795kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Shaul, Charmagne, Basil e Francis viveram até 2015 na África do Sul
i

Shaul, Charmagne, Basil e Francis viveram até 2015 na África do Sul

Facebook

Shaul, Charmagne, Basil e Francis viveram até 2015 na África do Sul

Facebook

Fugiram à violência da África do Sul e morreram com Covid-19 em Lisboa. A história da família anti-vacinas que a internet diz ser uma farsa

No espaço de uma semana, Basil, Charmagne e Shaul morreram em Portugal, "onde sempre quiseram acabar". Francis, filho e irmão, quer fazer deles um exemplo no combate à propaganda anti-vacinas Covid.

A imagem dos três caixões, fechados e dispostos lado a lado, imediatamente antes de descerem à terra, cada um coberto com a sua coroa idêntica de flores vermelhas e brancas, é impressionante. Foi por isso mesmo que Francis Goncalves, de 43 anos, decidiu publicá-la no Facebook, na sua conta pessoal e na que criou entretanto para espalhar pelo mundo a história de Basil, Charmagne e Shaul, os seus pais e irmão mais novo, todos mortos no espaço de uma semana de julho de 2021 pela Covid-19 em Lisboa, nenhum deles vacinado contra a doença.

“Tivemos muitas discussões sobre isto, sobre a propaganda que está a correr, sobre os medos que tinham de efeitos a longo prazo, como cancro ou infertilidade, sobre a forma como são feitas as vacinas, sobre o facto de serem usados fetos… As vacinas não são feitas de fetos! As pessoas começam  a inventar histórias em que outras pessoas caem, há tanta informação que se torna avassalador”
Francis Goncalves

“Eles tinham medo da vacina, tinham muito medo da vacina”, revela o lusodescendente ao Observador, ao telefone a partir de Cardiff, no País de Gales, para onde emigrou em 2015. Natural da África do Sul, país onde o pai, nascido Basílio, na Madeira, chegou em 1966, vindo de Moçambique, Francis Goncalves nunca aprendeu a falar português, o que acabou por lhe custar caro quando os pais, a viver em Portugal há quase cinco anos, foram hospitalizados e durante dias não conseguiu ter notícias deles.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Até ficarem infetados, tentou por tudo que se vacinassem, sempre em vão. “Tivemos muitas discussões sobre isto, sobre a propaganda que está a correr, sobre os medos que tinham de efeitos a longo prazo, como cancro ou infertilidade, sobre a forma como são feitas as vacinas, sobre o facto de serem usados fetos… As vacinas não são feitas de fetos! As pessoas começam  a inventar histórias em que outras pessoas caem, há tanta informação que se torna avassalador”, lamenta, justamente no dia em que se completa um mês desde que os três testaram positivo para o coronavírus, a 12 de julho de 2021.

Mãe, pai e filho morrem vítimas de Covid-19 em Portugal, depois de recusarem vacinação

Shaul, o mais novo e o mais saudável, morreu nem uma semana depois, no dia 17; Basil, que entretanto tinha sido hospitalizado e transferido para os cuidados intensivos em coma induzido, morreu no dia 20; e a vida de Charmagne terminou no dia 24. Foi a única de que Francis, que viajou desde o Reino Unido com a relativa urgência que os testes PCR permitem, ainda conseguiu despedir-se.

“Nem o padre, nem a agência funerária, nem o cemitério tinham alguma vez visto assim três membros da mesma família”, escreveu Francis sobre a fotografia que partilhou nos stories do Facebook, com uma versão de “End of the Road”, dos Boyz II Men, a servir de banda sonora, e onde se pode ver, de costas, o sacerdote que celebrou as missas fúnebres dos três, no primeiro dia de agosto, no cemitério do Alto de São João.

O seu objetivo era alertar para a importância da vacinação e tentar combater a propaganda anti-vacinas — também foi por esse motivo que detalhou o triste desfecho da família ao jornal digital Wales Online e é por isso que desde então se tem desdobrado em entrevistas para jornais, rádios e televisões da Europa inteira.

Mas em vez disso, Francis Goncalves, cuja história já foi partilhada no Twitter pelo controverso jornalista britânico Piers Morgan, acabou a ser inundado por mensagens de negacionistas e “trolls da internet”, como lhes chama, que o acusam de ser uma fraude, um ator pago pelo governo para promover uma vacina que vai ou matar ou escravizar a população mundial, tornada zombie, e que garantem a quem os quiser ler que a sua família nunca sequer existiu. “Este perfil não é real. Nem a história. Se fosse, haveria muito mais fotografias suas e da sua família, e não teria aderido ao Facebook a 15 de Julho. Deve pensar que somos estúpidos”, escreveu recentemente uma mulher, de nacionalidade inglesa, em resposta a um dos seus posts.

