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A última vez que choveu "um pouco por todo o território" foi a 21 de abril, desde então o calor sentido tem levado centenas à praia
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A última vez que choveu "um pouco por todo o território" foi a 21 de abril, desde então o calor sentido tem levado centenas à praia

A última vez que choveu "um pouco por todo o território" foi a 21 de abril, desde então o calor sentido tem levado centenas à praia

Recorde com 78 anos cai se forem atingidos os 36ºC previstos para esta quinta. Oito respostas para este calor atípico de abril

Há 78 anos que não fazia tanto calor em abril: se as previsões se cumprirem, os 36ºC de 1945 serão batidos esta quinta. Mas as temperaturas altas continuam para a semana. Afinal, o que é que se passa?

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Este ano, os portugueses tiraram as camisolas de manga curta do armário há já um mês. As praias têm estado cheias desde que começou a primavera. Mas apesar do calor que se faz sentir, em média mais 6ºa  10ºC do que o habitual para esta altura do ano, estas não são as temperaturas mais altas alguma vez registadas em abril. Em território nacional, no quarto mês do ano, nunca esteve tão quente como no dia 20 de abril de 1945. Foi no Pinhão e os termómetros registaram 36 graus Celsius.

Agora, 78 anos depois, esse recorde poderá estar prestes a ser batido. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) considera que “não é certo”, mas que “há uma possibilidade desse valor ser ultrapassado”. Neste momento, o serviço meteorológico nacional prevê que quer esta quarta quer sobretudo amanhã, quinta, as temperaturas em algumas regiões do Alentejo possam chegar a valores que variam entre os 35ºC e os 37ºC. Portel, Aljustrel, Castro Verde, Cuba e Vidigueira têm previsões para igualar o recorde, os tais 36ºC, e Ferreira do Alentejo para o bater, chegando aos 37ºC.

Ao Observador, o meteorologista do IPMA Jorge Ponte afirma que o dia de amanhã, esta quinta-feira, será ainda “mais quente do que o de hoje”. Mas o problema não será só esta semana. Na próxima, depois de uns dias mais frescos (mesmo assim ainda com muitas cidades nos 30ºC), o calor forte voltará a fazer-se sentir.

Quanto à chuva, que mal se viu neste mês que este ano não teve “águas mil”, talvez apareça mesmo na despedida de abril.

Quais serão as capitais de distrito mais quentes?

O IPMA prevê que os valores mais elevados da temperatura máxima ocorram no interior da região Sul, Ribatejo e Beira Baixa, podendo “muito localmente” atingir os 37ºC. Jorge Ponte destaca Setúbal e Santarém (34ºC) e Évora e Beja (que podem chegar aos 35ºC)  como as capitais de distrito com “temperaturas mais elevadas” esta quarta e quinta-feira.

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Precisamente no mesmo dia em que Pinhão estabeleceu um recorde nacional, em Beja registaram-se 33,2ºC. Esse valor, sentido em abril de 1945, é o mais elevado de que há registo na capital de distrito no quarto mês do ano. Porém, como já se disse, pode estar prestes a ser ultrapassado: esta quinta-feira Beja poderá atingir os 35ºC, chegando aos 36ºC em várias regiões do distrito do Baixo e do Alto Alentejo e aos tais 37ºC, o valor mais altos das previsões do IPMA, em Ferreira do Alentejo. “Há uma probabilidade razoável desse extremo ser atingido”, garante o meteorologista português.

Para o resto do país, em comunicado, o IPMA coloca o interior Norte e o Centro também com temperaturas muito elevadas, podendo variar entre os 30 e os 33ºC no vale do rio Douro e alguns locais no interior da Beira Litoral, ficando o resto do país entre os 25 e os 30ºC, com exceção da faixa costeira a norte do cabo Raso, que registará valores entre 20 e 25ºC.

Outro detalhe importante. Ao contrário da grande amplitude térmica que tem existido, com diferenças de mais de 20ºC entre os dias e as noites, existirá uma subida da temperatura mínima, com as noites a deixarem de ser muito mais frias do que os dias e a aproximarem-se até de valores quase tropicais. A partir desta terça-feira eram esperados valores entre os 15 e os 20ºC no Algarve e em alguns locais das regiões Centro e Sul na quarta-feira.

