamentos

“Nunca ultrapassei o facto de não conseguir fazer as coisas resultarem com o pai dos meus filhos. Apesar de pensar que conseguiria recriar uma família, ou apaixonar-me por outra pessoa, essa não sou eu. É provavelmente por isso que falhei em todas as minhas relações”, desabafa. Sobre o casamento atribulado e apaixonado com Tommy Lee faz um paralelismo com os pais, que conseguiram ultrapassar os seus problemas. “É quase como um castigo”, diz. O fim da relação com Lee foi o período mais difícil da sua vida.

A série da Hulu sobre a sua vida foi “como um murro no estômago”, que trouxe à superfície todos os sentimentos negativos da sex tape. Recusou-se a ver ambas

Os filhos mostram-se zangados com a série da Hulu, “Pam & Tommy”, lançada em 2022 sem a sua autorização para relatar o roubo da sex tape. No documentário da Netflix, o filho Dylan questiona: “Porquê falar de algo de há 20 anos que lixou alguém?”. “Dá-me pesadelos”, diz a mãe. Não viu a sex tape e escolheu também não ver a série. Mostra-se ainda surpreendida por, mais uma vez, ninguém lhe ter pedido autorização para contar a sua história. Enviou uma mensagem a Tommy Lee, que lhe disse “não deixes que te magoe como na primeira vez”.

No entanto, a produção da Hulu fez Anderson sofrer bastante. “Bloqueei isto da minha vida. Tive de o fazer para sobreviver. Foi um mecanismo de sobrevivência. E, por causa da série, sinto-me mal outra vez. Parece que levei um murro no estômago. Sinto-me como quando roubaram a cassete, como se pertencesse ao mundo. (…) Vou ignorá-los e deixar passar”, desabafa.

Estreou-se na Broadway aos 54 anos

Embora, no início do documentário, Pamela Anderson mostre vontade de manter uma vida mais pacata, na vila isolada do Canadá, o quinto divórcio fê-la sentir-se inquieta. Ligaram-lhe da Broadway para se estrear no musical Chicago com o papel de Roxie Hart. Não é cantora nem bailarina profissional, explica, mas sentiu-se pronta para um novo desafio. A peça estreou em abril do ano passado, depois de semanas intensivas de ensaios e a sua prestação foi bem recebida pelos críticos.

Pamela Anderson Joins The Cast Of "Chicago" On Broadway

A sua estreia na Broadway, em abril de 2022. A prestação foi bem recebida pelos críticos

Bruce Glikas/Getty Images

Conclusões finais? Sente que passou por um furacão, mas que ainda está cá para contar. Não é uma vítima do mundo, apesar de tudo. “Pus-me em situações doidas e sobrevivi”. Continua doce, com voz de miúda. “Tenho a certeza que ainda não acabei. Mas não sei o que vou fazer a seguir”, reflete. “Os meus filhos estão crescidos. Estou sozinha e gosto deste momento. Não faço ideia do que vai acontecer. Talvez saiba para a semana.”

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