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Depois da saída dos Estados Unidos do Afeganistão, a 31 de agosto, caberá às forças afegãs travarem o avanço dos talibã
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Depois da saída dos Estados Unidos do Afeganistão, a 31 de agosto, caberá às forças afegãs travarem o avanço dos talibã

Anadolu Agency via Getty Images

Depois da saída dos Estados Unidos do Afeganistão, a 31 de agosto, caberá às forças afegãs travarem o avanço dos talibã

Anadolu Agency via Getty Images

Vinte anos depois da invasão norte-americana do Afeganistão, o regresso dos talibã ao poder é inevitável?

Saída “abrupta” dos EUA deu força aos islamistas, embora tomada de Cabul pela força seja difícil. Talibã não mudaram, mas agora querem reconhecimento internacional, com a China à espreita.

Quando se referem ao Afeganistão, muitos analistas e historiadores não hesitam em usar a expressão “cemitério de impérios” para designar um país que, apesar de teoricamente mais fraco do que grandes potências, conseguiu resistir à passagem de Alexandre, o Grande, às invasões persas e mongóis, às tropas britânicas e, já no século XX, à ocupação soviética. Após o 11 de Setembro, e cientes da história, também os Estados Unidos decidiram invadir o Afeganistão para pôr fim ao regime dos talibã, dando início àquela que ainda é a “mais longa guerra da América”. Vinte anos depois, e com milhões de dólares e milhares de mortos pelo caminho, a presença norte-americana no Afeganistão chegará ao fim em setembro e, para trás, fica um país mergulhado numa espiral de violência e na incerteza, em risco de sucumbir novamente ao poder dos islamistas.

A retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão é um desejo antigo de ex-Presidentes, desde Barack Obama a Donald Trump, sempre adiada devido aos avanços dos talibã que, apesar de uma pesada derrota e rápida derrota militar em 2001 reagruparam-se anos depois e, hoje, continuam a manter a influência no país.  E, se a retirada norte-americana era vista como inevitável, coube a Joe Biden o marco de anunciar  a retirada total dos soldados norte-americanos, uma operação que estará concluída até 31 de agosto, dias antes de se assinalarem os 20 anos do ataque terrorista às Torres Gémeas, orquestrado pelo então líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, que durante vários anos encontrou refúgio junto dos talibã.

Impulsionados e moralizados pelo anúncio da saída norte-americana, os talibã conquistaram mais território no Afeganistão nos últimos dois meses do que em qualquer outro período desde que caíram do poder em 2001. Numa altura em que os confrontos entre insurgentes e forças afegãs sobem de intensidade, a grande questão é saber se será uma questão de tempo até que os talibã assumam o poder.

“Se os talibã assumirem o poder pela força e através de vitórias, não terão misericórdia de ninguém, mas se forem levados ao poder através de negociações de paz, existe a possibilidade de que não sejam tão violentos”
Mohammad Shafiq Hamdam, analista e antigo vice-conselheiro do Presidente afegão Ashraf Ghani

“Os talibã não são suficientemente fortes para conquistar Cabul ou outra grande cidade pela força, mas temo que os decisores políticos acabem por se render”, afirma ao Observador o analista afegão Mohammad Shafiq Hamdam, especializado em questões de segurança. Essa cedência pode dar-se no seguimento da escalada de violência no Afeganistão, num contexto em que os islamistas intensificam os ataques contra as grandes cidades, inclusive a capital, o que os deixará numa posição de força para fazer exigências ao poder central em Cabul, com vista a integrarem um futuro governo.

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“Se os talibã assumirem o poder pela força e através de vitórias, não terão misericórdia de ninguém, mas se forem levados ao poder através de negociações de paz, existe a possibilidade de que não sejam tão violentos”, antevê Hamdam, que foi vice-conselheiro sénior do Presidente afegão, Ashraf Ghani.

União Europeia apela a cessar-fogo e condena violência talibã

Com os Estados Unidos de saída e as negociações de paz congeladas, a violência tem vindo a escalar no Afeganistão, sucedendo-se os atentados terroristas e também os avanços dos insurgentes no terreno. Neste momento, os taliban têm uma forte presença no país e, segundo a BBC, as zonas que controlam — isto é, os distritos em que têm os centros administrativos, sedes da polícia ou instituições governamentais subjugadas ao seu poder — situam-se sobretudo nas áreas menos povoadas, ruais e montanhosas, enquanto as forças governamentais afegãs controlam as principais cidades e as zonas onde vive a maior parte da população.

Na sexta-feira, no entanto, o grupo, além de assassinar um diretor de comunicação do governo afegão, conquistou a sua primeira capital provincial: Zaranj, na província de Nimroz. Esta foi a primeira grande cidade a cair no domínio do grupo islamista desde que os Estados Unidos lançaram o acordo de paz com os talibã em fevereiro de 2020.

