O forte sismo em Marrocos no início do mês provocou milhares de mortos, feridos e significativos danos materiais. As imagens do momento do abalo e da destruição que se seguiu, sobretudo em Marraquexe, correu mundo e vários vídeos circularam nas redes sociais, misturados com informação falsa.

Nesta publicação que surgiu no Facebook, o utilizador partilha um vídeo com um prédio de três andares a desmoronar-se, referindo tratar-se do “momento em que um edifício desaba devido ao poderoso terramoto que abalou Marrocos”.

Mas este desmoronamento, embora registado em Marrocos, não foi consequência do terramoto do início deste mês. As imagens dizem respeito a um edifício na cidade de Casablanca que desabou em dezembro de 2022. De acordo com o que foi divulgado na altura pelo Morocco World News, a queda do prédio ocorreu no bairro Hay Mohammadi, na zona leste da cidade. Na altura não foram registados feridos pelas autoridades.

A zona de Marraquexe foi afetada por um sismo de 6.9 na escala de Richter na noite de 8 de setembro. Até ao momento, e quando ainda estão em curso trabalhos de remoção dos escombros de edifícios na cidade e nas localidades ao redor, contam-se cerca de 3 mil mortos e mais de 5 mil pessoas feridas. O número de desaparecidos continua sem ser conhecido.

Conclusão

A imagem de um prédio a desabar em Marrocos não tem qualquer relação com o sismo do início de setembro no país. Trata-se de imagens já divulgadas em dezembro do ano passado pela comunicação social marroquina do desabamento de um edifício na cidade de Casablanca, também em Marrocos. A destruição do sismo sentido com intensidade em Marraquexe na semana passada foi imensa, mas este momento específico não tem qualquer relação com esta catástrofe.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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