Os três caixões alinhados no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa

Captura de ecrã do vídeo publicado por Francis Goncalves

“Apanhei um choque com tudo o que aconteceu, amanhã vêm buscar-me a casa e vou ao hospital tomar a primeira dose”

Confirmaram várias fontes do Alto de São João ao Observador: não só o desfecho é real — Shaul, Basil e Charmagne estão efetivamente sepultados naquele cemitério de Lisboa, na secção 43 —, como nunca antes tinha sido visto um funeral assim, de três membros da mesma família.

“O filho mais velho estava lá, ainda fizeram um pedido na secretaria para que o irmão ficasse no meio, entre os pais, mas não é possível, o primeiro a morrer tem de ficar na primeira cova, tem de ser seguida a ordem das certidões de óbito”, recorda um dos coveiros presentes.

A assistir à cerimónia, contabiliza Francis, que depositou um terço sobre cada uma das urnas, estariam umas dez pessoas no máximo: a namorada de Shaul (que não é portuguesa e prefere não falar à imprensa) e a sua mãe, e alguns amigos do casal. Aconteceu tudo demasiado depressa e as restrições impostas pela pandemia não ajudaram: os familiares e amigos na África do Sul, no País de Gales e noutras partes do mundo não conseguiram estar presentes. Mas, antes do funeral, nessa manhã, juntaram-se a Francis numa chamada de Skype, numa espécie de última homenagem conjunta a Basil, Charmagne e Shaul.

Geoff de la Fontaine, o padrasto de Charmagne, foi um dos cerca de 15 presentes. “Tenho glaucoma, estou cego de um olho e a perder a visão no outro. E a minha mulher, Maureen, a mãe da Charmagne, morreu no ano passado, portanto seria muito difícil para mim viajar”, explicou por telefone ao Observador, a partir de Durban.

“Costumava falar ao telefone com a Charmagne e o Basil estava sempre lá atrás, portanto percebi que eram os dois completamente contra a vacinação, por causa das coisas que viam na televisão e nas redes sociais. Também tinha dúvidas, mas já não tenho. Apanhei um choque com tudo o que aconteceu, amanhã vêm buscar-me a casa e vou ao hospital tomar a primeira dose”
Geoff de la Fontaine

“Costumava falar ao telefone com a Charmagne e o Basil estava sempre lá atrás, portanto percebi que eram os dois completamente contra a vacinação, por causa das coisas que viam na televisão e nas redes sociais”, diz, para logo a seguir revelar que tem também procrastinado a imunização. “Também tinha dúvidas, mas já não tenho. Apanhei um choque com tudo o que aconteceu, amanhã vêm buscar-me a casa e vou ao hospital tomar a primeira dose”, conta Geoff, que faz questão de se referir a Charmagne como filha, e não enteada: casou com Maureen quando os seus três filhos ainda eram pequenos, algum tempo depois da morte do seu primeiro marido, num acidente de avião — “Passaram a ser meus filhos”.

A mais de 13 mil quilómetros de distância, Francis não está sequer ao corrente da mudança que já se operou na mentalidade do avô — Maureen e Charmagne estiveram zangadas durante anos, a relação nunca voltou a ser a mesma. Mas o seu objetivo é mesmo esse e é por isso que garante que não tenciona deixar cair esta causa, nem que para isso tenha de roubar horas à cama ou de dar entrevistas enquanto prepara os serviços de almoço no restaurante da cadeia Côte Brasserie onde trabalha como chef, na capital galesa. “Há muita gente a espalhar teorias da conspiração e mentiras. É óbvio que esta história é enorme, três pessoas da mesma família a morrer em sete dias, é demasiado duro para ser ignorado.”

A família dividida entre São José e Curry Cabral e a ajuda que chegou da Cidade do Cabo

Shaul, o mais saudável da família, que passava a vida a correr ou a fazer caminhadas, não tocava em álcool e há uns anos tinha adotado uma dieta à base de alimentos não processados e vegetais — logo ele que todos os Natais era incumbido de cozinhar o seu famoso “peri-peri chicken” recheado de chouriço —, foi o primeiro a morrer.