Acresce que os talibã têm vindo, progressivamente, a controlar partes significativas das fronteiras afegãs, o que tem impacto económico nas trocas comerciais entre o governo afegão e os países vizinhos.

O tabuleiro militar no terreno, no entanto, é de grande imprevisibilidade, e nos últimos dias os talibã têm intensificado os ataques contra Kunduz, Herat, Kandahar ou Lashkar Gah, sem esquecer os atentados em Cabul — inclusive um ataque com um carro-bomba seguido de tiroteio junto à residência do ministro da Defesa — ameaçando conquistar, nos próximos dias, mais cidades importantes.

A saída “abrupta” dos Estados Unidos, as bombas que continuam a cair e as contradições de Biden

Na primeira metade de 2021, a insurgência talibã, de acordo com os números das Nações Unidas, causou a morte de pelo menos 1.600 civis, um aumento de 47% comparativamente a igual período do ano passado, e mais de 300 mil deslocados. Nos próximos meses, e sobretudo depois de consumada a retirada das tropas norte-americanas, e também da NATO, é expectável que a situação se agrave, à medida que a disputa pelo poder for subindo de intensidade.

“Se os talibã assumirem o poder pela força e através de vitórias, não terão misericórdia de ninguém, mas se forem levados ao poder através de negociações de paz, existe a possibilidade de que não sejam tão violentos”
Mohammad Shafiq Hamdam, analista e antigo vice-conselheiro do Presidente afegão Ashraf Ghani

Ao anunciar, em julho, a saída dos seus soldados até 31 de agosto, Joe Biden sublinhou que era “responsabilidade” dos afegãos garantirem a sua própria segurança, manifestando confiança de que o exército afegão tem capacidade para resistir aos avanços dos talibã. “É hora de encerrar a guerra mais longa da América”, anunciou Biden, uma decisão considerada “um erro” pelo ex-Presidente George W. Bush (que deu início à invasão norte-americana em 2001) e que tem sido alvo de críticas, inclusive por parte do chefe de Estado afegão, Ashraf Ghani, que responsabilizou os Estados Unidos pelo avanço dos talibã.

EUA concluem retirada de tropas do Afeganistão até 31 de agosto

“A retirada deveria ter sido condicionada à situação de segurança, aos resultados das conversações de paz e a um plano de transição. Foi uma retirada abrupta e mal planeada. Como resultado, foi criada uma lacuna considerável, aproveitada pelos insurgentes e terroristas”, lamenta Mohammad Shafiq Hamdam, sublinhando que essa retirada começou a ser preparada por Donald Trump e foi concretizada por Joe Biden. “Como o Presidente Trump tomou a decisão, o Presidente Biden não se sente responsável por esse erro estratégico e acha que será Trump e não ele a ser julgado pela história”, atira o analista.

epa07832233 A handout photo made available by the US Army shows an advisor from the 2nd Security Force Assistance Brigade flying during their deployment to Afghanistan, 12 April 2019 (issued 10 September 2019). Media reports quoting US officials state that the US military is likely to ramp up its operations in Afghanistan following Washington's suspension of peace talks with the Taliban on 09 September 2019, after the insurgent group kept carrying out high profile attacks in the country, including one that recently killed a US soldier. The Taliban on 10 September 2019, pledged to continue fighting against US forces in Afghanistan after President Trump declared peace talks with the group as 'dead', media added.  EPA/SGT. JORDAN TRENT/US ARMY HANDOUT  HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES

Desde 2001, morreram mais de 2,300 soldados norte-americanos no Afeganistão e mais de 20 mil ficaram feridos

SGT. JORDAN TRENT/US ARMY HANDOUT/EPA

Quando falta menos de um mês para a retirada, as bombas norte-americanas continuam a cair em zonas controladas pelos talibã, ações militares que, além de terem como objetivo causar danos significativos aos islamistas, nomeadamente ao nível de artilharia, pretende dar tempo ao governo afegão e aumentar o moral das tropas. Uma incógnita, escreve o The New York Times, é saber o que vai acontecer após o dia 31 de agosto: irão os Estados Unidos continuar a bombardear o Afeganistão, de forma a impedir o avanço talibã, ou os ataques vão acabar, com as tropas afegãs entregues a si próprias?

Afeganistão. EUA prometem continuar ataques aéreos se talibãs prosseguirem com ofensiva

O objetivo de Biden, segundo o próprio, é manter as operações de contra-terrorismo na região, inclusive dentro do próprio Afeganistão, impedindo que sejam organizados atos contra os Estados Unidos ou outros aliados ocidentais a partir daquele país. “O objetivo deste plano é impedir que Al Qaeda e o ISIS, e não os talibã, estabeleçam locais de refúgio dentro do Afeganistão”, explica ao Observador a analista norte-americana Kirsten Fontenrose, do think tank Atlantic Council.

