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Uma réplica do famoso foguetão que é um dos protagonistas das histórias de Tintim promete ser uma das maiores atrações dos próximos meses nos jardins da Fundação Gulbenkian
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Uma réplica do famoso foguetão que é um dos protagonistas das histórias de Tintim promete ser uma das maiores atrações dos próximos meses nos jardins da Fundação Gulbenkian

JOÃO PEDRO MORAIS/OBSERVADOR

Uma réplica do famoso foguetão que é um dos protagonistas das histórias de Tintim promete ser uma das maiores atrações dos próximos meses nos jardins da Fundação Gulbenkian

JOÃO PEDRO MORAIS/OBSERVADOR

Tintim, uma coleção de arte e um foguetão: na Gulbenkian há uma viagem até ao mundo e à obra de Hergé

A história da mítica banda desenhada, mas também pintura, publicidade e documentários. Visitámos a exposição que quer mostrar as várias faces do pai de Tintim, para ver até 10 de janeiro de 2022.

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Em 2014, Nick Rodwell teve uma reunião surpresa. Nesse encontro, uma proposta inesperada é apresentada e a conversa é hoje recordada assim:

— Quero organizar uma exposição sobre Hergé.
— Quer dizer do Tintim?
— Não, do Hergé. Porque, para mim, o Hergé é um artista que está ao nível de Niki de Saint Phale e Picasso.
— Eu acho que está a exagerar mas, se quer uma exposição de Hergé, vai ter uma exposição de Hergé.

Em 2016 o Grand Palais, em Paris, França, acolheu a mostra original. “Começaram por oferecer-nos 600 metros quadrados e no final acabámos por ter 1200”, conta ao Observador Nick Rodwell que, juntamente com a mulher, Fanny Rodwell (viúva de Hergé), está à frente da Moulinsart S.A., a fundação que gere o património do artista.

Agora, a partir de sexta-feira, 1 de outubro, há 900 metros quadrados com uma viagem pela carreira e vida do autor belga que vai muito além das suas obras mais conhecidas: os livros de Tintim. “Hergé” divide-se em nove espaços, começa no fim e segue até ao princípio da vida do autor e causa impacto logo à chegada. As portas da Galeria Principal abrem-se para uma parede enorme apenas com uma assinatura — Hergé, naturalmente — que por si só já parece uma obra de arte. As paredes laterais estão pintadas de acordo com alguns livros e os maiores fãs irão imediatamente identificá-las.

Segunda, quarta, quinta-feira e no fim de semana a exposição pode ser visitada entre as 10 e as 18 horas. À sexta-feira está aberta até às 21 horas e à terça encerra. O bilhete custa 5€

JOÃO PEDRO MORAIS/OBSERVADOR

A primeira exposição em Portugal dedicada ao criador de Tintim é uma réplica daquela que esteve em Paris — e que já passou por países como Canadá, Dinamarca e Coreia do Sul. Tem os famosos álbuns do repórter-detetive-explorador, desenhos originais, pranchas, pinturas, documentos, entrevistas. Além do trabalho de Hergé, há uma sala (a segunda) com obras da coleção pessoal que inclui um retrato do próprio feito por Andy Warhol. Os dois eram amigos.

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“Hergé” mantém-se em Portugal até 10 de janeiro de 2022 — depois segue para Espanha. Segunda, quarta, quinta-feira e no fim de semana pode ser visitada entre as 10 e as 18 horas. À sexta-feira está aberta até às 21 horas e à terça encerra. O bilhete custa 5€. Quem tem cartão de estudante entra sem pagar entre as 18 e as 21 horas de sexta-feira.

Tintim, foguetões, mas também as obras que poucos conhecem

Repetimos: a inauguração acontece na sexta-feira, dia 1, mas já há vários dias que se tiram selfies com o famoso foguetão vermelho e branco, que é impossível não ver no jardim junto ao Edifício Sede da Fundação. Lá dentro, o minucioso processo de montagem está praticamente terminado.