Começou a sentir-se doente na segunda-feira, 12 de julho, quatro dias após ter jantado com os pais e a namorada em Campo de Ourique, no apartamento dela, para onde se tinha mudado recentemente. Nesse mesmo dia, como o pai e a mãe, testou positivo. Cinco dias depois, ainda seria transportado de urgência para o hospital onde o pai também já estaria internado, na unidade de cuidados intensivos, mas acabaria por não resistir, tem contado Francis aos jornais de todo o mundo.

“Estava no escritório e havia lá uma senhora portuguesa que falou com a recepcionista e com o médico. O Francis vinha do Reino Unido, o irmão e o pai já tinham morrido e a mãe estava a morrer. Acho que houve muita compaixão, cobriram-no com uma série de equipamentos de proteção mas pelo menos pôde dizer-lhe adeus”
Geoff de la Fontaine

Ao Observador, o lusodescendente revela agora os detalhes: pai e irmão terão sido encaminhados para o Hospital de São José e a mãe para o Curry Cabral. Chegado a Lisboa a 21 de julho, já depois das mortes de Shaul e Basil, Francis terá conseguido autorização para visitar a mãe, que na altura já estava também em coma induzido, como o pai.

Incapaz de formular uma única frase em português, conta Geoff, o neto acabou por beneficiar da ajuda de Michelle, irmã de Charmagne, a partir da Cidade do Cabo: “Estava no escritório e havia lá uma senhora portuguesa que falou com a rececionista e com o médico. O Francis vinha do Reino Unido, o irmão e o pai já tinham morrido e a mãe estava a morrer. Acho que houve muita compaixão, cobriram-no com uma série de equipamentos de proteção, mas pelo menos pôde dizer-lhe adeus”.

Contactado pelo Observador, o Centro Hospitalar de Lisboa Central, a que pertencem ambas as unidades, não confirmou o internamento dos pacientes, por questões de confidencialidade. Pelo mesmo motivo, a task force para a vacinação contra a Covid-19 e o Ministério da Saúde também não avançaram qualquer informação sobre os casos, nem confirmaram se Basil, Charmagne e Shaul foram ou não vacinados contra a doença.

"Éramos uma família pequena, éramos muito próximos", lamenta Francis Goncalves

https://charmagne-thequaintlibraryshop.blogspot.com/

Francis, que não se esquece da mensagem que a mãe lhe enviou no dia de junho em que ele próprio recebeu a segunda dose da vacina — “Estava preocupada. A propaganda atingiu um ponto… Eu tomo a vacina e eles ficam preocupados com a minha saúde. Eu continuo aqui” —, assegura que tanto Charmagne como Basil receberam o SMS das autoridades de saúde, a convocá-los para a toma da vacina contra a Covid-19. “Na altura não soube disso, só descobri depois. Os meus pais aparentemente receberam as mensagens e escolheram não tomar a vacina. Ou não responderam ou responderam ‘não’.”

Com o irmão, três anos mais novo, Francis não sabe exatamente o que terá acontecido, só falaram sobre o assunto uma vez e Shaul não lhe pareceu muito animado com a perspetiva de receber a injeção, mas sendo ele jovem e saudável, ao contrário dos pais, que tinham ambos excesso de peso e outras patologias associadas, não achou que fosse um problema. Agora, só está à espera de ter todas as questões burocráticas e legais resolvidas para pedir à operadora móvel acesso ao telemóvel do irmão, para perceber se ele não recebeu o SMS a convocá-lo para a vacinação ou se também optou por não receber as doses que lhe eram devidas.

“Ninguém está à espera de perder um membro da família para uma doença. Depois acontece, toda a gente tem a mesma coisa e de repente toda a tua família morre. Ficas completamente gelado e dormente, é quase como se estivesses a ver-te de cima, a ver um filme, é tudo muito difícil"
Francis Goncalves

Apesar de ser impossível saber, Francis acredita que terá sido Basil, que seis dias antes do fatídico jantar tinha ido ao hospital, com uma crise renal, o primeiro a ser infetado. Por muito que também não exista forma de garantir que o desfecho dos seus familiares teria sido diferente caso tivessem sido vacinados contra a Covid-19, Francis faz questão de pensar assim.

