“Wali” é canadiano e conhecido como o sniper mais mortífero do mundo. Depois de já ter combatido no Afeganistão e contra o Daesh, voluntariou-se para ir para a Ucrânia apoiar as tropas de Volodymyr Zelensky contra o exército russo. Pouco tempo depois, começaram a surgir publicações nas redes sociais em que foi comunicada a sua morte, “20 minutos depois de entrar em ação”.

Apesar da extensa partilha sobre a morte do atirador e de ter até havido notícias por parte de agências chinesas, trata-se de uma informação falsa, tendo sido o próprio a confirmar tanto nas redes sociais, como em entrevistas que deu após a alegada morte.

No Facebook, “Wali” não deixa dúvidas: “Estou vivo. Como prova, aqui estou eu na posição de um super atirador tático guerreiro de comando das forças especiais numa piscina de bolas. Os boatos de que eu morri em combate são completamente ridículos.”

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O esclarecimento vinha acompanhado de uma imagem em que é possível, de facto, ver o atirador numa piscina de bolas. No post, explica que esteve na frente de combate e que houve colegas de combate mortos e feridos, mas as tropas ucranianas terão “tomado o terreno do inimigo”.

Além da publicação em causa nas redes sociais, “Wali” deu ainda duas entrevistas a jornais canadianos, o La Press e o Toronto Star, em que assegurou que estava vivo e que todas as notícias da sua morte não se confirmavam. Ao primeiro jornal, o atirador contou que saiu “ileso” da primeira missão na região de Kiev, mas contou que o que viveu foi “surreal”: “”Vi uma bola de fogo passar por mim a três metros da minha cabeça.”

Já na entrevista ao Toronto Star, “Wali” surgiu divertido, descontraído e a dar a garantia de que foi o “último a saber” da própria morte.

Conclusão

É falso que “Wali”, o homem que é apelidado como o sniper mais mortífero do mundo, tenha sido morto pelas tropas russas na Ucrânia, em Mariupol, quando se encontrava na frente de combate. O próprio veio confirmar que está vivo, até brincou com a situação ao dizer que “foi o último a saber” da sua morte, e garantiu tanto nas redes sociais como em entrevistas que terminou a missão na região de Kiev vivo, aparecendo em imagens e vídeos.

Assim, segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO 

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de factchecking com o Facebook.

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