“Apesar de ser sempre a mesma exposição, tem de ser adaptada ao espaço. Por isso, mandam-nos a planta do edifício e fazemos adaptações. Pedimos que construam certas coisas, que coloquem a iluminação e depois mandamos pessoas para montarem a exposição”, explica Nick Rodwell.

Oito pessoas trabalharam durante oito dias. Além disso, por cá, uma equipa com 15 elementos é responsável pelo resultado final.

A primeira sala, “Grandeza da arte menor”, tem logo à esquerda um esboço do local que Hergé frequentava todos os dias. Bebia um Aperol e convivia com outros artistas. No fundo do desenho, à direita, pode ler-se “Alph’Art”, o livro que deixou inacabado quando morreu a 3 de março de 1983. Três anos depois, Tintim e a Alph-Art acabaria por ser publicado assim mesmo, por terminar, como o 24.º e último volume da coleção.

“O António Cabral, braço direito de Durão Barroso [quando este foi presidente da Comissão Europeia em Bruxelas], queria trazer a exposição para Lisboa. Também tivemos uma loja do Tintim perto do Mosteiro dos Jerónimos. Só esteve aberta dois anos e meio por causa da pandemia, mas essas duas coisas inspiraram-nos a trazer para cá a mostra", diz-nos o curador da exposição.

Noutra parede estão pendurados quadros de Hergé. Sim, pintados pelo próprio na década de 60. Podiam pertencer a um pintor conceituado mas, para ele, nunca atingiram a perfeição a que estava habituado na banda desenhada. Arrumou os pincéis para sempre após 33 quadros — estão no Museu Hergé, em Louvain-la-Neuve, na Bélgica.

As conversas dessa entidade com a Fundação Calouste Gulbenkian começaram há cerca de dois anos. “O António Cabral, braço direito de Durão Barroso [quando este foi presidente da Comissão Europeia em Bruxelas], queria trazer a exposição para Lisboa. Também tivemos uma loja do Tintim perto do Mosteiro dos Jerónimos. Só esteve aberta dois anos e meio por causa da pandemia, mas essas duas coisas inspiraram-nos a trazer para cá a mostra e foi tudo muito fácil porque nos apresentaram à Gulbenkian”, diz Nick Rodwell. Até chegar ao que vai estar aberto ao público foram precisas muitas reuniões por videochamada.

Na segunda sala, intitulada “Hergé, o amante de arte”, além da tela feita por Andy Warhol, estão obras que foi colecionando ao longo da vida. Numa das paredes, as letras que completam a palavra H-e-r-g-é são formadas por rascunhos de banda desenhada com correções feitas a vermelho.

Desembocamos diretamente numa foto que ocupa uma parede do chão ao teto ao entrar em “O romancista da imagem”. A preto e branco, mostra desenhadores e coloristas a trabalharem nos estúdios de Hergé na Avenue Louise, uma das mais conhecidas de Bruxelas. Numa das secretárias está Fanny Vlamynck, que foi a segunda mulher do autor e viveu com ele até ao fim. Foi ela que herdou a obra, que em 1993 passou a ter outro responsável, Nick Rodwell, com o casamento dos dois.

De umas meias-finais do Mundial até ao legado de Hergé

Conheceram-se exatamente por causa de Hergé. “Foi em 1986. Nunca me vou esquecer do ano porque a Bélgica estava nas meias-finais do Campeonato do Mundo no México e não é todos os dias que a Bélgica está nas meias-finais. A exposição universal [como a Expo 98] acontecia em Vancouver e o meu predecessor, Alain Baran, que era quem coordenava tudo, disse-me: ‘Vou com a Fanny e o Bob de Moor’, que trabalhou com o Hergé durante 35 anos. ‘Vamos a Vancouver e depois vamos a Los Angeles ver o Spielberg’, porque já em 1986 havia negociações sobre o filme [que acabaria por se concretizar apenas em 2011]. Perguntei se queria que eu fosse para dar alguns conselhos sobre merchandising, porque era o que estava a fazer na altura, e ele disse que não tinha orçamento para me convidar. Eu disse: ‘Não é preciso, tenho amigos em Los Angeles, vou e encontramo-nos lá’”, conta Nick Rodwell.

Portugal foi o primeiro país não-francófono a publicar o então chamado “Tim-Tim”, em 1936

JOÃO PEDRO MORAIS/OBSERVADOR

O agora administrador da Moulinsart meteu-se num avião a caminho dos EUA e foi lá que se cruzou pela primeira vez com Fanny. “Mostra que às vezes temos de viajar para encontrar o que andamos à procura.” As decisões que tomou ao longo dos anos foram quase sempre controversas. A imagem de Tintim era usada em merchandising, publicidade e uma data de outras vertentes que a fundação quis limitar. Passou a controlar tudo, a vender produtos em lojas exclusivas e dispendiosas.

É algo instintivo. No momento em que me envolvi talvez não tivesse uma visão a curto ou a longo prazo, mas sabia o que não devia continuar e o que devia mudar. Só quando cheguei à Bélgica é que tive algum poder”, afirma. “Tentei respeitar o que o Hergé esperaria. Ele era muito exigente, dá para ver em todos os detalhes e devemos honrar isso.”

As preciosidades são visíveis na exposição da Gulbenkian. Num dos vídeos, enquanto os seus colaboradores desenham, Hergé explica ao caminhar e através de mímica exatamente como quer que determinada personagem seja representada. Também lá está uma réplica do interior do famoso foguetão, um modelo minucioso que todos tinham de seguir para que não houvesse diferenças entre desenhos.

“Quando queria representar uma coisa, por insignificante que fosse, ia pesquisar, informar-se. Ia a esse nível de pormenor”, diz Maria Helena Borges, diretora-adjunta na Fundação Calouste Gulbenkian.

Depois de passarmos por dezenas de livros de Tintim em várias línguas, é ela quem guia o Observador por “O Êxito e a Tormenta”, uma passagem pelos anos 40. É nessa fase que se apresenta ao serviço o Capitão Haddock, em O Caranguejo e as Tenazes de Ouro. Rude e brusco, acabaria por tornar-se uma das personagens mais adoradas da banda desenhada.

Com a Segunda Guerra Mundial, o Le Petit Vingtième, suplemento com o qual colaborava, acabou e outro jornal para o qual trabalhava, o Le Soir, foi ocupado pelos nazis. “Para sobreviver, o Hergé continuou a colaborar com o jornal, o que lhe trouxe muitos dissabores no fim da guerra. Foi acusado, preso, entrou em depressão, deixou de conseguir desenhar. Há quem diga que nunca mais foi o mesmo depois disso”, revela Maria Helena Borges.

“O António Cabral, braço direito de Durão Barroso [quando este foi presidente da Comissão Europeia em Bruxelas], queria trazer a exposição para Lisboa. Também tivemos uma loja do Tintim perto do Mosteiro dos Jerónimos. Só esteve aberta dois anos e meio por causa da pandemia, mas essas duas coisas inspiraram-nos a trazer para cá a mostra", diz-nos o curador da exposição.

“Uma família de papel” tem uma réplica de Moulinsart, a mansão dos livros de Tintim. As sombras dos seus amigos escondem-se atrás das janelas e mas estão lá à espera de serem identificadas pelos melhores tintinólogos.

Tintim está sempre rodeado de muita gente, mas não tem família. A explicação é dada por Maria Helena. “O Hergé tinha outras personagens anteriores [“Quim e Filipe”, “João, Joana e o Macaco Simão”] que largou porque tinham pais, não podiam ser independentes. Tintim era um rapaz escuteiro, com imensa imaginação, que não tinha família e por isso podia ir por aí fora à aventura. No entanto, tinha depois na Castafiore, no Capitão Haddock ou no professor Girassol um conjunto de pessoas que estavam sempre com ele, que o protegiam.”