Acaba por ser uma forma de luto: “Ninguém está à espera de perder um membro da família para uma doença. Depois acontece, toda a gente tem a mesma coisa e de repente toda a tua família morre. Ficas completamente gelado e dormente, é quase como se estivesses a ver-te de cima, a ver um filme, é tudo muito difícil. Aquilo que estou a fazer agora é emocional e fisicamente muito desgastante mas alguém tem de gritar um pouco mais alto do que toda esta propaganda que por aí anda. E isso também me dá um objetivo: fazer com que a morte da minha família tenha um propósito.”

“Não quero saber se vou ter de esfregar casas de banho, vamos sair deste país”

Nascido em 1948 em Câmara de Lobos, Basílio Gonçalves, que anos mais tarde veria cair as últimas duas vogais do nome e a cedilha do apelido, terá chegado a Durban, a cerca de 400 quilómetros da fronteira moçambicana, entre os 17 e os 18 anos, calcula o sogro. Oito anos mais velho do que Charmagne, apelido de solteira Labuschagne, só conheceu aquela que viria a tornar-se sua mulher cerca de uma década depois. Antes de casarem, tinha ela 20 ou 21 anos, Charmagne ainda teve alguns trabalhos fora de casa, como rececionista ou secretária, mas depois dedicou-se por inteiro à família. Já Basil trabalhou até à reforma como eletricista no Barclays Bank, atual First National Bank of Southern Africa.

Foi mais ou menos nessa altura, já os filhos eram adultos, que começaram a pensar em abandonar o país — “por uma questão de segurança”, fazem coro Francis e Geoff. A situação no país estava cada vez pior; Francis e Caitlin, então namorada, atual mulher, chegaram a ser postos fora do carro em que seguiam numa noite de dezembro de 2014. “Apontaram-me uma arma à cabeça. A minha memória desse momento apagou, a minha mulher achou que eu ia morrer”, recorda o filho mais velho da família Goncalves.

“Atendi e era a minha mulher a dizer que tinha sido assaltada e que tinham levado o carro. Quando chegámos perto dela, tinha os braços cobertos de nódoas negras, porque tinha lutado com quatro assaltantes. Foi nesse momento que disse: ‘Sabes que mais? Não quero saber se vou ter de esfregar casas de banho, vamos sair deste país’”
Francis Goncalves

Depois, uns cinco meses mais tarde, em pleno domingo de Páscoa, estava Francis a preparar o jantar para toda a família, em casa da avó da namorada, Caitlin decidiu sair depois de escurecer, só para ir num instante ao seu apartamento buscar uma garrafa de vinho. Distraído com a comida — todos os Goncalves adoravam cozinhar e Charmagne chegou a manter um blogue, em que partilhava as receitas portuguesas que a sogra, Alegria, que já não era viva, lhe confiava sempre que passavam férias na Madeira —, Francis só percebeu que tinha passado imenso tempo quando um número desconhecido lhe apareceu a piscar no telemóvel.

“Atendi e era a minha mulher a dizer que tinha sido assaltada e que tinham levado o carro. Quando chegámos perto dela, tinha os braços cobertos de nódoas negras, porque tinha lutado com quatro assaltantes. Foi nesse momento que disse: ‘Sabes que mais? Não quero saber se vou ter de esfregar casas de banho, vamos sair deste país’”, conta ao Observador.

Os Goncalves costumavam passar férias na Madeira, desde 2016 Francis esteve várias vezes em Lisboa, para ver os pais e o irmão

https://charmagne-thequaintlibraryshop.blogspot.com

Charmagne, Basil e Shaul saíram primeiro, em setembro de 2015, escassos dias depois do casamento de Francis e Caitlin, organizado no tempo recorde de quatro semanas para não arruinar os planos de emigração da família. O primogénito juntou-se-lhes em dezembro, no País de Gales, onde decidiu manter-se, apesar da decisão do resto da família de emigrar mais uma vez, dessa feita para Portugal, onde, diz Francis, “sempre quiseram acabar”.

Quando chegaram, em agosto de 2016, assustados pelo resultado do referendo do Brexit e pela taxa de conversão da reforma do patriarca de família em libras, Basil, Charmagne e Shaul  instalaram-se em Lisboa. Depois, os mais velhos arranjaram casa em Fátima e o filho mais novo, que trabalhava por conta própria, como designer gráfico, e mantinha um canal de YouTube, onde fazia tutoriais de vídeos animados, comprou o seu próprio apartamento em Lisboa. Era lá que os pais estavam a morar quando adoeceram — tinham decidido regressar à capital há pouco mais de dois meses. Ao todo, não chegaram a passar cinco anos em Portugal.

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos