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Para mais de uma centena de trabalhadores da tecnológica Talkdesk, o que prometia ser mais uma segunda-feira de trabalho normal depressa se transformou num dia que podia ser um dos últimos em que estariam juntos à secretária. Em conversas individuais ou divididas por pequenos grupos, ia surgindo a notícia: a empresa estava a convidá-los a sair, deixando em cima da mesa uma proposta para uma saída através de mútuo acordo.
“Foi tudo muito rápido, muito repentino”, conta um dos trabalhadores afetados. No meio do turbilhão, sucederam-se as reuniões, apurou o Observador a partir da mão cheia de testemunhos ouvidos. Num primeiro momento, era marcada uma conversa com o respetivo manager (líder da equipa), que parecia seguir um guião, relata outro funcionário. Depois, a negociação passava para os recursos humanos. Mais tarde, chegava ao email a proposta para o acordo. Quem o aceitar, fica sem acesso a subsídio de desemprego. Quem o rejeitar deverá ver a questão seguir para o departamento legal da tecnológica, segundo o que foi dito a alguns dos trabalhadores. O que é que isso significa? “Não sabemos”, lamenta uma das pessoas, relatando dias de incerteza e ansiedade entre os trabalhadores.
A proposta de saída terá sido fundamentada como resultado de uma decisão estratégica, afetando as equipas de produto e engenharia, mais especificamente postos de trabalho ligados à área de R&D (investigação e desenvolvimento). Muitos foram apanhados de surpresa, numa decisão que atingirá maioritariamente funcionários portugueses e, em menor escala, também na China. A proposta veio acompanhada de um prazo e determina esta sexta-feira, 29 de setembro, como a data final para comunicar uma decisão à empresa: o sim ou não ao acordo.
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