Face às previsões de altas temperaturas, que se vão manter na próxima semana, o IPMA colocou esta quarta-feira os concelhos de São Brás de Alportel e Tavira, no distrito de Faro, em perigo máximo de incêndio rural. Em perigo muito elevado estão também os concelhos de Lagos, Portimão, Monchique, Silves, Loulé, Alcoutim e Castro Martim. No total, são mais de 30 concelhos dos distritos de Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Beja e Faro que se encontram em perigo elevado de incêndio.

Temperaturas superiores a 30 graus e dois concelhos de Faro em perigo máximo de incêndio

Quando é que vai chover?

A última vez que choveu “um pouco por todo o território” foi a 21 de abril. Um momento que é descrito pelo IPMA como “relativamente isolado”. Para os próximos dias 28 e 29 está prevista uma descida das temperaturas máximas em todo o território, que será mais significativa no litoral Norte e Centro (mantendo-se ainda valores entre os 30 e os 33ºC em diversos locais do Sul). É nessa sexta-feira e, especialmente, nesse sábado que “existe alguma possibilidade de precipitação” de carácter disperso e não generalizado. A tal despedida de Abril não com “águas mil”, mas com alguma chuva.

O meteorologista Jorge Ponte indica que “poderão surgir alguns aguaceiros até com algumas trovoadas associadas, mais prováveis no Norte e Centro”. Depois, após esses dias, as temperaturas vão manter-se atipicamente elevadas, “acima da média daquilo que é normal para esta altura do ano”. 

Em Lisboa, por exemplo, os valores das temperaturas máximas entre esta quarta e quinta-feira vão rondar os 30 e os 31ºC, sendo que depois é esperada uma descida, no fim de semana, para “perto de 25ºC”. Porém,”no início da próxima semana espera-se uma nova subida das temperaturas”, uma vez mais para valores bastante elevados — a atingir valores perto dos 30ºC.

Populares na praia de Carcavelos. Num fim de semana com temperaturas ultrapassar os 40.ºC em diversos distritos do país, sobretudo no interior Norte e Centro e no Alentejo. Segundo o IPMA, as temperaturas máximas vão variar entre os 23º (Porto e Aveiro) e os 43º (Évora) e as mínimas entre os 13º (Bragança e Viseu) e os 26º (Faro). Foi igualmente emitido um aviso laranja de tempo quente até às 5h de domingo, dia 15, para os distritos de Beja, Castelo Branco, Évora e Portalegre e estão ainda sob aviso amarelo os distritos de Braga, Faro, Lisboa, Santarém, Setúbal, Vila Real e Viseu. Carcavelos, 14 de aosto de 2021 MIGUEL A. LOPES/LUSA

O calor coloca vários concelhos em risco de incêndio

MIGUEL A. LOPES/LUSA

Porque é que está tanto calor?

Uma massa de ar quente com origem no Norte de África e “transportada na circulação de um anticiclone localizado junto à Península Ibérica” é, segundo o comunicado emitido pelo IPMA esta segunda-feira, responsável pela subida gradual de temperatura que se faz sentir em Portugal estes dias.

Jorge Ponte afirma que a persistência de temperaturas que normalmente só se registam em meses de verão (junho e julho) em Portugal “não é, de todo, normal”. “É um mês que está a ser efetivamente mais seco do que o normal e muito mais quente do que o normal devido a esta persistência de tempo anticiclónico.”

O país está em seca?

A 31 de março, 48% do território encontrava-se em seca meteorológica, enquanto no último dia de fevereiro essa percentagem era de 28%. O boletim do IPMA dava conta de um aumento da intensidade da seca na região Sul, destacando-se os distritos de Setúbal e Beja e alguns locais do sotavento algarvio (que se encontravam na classe de seca severa).

Situação de seca meteorológica aumentou e intensificou-se na região sul em março

Como abril ainda não chegou ao fim, o IPMA ainda não lançou o Boletim Climatológico com o balanço do mês. Contudo, no site do instituto português encontra-se disponível um documento com uma monitorização intercalar da seca, que data do passado dia 15. Nessa altura salientava-se uma “diminuição significativa da percentagem de água no solo em todo o território” e o “aumento da área em seca meteorológica, estendendo-se até à região Centro e ao interior Norte”. Também na região Sul era registado um “aumento da intensidade”, predominando as classes de seca severa a extrema.

A distribuição percentual por classes do Índice de Severidade de Seca de Palmer — utilizado para monitorizar eventos de seca — no território era a seguinte, a meio do mês de abril: 21.8% normal, 28.3% em seca fraca, 21.2% em seca moderada, 18.6% em seca severa e 10.1% em seca extrema.

O calor atual sugere que o verão será mais quente ou mais fresco?