"Os talibã já começaram a restringir os direitos das mulheres nas áreas em que entraram. A Administração Biden terá dificuldades em defender os direitos humanos com credibilidade se, como é expectável, os talibã aproveitarem a retirada norte-americana para oprimir ainda mais as mulheres, as minorias e explorar as crianças”
Kirsten Fontenrose, analista do Atlantic Council

Para a analista especializada em política externa norte-americana, perante uma eventual chegada dos talibã ao poder, esta estratégia poderá levar a que Joe Biden entre em contradição com a promessa de proteger os direitos humanos a uma escala global feita pela sua Administração: “Por um lado, [a Administração Biden] está a dar prioridade ao fim do envolvimento dos Estados Unidos no conflito prolongado no Afeganistão, e, por outro lado, está também a dar prioridade aos direitos humanos”.

Onda de violência no Afeganistão alastra-se para quase todo o país

“Os talibã já começaram a restringir os direitos das mulheres nas áreas em que entraram. A Administração Biden terá dificuldades em defender os direitos humanos com credibilidade se, como é expectável, os talibã aproveitarem a retirada norte-americana para oprimir ainda mais as mulheres, as minorias e explorar as crianças”, reitera Kirsten Fontenrose.

A perspetiva de um governo dominado pelos talibã ameaça as proteções constitucionais e internacionais dos direitos fundamentais das mulheres afegãs, diz a Human Rights Watch

Talibã não mudaram, só que agora querem a legitimidade internacional que não tiveram no passado

O futuro dos direitos das mulheres no Afeganistão é precisamente uma das grandes preocupações da Human Rights Watch que, num relatório publicado na quinta-feira, aponta o dedo às autoridades afegãs por não estarem a fazer o suficiente para proteger mulheres e crianças. A organização não governamental alerta ainda que “a perspetiva de um governo dominado pelos talibã ameaça as proteções constitucionais e internacionais dos direitos fundamentais das mulheres afegãs”.

“O Emirado Islâmico pediu a outros que se sentassem para conversar e estabelecer a paz, mas as negociações sobre o futuro regime visam estabelecer um regime islâmico puro"
Mohammad Zahid Himmat, comandante talibã

Nas zonas do Afeganistão controladas pelos islamistas, de resto, os relatos dão conta de que os comportamentos do passado, quando os talibã estiveram no poder, se estão a repetir: mulheres impedidas de estudar ou de sair à rua a não ser que usem burca ou estejam acompanhadas por um homem, e cumprir a sharia (lei islâmica) tornou-se obrigatório. Há relatos também de execuções em público.

Controlo total dos talibã no Afeganistão? “É uma hipótese”

Quanto às ambições dos islamistas, também restam poucas dúvidas, conforme comprovam as recentes declarações de Mohammad Zahid Himmat, um comandante talibã na província de Wardak, citadas pelo Financial Times: “O Emirado Islâmico pediu a outros que se sentassem para conversar e estabelecer a paz, mas as negociações sobre o futuro regime visam estabelecer um regime islâmico puro.” Declarações que parecem revelar que, entre os talibã de 2021 e os que saíram do poder em 2001, pouco ou nada mudou.

“Não vejo quaisquer mudanças. Eles [talibã] continuam a reivindicar o Emirado Islâmico e tentam fazê-lo renascer assim que possível. Portanto, se o seu sistema de governo e as suas leis não mudaram, não há como confirmar qualquer mudança”, alerta Mohammad Shafiq Hamdam.

epa09082251 Taliban co-founder Mullah Abdul Ghani Baradar (C) arrives with other members of the Taliban delegation for attending an international peace conference in Moscow, Russia, 18 March 2021. Russia is hosting a peace conference for Afghanistan, bringing together government representatives and their Taliban adversaries along with regional observers in a bid to help jump-start the country's stalled peace process. The one-day gathering Thursday is the first of three planned international conferences ahead of a May 1 deadline for the final withdrawal of U.S. and NATO troops from the country, a date fixed under a year-old agreement between the Trump administration and the Taliban.  EPA/ALEXANDER ZEMLIANICHENKO / POOL

Delegação talibã em visita à Rússia, em março deste ano

ALEXANDER ZEMLIANICHENKO / POOL/EPA

A referência ao Emirado Islâmico do Afeganistão diz respeito à designação dada ao país, entre 1996 e 2001, sob domínio talibã. Nessa altura, no entanto, o Afeganistão era considerada um pária a nível internacional, e apenas o Paquistão, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos reconheciam a legitimidade do governo islamista.

