Viajar é uma das actividades mais enriquecedoras para o ser humano e é, claramente, por essa razão que em tantas culturas e em tantas famílias é perfeitamente normal, após término dos estudos, passar uma temporada a viajar por distintos países do mundo. O mais enriquecedor desta actividade que, por norma, tem a duração de um ano civil, ano esse que, com frequência, é denominado por “gap year”, é o intercâmbio laboral que os jovens viajantes menos privilegiados economicamente realizam em troca para seguir com a sua viagem. Entenda-se por intercâmbio a obtenção de dinheiro em troca de trabalhos temporários, nos quais os viajantes oferecem o seu tempo, esforço, dedicação e conhecimentos.
Noutros casos, devido ao novo fluxo de vida dos millennials e das gerações que os sucedem, ultrapassar os portões do mundo ocidental é uma prioridade de vida perante a real impossibilidade de adquirir casa própria, como fizeram os seus pais com as suas idades, tendo estes últimos eternamente adiado os sonhos de exploração do mundo mais recôndito.
Com tudo isto não deixa de ser surpreendente, violando todas as premissas do viajante aventureiro, o crescimento do fenómeno dos designados “begpackers”. Os begpackers são essencialmente jovens ocidentais que viajam com poucos recursos económicos para países pobres e que pedem esmola nesses países para poderem seguir viagem.
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