António Costa chegou ao Observador depois das comemorações do 1º de dezembro e antes de ir para o aeroporto apanhar um voo para Bruxelas para o Conselho Europeu. Com tempo apertado, mas sem pressa, o primeiro-ministro garantiu aos portugueses que vai seguir no Natal uma política de “máximo de pedagogia, mínimo de regras“. Mas essas também vão existir. Os especialistas vão ensinar, na televisão, os portugueses a passarem um Natal com menos risco (o menos à mesa possível), mas quanto ao réveillon nada feito: “Não haverá seguramente festas na Passagem de Ano“. Mesmo que a restrição possa, eventualmente, passar das 23h00 para 01h00 na noite de 31, será com o máximo de contenção.

Quanto às vacinas, não chegam com a garantia do fim das restrições, mas o primeiro-ministro garante que o país estará preparado para as aplicar na população no dia em que ficarem disponíveis. António Costa anunciou também que o plano de vacinação é conhecido já na próxima quinta-feira. Voltou a dizer que confia na ciência, mas as decisões são os políticos que tomam e a ideia de deixar de fora os idosos com mais de 75 anos não é aceitável na ética republicana de Costa, mesmo que a ciência o venha a propor.

O Bloco de Esquerda voltou a ficar com as orelhas quentes, com o primeiro-ministro acusar o partido de Catarina Martins de “pôr-se ao fresco” quando a situação se preparava para ficar impopular. Utilizou as sondagens para dizer que o BE já está a sofrer com essa opção e diz que “as pessoas não perdoam o oportunismo”. Sobre a manobra do Bloco para impedir a transferência de verba para o Fundo de Resolução financiar o Novo Banco, Costa volta a garantir que é “inconsequente” e que o Governo vai cumprir o contrato. Ou seja: pagar o que está no contrato.  Por fim, António Costa disse ainda que já sabe em quem votar nas Presidenciais e que não votará em branco. Mais um voto para Marcelo?

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