Não. Não existe uma ligação direta entre as temperaturas atuais e aquelas que se vão sentir nos meses de verão. “Isto tem que ver com a posição dos centros de ação. Basta a configuração mudar para as temperaturas eventualmente subirem ou descerem, portanto uma primavera quente não está necessariamente ligada a um verão quente”, nota Jorge Ponte, em declarações ao Observador.

Apesar de considerar que ainda é “muito cedo” para fazer previsões para o verão, o meteorologista do IPMA destaca que “os modelos sazonais têm dado consistentemente um sinal de um verão mais quente, mas muitas vezes isso acaba por poder ou não verificar-se”. Isto porque esta ainda é uma previsão que, neste momento, tem uma margem de erro “muito grande”. Recorde-se, ainda assim, que o verão passado foi o mais quente de sempre na Europa.

Jorge Ponte indica que o facto de nesta altura existir um “tempo muito mais quente” pode “acentuar as condições de seca” que por vezes “têm um feedback positivo que potencia, eventualmente, temperaturas mais elevadas localmente”. Um exemplo, detalha, é o que se verificou no ano passado no Nordeste Transmontano, onde a seca contribuiu para que os termómetros mostrassem valores mais elevados do que aqueles que marcariam se a região não se encontrasse nessa situação. Ou seja, mais calor agora não significa mais frio no verão, tal como mais calor agora não significa ainda mais calor em agosto.

O corpo estranha estas temperaturas atípicas?

Para o médico de saúde pública Bernardo Gomes é claro que o ser humano é “bastante flexível” no que aos “intervalos orgânicos de adaptação” diz respeito. Ainda assim, existem dois problemas: as transições bruscas de temperaturas ou as “temperaturas anómalas sustentadas demasiado tempo”, as chamadas ondas de calor que se caracterizam pela sustentação de um clima especialmente atípico durante “dias a fio”.

“Não é algo que veja como particularmente relevante porque nós todos temos a nossa capacidade de adaptação. Não estamos a saltar para uma frigideira ou para um fogão de uma vez. [O aumento de temperaturas] vai acontecendo”, diz.

Atualmente, a Organização Meteorológica Mundial, citada pelo IPMA, considera que ocorre uma onda de calor quando num intervalo de, pelo menos, seis dias consecutivos a temperatura máxima diária registada é superior em 5ºC ao valor médio diário do período de referência. Têm de facto ocorrido este mês dias sucessivos de calor, a que seguem depois dias mais frescos, numa espécie de montanha russa meteorológica, podendo quase apontar-se para a terceira semana de calor do mês. Mas não é considerado como uma onda.

Questionado pelo Observador acerca do facto de as previsões apontarem para que as temperaturas continuem elevadas na próxima semana, o médico, também vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, destacou contudo a importância de “medidas genéricas de prevenção” e de ter em atenção que o país não é todo igual: “Há locais onde efetivamente isto vai-se sentir de forma mais marcada”.

Quais são os cuidados que deve ter?

Desde beber mais água e viajar nas horas de menor exposição solar ou à noite. São vários os cuidados que a população, especialmente os grupos vulneráveis, deve ter para conseguir proteger-se do calor. A DGS coloca entre os mais cidadãos mais vulneráveis as crianças, os idosos, os portadores de doenças crónicas (nomeadamente doenças cardiovasculares, respiratórias, renais, diabetes, alcoolismo), pessoas obesas, acamadas, com problemas de saúde mental, a tomar alguns medicamentos (nomeadamente antidepressivos), pessoas que vivem “em más condições de habitação” e ainda trabalhadores expostos ao sol.

Para o médico Bernardo Gomes é necessário ter uma atenção a essas pessoas mais vulneráveis, nomeadamente àquelas que “não têm a perceção que têm sede ou que não estão bem”. Além disso, um outro “eixo” de proteção para as “temperaturas fora do vulgar” é a “não exposição” nas horas de maior calor.