Wang Yi, ministro dos Negócios Estrangeiros da China, disse recentemente esperar que os talibã “desempenhem um papel importante no processo de reconciliação e reconstrução pacífica no Afeganistão”

Vinte anos depois de saírem do poder, os talibã parecem querer tirar ilações e não cometer os erros do passado. O reconhecimento internacional é, hoje, algo importante para o grupo liderado por Hibatullah Akhundzada, como comprovam as visitas de delegações dos seus membros à Rússia, à China, e ao Irão, a que acrescem outros encontros internacionais de alto nível no passado no âmbito das negociações de paz com o governo afegão patrocinadas pela Administração Trump e que resultaram no acordo histórico para a retirada das tropas. Um dos exemplos dessa diplomacia ao mais alto nível deu-se em setembro do ano passado, no encontro em Doha, no Qatar, entre o então secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo e o Mullah Abdul Ghani Baradar, o número dois dos talibã.

China quer aumentar influência e garantir segurança, mas também teme envolver-se no “cemitério de impérios”

O palco internacional dado às altas figuras dos talibã repetiu-se a semana passada, precisamente com o Mullah Abdul Ghani Baradar, que, desta vez, se deslocou até à China, onde se encontrou com o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi.

O facto de a China, principal rival dos Estados Unidos, ter recebido uma delegação talibã a cerca de um mês de as tropas norte-americanas abandonarem o Afeganistão gerou grande atenção mediática, e o encontro entre Wang Yi e Baradar foi visto como o reconhecimento por parte de Pequim de que o grupo islamista terá um papel decisivo no futuro afegão, talvez até enquanto integrante de um governo. Wang Yi disse esperar que os talibã “desempenhem um papel importante no processo de reconciliação e reconstrução pacífica no Afeganistão”.

Afeganistão: negociador chefe dos talibãs reúne com MNE chinês

Com a saída dos Estados Unidos, a China espera aumentar a sua influência no Afeganistão, e a estabilidade em Cabul é fundamental para Pequim de forma a que sua Nova Rota da Seda possa passar por aquele país. Mas, apesar dos investimentos que a China tem previstos para o Afeganistão, o analista Andrew Small, especializado em política externa chinesa, considera que os interesses económicos de Pequim no Afeganistão não são muito significativos e que principal exigência chinesa é que os talibã não deem cobertura a militantes jihadistas, nomeadamente uigures, que possam atacar a China, como já aconteceu com vários atentados na região de Xinjiang — a mesma região onde mais de um milhão de uigures foram colocados em campos de reeducação, o que tem levado a uma série de acusações de violações de direitos humanos por parte de organizações de defesa dos direitos humanos, Nações Unidas e do Ocidente.

"Pequim está extremamente preocupada em ser arrastada de uma forma mais profunda para o Afeganistão, uma vez que vê o país através das lentes do ‘cemitério de impérios’, daí que, embora esteja diplomaticamente ativa para resolver as suas preocupações de segurança, continuará muito cautelosa quanto à possibilidade de ser arrastada para um papel de maior dimensão"
Andrew Small, analista do think tank German Marshall Fund

“É muito claro para a China que, assim como o sucesso do ISIS na Síria teve um apelo e ressonância mais amplos para a militância islâmica, o mesmo aconteceria com uma vitória talibã, daí a China querer vê-los limitados pela necessidade de chegarem a um acordo com outras forças no Afeganistão, o que Pequim acredita ser a única forma de alcançar a estabilidade”, afirma Small, analista do think tank German Marshall Fund, ao Observador.

Além disso, acrescenta Andrew Small, tal como para o Ocidente, também para a China a estabilidade é fundamental no Afeganistão, daí que este seja um “caso raro de uma questão de segurança tradicional onde é possível trabalhar em conjunto”, embora os interesses de Pequim e de Washington na região sejam muito diferentes. Não obstante, o especialista não acredita que a China queira envolver-se muito ativamente no Afeganistão.

Afeganistão: a América sai e a China entra

“Na verdade, Pequim está extremamente preocupada em ser arrastada de uma forma mais profunda para o Afeganistão, uma vez que vê o país através das lentes do ‘cemitério de impérios’, daí que, embora esteja diplomaticamente ativa para resolver as suas preocupações de segurança, continuará muito cautelosa quanto à possibilidade de ser arrastada para um papel de maior dimensão”, conclui Small.

Os talibã, no entanto, vão tentando marcar pontos a nível internacional com estes encontros diplomáticos de grande nível, tentando passar uma imagem de maior credibilidade, ao mesmo tempo que, no Afeganistão, vão continuando a ofensiva contra as forças afegãs. A retirada total dos Estados Unidos ditará o futuro do Afeganistão, mas a ameaça de os islamistas voltarem a impor seu Emirado Islâmico, seja pela força ou pela via das negociações, é real.

 
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