Noutro recanto está a prancha original, de 1932, e a página do livro Os Charutos do Faraó, de 1934, que apresentou a primeira personagem portuguesa destas aventuras. Oliveira da Figueira era um negociante tão convincente que era capaz de impingir qualquer coisa a Tintim.

“Tim-Tim” e uma história que também passa por Portugal

Os álbuns só começaram a ser editados em Portugal em 1969. Antes disso eram vendidos cá, mas com edição do Brasil. Contudo, a ligação de Hergé ao país é muito anterior a isso. Foi em Lovaina, onde estava a fazer um mestrado, que o padre português Abel Varzim descobriu a obra de Hergé. Conheceram-se, ficaram amigos. De volta a Portugal, o padre pediu-lhe autorização para reproduzir as aventuras do Le Petit Vingtième em O Papagaio, uma revista para miúdos criada em 1935 pela Rádio Renascença.

Portugal foi o primeiro país não-francófono a publicar o então chamado “Tim-Tim”, em 1936. E foi pioneiro noutro aspeto. A história era colorida, uma inovação que deixou o próprio Hergé surpreendido — o primeiro álbum a cores publicado pela editora original, a Casterman, só saíria em 1942. Mas nem tudo era perfeito. Mudavam o sentido da leitura e acrescentavam ou retiravam texto sem o conhecimento do autor.

Quando Adolfo Simões Müller, diretor de O Papagaio, se mudou para o Diário de Notícias para criar o Diabrete, quis levar Tintim com ele, mas Hergé decidiu manter-se fiel à primeira publicação, que durante a guerra lhe pagava em latas de sardinha. O Papagaio publicou o último número em 1949 e só aí é que o Diabrete herdou as tiras. O encarte “Hergé em Portugal” tem todas as curiosidades e faz parte do catálogo que pode ser comprado na Gulbenkian por 15€.

A exposição atravessa as diferentes fases criativas de Hergé, como espelho da vida pessoal do autor

JOÃO PEDRO MORAIS/OBSERVADOR

Durante a conversa com o Observador, também Nick Rodwell se lembra que a sua história com Tintim passa por Portugal. Descobriu-o na televisão, num cartoon a preto e branco. “Não era muito esperto, não lia livros. Lia banda desenhada e via televisão. Na versão inglesa, ou americana, começava e acabava com alguém a dizer ‘As aventuras de Tintim de Hergé’ e isso ficou com a minha geração.”

Anos mais tarde, em 1983, estava em Paris “a tentar aprender francês” quando recebeu um postal da então namorada. “Ela veio a Portugal de férias com uma amiga e viu uma T-shirt do Milou. Escreveu-me ‘o que quer que aconteça ao Tintim e ao Milou’.”

A carta voltou a despertar a paixão antiga. “Todos os ingleses pensavam que tudo o que era francês vinha de França, a Bélgica não existia. Comprei um álbum, fui ao escritório da Casterman em Paris e disse: ‘Gostava de saber o que se passa com o Tintim.’ Disseram-me para ir à Bélgica, porque era lá o escritório principal. Marcaram-me uma reunião e foi assim que tudo aconteceu.” No início do ano seguinte estava a abrir uma loja em Covent Garden, Londres, Inglaterra, com produtos de Tintim. Atualmente, ainda é possível passar por lá e comprar os artigos oficiais.

“Explicar que por detrás de Tintim está um artista”

A sala “A arte do reclame” mostra outras facetas. Nos anos 30 nasceu L’Atelier Hergé-Publicité. Fazia campanhas publicitárias para a companhia de aviação belga, a Sabena, e para uma loja que ainda hoje existe (e é agora uma cadeia), a Inno.