Além dessas, a Proteção Civil escreve, no seu site, outras medidas de autoproteção que devem ser seguidas em dias “de muito calor”. Destacam-se, por exemplo, as seguintes:

  • Beba água ou líquidos não açucarados com regularidade. Se tiver epilepsia, doenças cardíacas, renais ou de fígado ou que tenham problemas de retenção de líquidos consulte um médico antes de tomar a decisão de aumentar o consumo de líquidos.
  • Procure manter-se dentro de casa ou em locais frescos.
  • Durante o dia, em casa, abra as janelas e mantenha as persianas fechadas para que seja possível a circulação de ar. À noite, abra bem as janelas para que o ar consiga circular e a casa arrefecer.
  • Evite sair à rua nas horas de maior calor. Se tiver de o fazer proteja-se através da utilização de um chapéu ou de um lenço.
  • Opte por utilizar roupas leves de algodão e de cores claras, que observem uma menor quantidade de calor. Evite também utilizar vestuário com fibras sintéticas ou lã.
  • Evite fazer exercício físico ou outras atividades que exigem muito esforço.
  • Não esteja de pé durante muito tempo, especialmente em filas ou ao sol.
  • Desloque-se, se possível, nas horas de maior calor para lugares com ar condicionado.
  • Faça, preferencialmente, viagens à noite ou em horas de menos calor.
  • Se não tiver ar condicionado no carro, nunca viaje com as janelas completamente fechadas.
  • Não coma muitas quantidades de cada vez. Opte por refeições ligeiras, sopas frias ou tépidas, saladas, grelhados, comidas com pouca gordura e pouco condimentadas. Coma várias vezes ao dia.
  • Não beba bebidas alcoólicas.
  • Se quiser ir à praia opte por fazê-lo apenas nas primeiras horas da manhã (até às 11 horas) ou ao fim da tarde (depois das 17 horas). Ainda assim, mantenha-se à sombra, aplique protetor sol e utilize chapéu e óculos escuros.
"Não se pode descartar que cheguem aos 40ºC e que este abril em Espanha seja algo absolutamente extraordinário."
Rubén del Campo, porta-voz da AEMET

Em Espanha também está muito calor?

Pode ser considerado um verdadeiro forno ibérico. Em Espanha também há registo de temperaturas anormais para o mês de abril. Estima-se que será na sexta-feira que o país sentirá o pico do calor. De acordo com as previsões da Agência Estatal de Meteorologia espanhola (AEMET), que é citada pelo El Español, os termómetros deverão nesse dia atingir os 34ºC ou 35ºC no Vale do Ebro e na metade Sul do país.

Pela primeira vez desde que os dias de calor de abril começaram, esta terça-feira  registaram-se 36 graus em Espanha. Foi em Valência, que às 17h40, se fizeram sentir 36,2ºC, número ainda abaixo do recorde nacional para este mês. Foi em 2011 que a temperatura mais quente para abril em Espanha se registou na região de Múrcia: 37,4ºC. A hipótese de os termómetros assinalarem valores mais elevados não é descartada pelo serviço de meteorologia espanhol: “Não se pode descartar que cheguem aos 40ºC e que este abril em Espanha seja algo absolutamente extraordinário”, afirma Rubén del Campo, porta-voz da AEMET. Além do calor, podem chegar ao sul de Espanha (e talvez também a Portugal, poeira do deserto).

As previsões da meteorologia espanhola apontam para que, tal como acontecerá em Portugal, o calor continue a sentir-se nos próximos dias. Porém, ao contrário do que acontece no nosso país, algumas cidades espanholas já implementaram planos para ajudar os cidadãos a combater o calor. Em Madrid, Isabel Ayuso, presidente do Governo regional, anunciou a antecipação da abertura das quatro piscinas públicas da região para 13 de maio, o reforço da equipa hospitalar em caso de alerta devido às altas temperatura ou a climatização do interior dos comboios para que fiquem sempre entre os 21 e os 26ºC. Além disso, no plano, que o El País descreve como sendo pouco específico para episódios de altas temperaturas, está incluída a possibilidade de as aulas serem adaptadas, mas não é explicado como. Ainda assim, ensinar fora da sala de aula e à sombra são duas das possibilidades.

Por outro lado, por exemplo, em Barcelona, a autarquia colocou à disposição cerca de 200 infraestruturas que vão servir de “abrigos climáticos”. Tem também planos para mobilizar equipas de emergência para entregar água aos sem abrigos caso as temperaturas ultrapassem os 33,5ºC ao longo de três dias seguidos. Valência é uma das cidades espanholas que ainda não adotou medidas concretas, além de recomendar a hidratação frequente e que seja evitada a atividade física nas horas de maior calor.

Em Portugal, o Governo e as autarquias ainda não ativaram quaisquer planos de contingência para temperaturas extremas, nem anunciaram medidas para apoiar os cidadãos no combate ao calor. Ao Observador, o médico Bernardo Gomes alerta que o país não precisa de estar “sempre à espera que existam delineações superiores para alterar esquemas de adaptação” às temperaturas. E defende a importância da autoproteção.

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