Enquanto dormia… |
… Luís Montenegro confirmava as suspeitas: não houve acordo com Pedro Nuno Santos na ponta que faltava fechar do Orçamento do Estado — a redução transversal do IRC. Uma vez que já não existem grandes expectativas de que o líder socialista venha a aprovar o documento, o núcleo duro do Governo dá todos os sinais de que está pronto a ir a votos. |
Enquanto isso, o PS está a ferro e fogo. Enquanto Luís Montenegro explicava as suas motivações em entrevista a Maria João Avillez, na SIC, Pedro Nuno Santos enfrentava uma reunião de deputados muito acesa — Sérgio Sousa Pinto chegou a dizer que estava “farto das convicções” do secretário-geral do PS. Por agora, o líder socialista tem um partido muito dividido sobre o voto contra e a favor, embora quanto mais próximos sejam do líder maior seja a inclinação para o voto contra — a bancada parlamentar esteve até depois das três da manhã reunida (mais de cinco horas) e sem chegar a qualquer conclusão. |
Perante este cenário, André Ventura volta a ser hipótese. Mas está tão ou mais embrulhado do que Pedro Nuno Santos. O Chega mantém a esperança de que o Orçamento do Estado seja viabilizado pelo PS, mas está mais próximo de aprovar o documento do que estava há algumas semanas — mesmo que dentro da direção haja opiniões diferentes sobre o que deve ser feito e a forma como seria possível dizer ‘sim’ a Luís Montenegro. Pelo menos foram estas as pistas deixadas na reunião da bancada do Chega, horas antes de o primeiro-ministro, na mesma entrevista à SIC, chamar “catavento” a Ventura e dizer que não negociará nada com o Chega. |
Resumindo, o estado da arte é este: Luís Montenegro fechou o Orçamento e diz-se pronto para qualquer desfecho; Pedro Nuno Santos não fechou uma decisão, mas tem a equipa mais próxima a defender o chumbo; André Ventura está numa lose-lose situation: teria de aprovar um orçamento a que chamou de socialista e continuaria sem um lugar à mesa de negociações com o Governo. |
Mas há vida para lá do Orçamento. O furacão Kirk já está se está a fazer sentir em Portugal, existem vários distritos sob aviso laranja por causa da chuva, do vento forte e agitação marítima e a Proteção Civil registou mais de 500 ocorrências. |
Destaque ainda para Fábio Loureiro, um dos cinco reclusos que fugiu de Vale de Judeus. O português vai aguardar em prisão preventiva a conclusão do processo extradição na Justiça do Reino de Marrocos e será transferido nos próximos dias para uma prisão em Rabat. |
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