Já “A Lição do Oriente” mostra as capas de Le Petit Vingtième. Foram 400, entre 1931 e 1940. Há ainda páginas do álbum O Lótus Azul, que assinala um ponto de viragem na obra. “Foi quando Hergé conheceu o ilustrador Tchang Tchongjen. Um ocidental, o outro oriental. Abriu-lhe horizontes, despertou-o para outras cores”, identifica Maria Helena Borges.

Nesta fase, o autor desenvolveu personagens mais elaboradas e representou pessoas da vida real. “Dupont e Dupond eram inspirados no pai de Hergé e no irmão dele. Eram gémeos e, mesmo em adultos, copiavam-se. Se um ia comprar um chapéu, o outro também ia. Andavam da mesma forma”, conta.

Nick Rodwell garante que o seu trabalho é proteger e promover a obra de Hergé. E defende-a. “É uma enciclopédia do século XX, que explica como era a vida, como é que as pessoas falavam, como é que tratavam os outros naquela altura. É como um documento histórico. Não podemos destruir História.”

Em O Lótus Azul os carateres chineses não são apenas ilustrações. Significam efetivamente expressões e podem ser traduzidos. É por essa riqueza nos pormenores que Nick Rodwell não entende que continuem a acontecer situações como a registada no Canadá já este mês. Em várias escolas, queimaram-se livros de Tintim por, de acordo com os manifestantes, desrespeitarem o povo indígena.

“A editora dos livros é a Casterman, eles é que podem comentar”, começa por dizer, continuando logo a seguir: “Mas como não estão cá, digo só isto em nome deles. Os livros, todos os livros, no que me diz respeito, são sagrados. Não podem ser queimados.”

Nick Rodwell garante que o seu trabalho é proteger e promover a obra de Hergé. E defende-a. “É uma enciclopédia do século XX, que explica como era a vida, como é que as pessoas falavam, como é que tratavam os outros naquela altura. É como um documento histórico. Não podemos destruir a História.” Atualmente também se preocupa com o futuro. “A grande questão é o que irá acontecer depois de eu morrer [tem 69 anos] e depois de a minha mulher [com 87] morrer. Não há filhos para assumirem, que é geralmente o que acontece. Não há uma família grande. Então, o que é que se faz?”

O que é se faz, pergunta o Observador. “Temos de criar a estrutura certa. Há várias possibilidades. Como o Roald Dahl [autor de Charlie e a Fábrica de Chocolate], a família acabou de vender os direitos à Netflix para fazerem filmes, séries, documentários. A família claramente não queria continuar a gerir isso. É uma opção. A outra opção é ter a equipa certa para que, se eu morrer amanhã, tudo continue.”

Hergé, Georges Remi (o seu nome verdadeiro) ou Raposa Curiosa, o nome que lhe deram nos escuteiros, vão viver na Fundação Calouste Gulbenkian até 10 de janeiro

A missão do Museu Hergé, espelhada na exposição que corre o mundo, “é explicar que por detrás de Tintim está um artista. E um artista que fez muitas outras coisas”. Por isso, além das salas onde será possível circular livremente (com limite de 60 pessoas de cada vez, medidas da era Covid-19), estão programadas várias conferências e uma performance de Catarina Molder. O calendário pode ser consultado no site oficial da Fundação Calouste Gulbenkian.

Tudo acaba ao contrário com “O nascimento do mito”. Na última sala passa em loop a imagem animada do primeiro desenho de Tintim. É uma tira, com o herói e o seu fiel cão, Milou, num carro descapotável. Com o movimento, o cabelo da personagem é atirado para trás e assim se cria outro elemento mítico: a poupa.

Hergé, Georges Remi (o seu nome verdadeiro) ou Raposa Curiosa, o nome que lhe deram nos escuteiros, vão viver na Fundação Calouste Gulbenkian até 10 de janeiro. “O que desejo é que as pessoas cheguem, não olhem para os telefones e se esqueçam de todos os seus problemas — porque toda a gente tem problemas. Que estejam abertas a apreciar o que estamos a apresentar e que, na hora de ir embora, tenham um sorriso na cara.”

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