O CDS-PP foi o partido que, enquanto esteve no parlamento, manteve sempre uma posição clara e inalterável contra a legalização do aborto em 2007 e da eutanásia, que tem sido discutida com maior preponderância nos últimos dois anos.

O partido sempre reconheceu o direito à vida a todos os seres humanos, independentemente do estágio de desenvolvimento ou do estado de saúde em que se encontram. Continuará seguramente esta difícil luta fora do parlamento com vista a construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva onde os mais fracos e vulneráveis tenham lugar.

Nós, os defensores da causa pró-vida, tivemos a infelicidade de ficarmos sem representação parlamentar numa altura em que mais do que nunca precisamos desta voz. A lei que permitiria a legalização da eutanásia, entre a aprovação do parlamento, o chumbo do tribunal constitucional e os vetos do presidente Marcelo Rebelo Sousa, acabou por não passar, mas voltará certamente ao parlamento mais tarde ou mais cedo e a proposta do alargamento do prazo legal para a realização do aborto também já está em cima da mesa. À parte o CDS-PP, o único partido que votou contra a legalização da eutanásia foi o Chega, representado por André Ventura na passada legislatura. Agora são mais 10 deputados. Votarão todos contra, se a lei voltar ao parlamento? O partido terá uma única posição em relação a este tema? Não sabemos e o programa político do Chega também não esclarece.

Pelo contrário o programa do CDS-PP  dispunha de um compromisso dedicado à defesa da vida e da dignidade humana onde logo no primeiro ponto podia ler-se: “Impedir a legalização da Eutanásia” e abaixo outras medidas como dotar o país de uma rede de cuidados paliativos com cobertura nacional, o vale farmácia (medicamentos gratuitos para os idosos e famílias cadenciadas) ou o vale cuidador (comparticipação às famílias que optam por cuidar dos idosos em casa). Mas de qualquer maneira, não é plausível que a única alternativa que os portugueses pró-vida tenham seja o Chega! Mas qual é afinal a alternativa?

Embora não possamos alterar as circunstâncias, podemos e devemos impor-nos sobre as mesmas. Somos nós, cidadãos comuns, que lutaremos pela causa que tanto defendemos. Em manifestações, campanhas, movimentos cívicos, petições, no contacto com os outros, etc. Eu sou militante da juventude popular por acreditar que o CDS é o partido que melhor responde às minhas expectativas e sou membro da Pro-Life Europe que não tarda deverá começar a desenvolver atividades no sentido de defender ativamente a vida humana. Ideias não faltam. Agora é pôr mãos à obra.

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