A guerra movida pela Rússia contra a Ucrânia, desde 24.2.2022, e sem fim em vista, tem sido encarada desde o princípio, como uma luta de Golias contra David. Basta comparar o PIB entre ambos, que dá uma aproximação do poder económico: 1 778 contra 200 mil milhões de USD em 2021,[1] quase nove vezes superior, e hoje 12,7 superior, e uma relação de poderio militar ainda maior. Apesar dos reveses e erros táticos militares russos e da bravura demonstrada pelos ucranianos, continua a existir uma disparidade enorme, e segundo um documento do Ministério da Defesa da Estónia, o poder militar russo continua largamente intacto e a constituir a maior ameaça à NATO.[2]

Não vamos abordar aqui os aspetos militares, mas simplesmente os económicos. Primeiro, confirma-se que embora a Rússia tenha tido custos económicos com a guerra, estão aquém do que os organismos internacionais esperavam no início da guerra, e a Rússia tem capacidade para os aguentar por vários anos. Segundo, as sanções económicas e financeiras impostas pelo Ocidente tiveram um efeito muito limitado ao nível das exportações russas, que aumentaram significativamente em valor, permitindo financiar largamente o esforço da guerra. Em grande parte, esta situação deveu-se ao apoio implícito que a OPEP+[3] deu à manutenção dos preços elevados do petróleo e gás natural, e da substituição nas compras das exportações russas do Ocidente pela China e India. Hoje existe uma plataforma de fornecimento de bens à Rússia que assenta na China e Turquia. Porém, estes países não conseguiram substituir totalmente as exportações do Ocidente para a Rússia, e as sanções de exportações de tecnologia à Rússia constituirão o fator estratégico mais importante no médio e longo prazo. Terceiro, o Ocidente tem apoiado de forma extraordinária a Ucrânia, e levanta-se a questão de por quanto tempo está disposto a manter este esforço, pois os custos económicos do Ocidente foram largamente superiores aos da Rússia.

A razão mais profunda de toda esta situação é que só uma atuação a nível global seria efetiva. E aqui a China é a pedra angular. Finalmente, por quanto tempo, o povo ucraniano suportará o enorme sofrimento a que está sujeito?

É uma tarefa difícil avaliar os custos económicos da guerra, não só para os países militarmente diretamente envolvidos, como para os restantes que têm um maior ou menor grau de envolvimento. O impacto no PIB é uma medida agregadora, mas claramente insuficiente. Primeiro, porque não contabiliza as perdas humanas e o sofrimento nas deslocação forçada das populações, a destruição de capital físico em infraestruturas sociais e habitacionais. Segundo, porque não são apenas os custos diretos, mas também os indiretos, como a redução do bem-estar devido à subida do custo de vida/inflação. Uns custos são de curto prazo e outros propagam-se no longo prazo. Terceiro, a primeira vítima da guerra é a verdade, o que torna difícil a análise estatística para a Rússia.

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Neste ensaio começamos pela análise do impacto a nível da UE, EUA e mundial, com uma breve referência a Portugal. O segundo ponto analisa o custo para a Rússia, e o terceiro o custo para a Ucrânia. Finalmente, abordamos a questão do que estes custos económicos poderão implicar para o futuro da guerra.

Como veremos, os custos económicos totais para o Ocidente são substancialmente superiores aos da Rússia, como Putin já tinha advertido. O governo russo tem propagandeado que os custos económicos são bastante inferiores ao que as organizações internacionais e a NATO previam no início, o que parece ser confirmado pela evolução do PIB e de outros agregados económicos. Mas é preciso fazer duas qualificações: as estatísticas oficiais subestimam os custos, como demonstraremos. A segunda, é que as sanções impostas pelo Ocidente tiveram um impacto muito inferior ao previsível, pelo menos no curto prazo. É que o apoio da China, India, Turquia e Países Árabes atenuou substancialmente os seus efeitos, devido à substituição de origens e destinos do comércio internacional da Rússia a favor destes países. Finalmente, a tragédia da Ucrânia é inquestionável.

Impacto no PIB da UE, EUA e Mundial

Uma das formas simples de avaliar o impacto da guerra na UE, ou Portugal, é estudar o impacto do choque sobre o PIB e inflação, tomando as modelos e previsões da Comissão Europeia. Para tal, comparamos as previsões realizadas num cenário em que não se previa a guerra, como no Outono de 2021, com as estimativas e previsões do inverno de 2022-23. Evidentemente que esta é apenas uma estimativa, pois já inclui as respostas dos diversos governos em termos de política económica, e ainda a continuação de alguns efeitos da pandemia ou outros. O mesmo tipo de ensaio se fez com as previsões do FMI para os EUA e Mundial.

Os Quadros 1-3 dão-nos a estimativa do impacto da guerra, no curto prazo, em diversas regiões. A nível mundial, a guerra causou um corte de 2,6 pontos percentuais no PIB, e um aumento no custo de vida de 11,6 pontos percentuais. Porventura este impacto também inclui os efeitos do Covid na China. As estimativas mostram um valor mais elevado nos EUA de redução do PIB que na UE (4,7 versus 3,4 pontos percentuais), mas a economia americana já estava a sentir em 2022 uma desaceleração acentuada devido à rutura das cadeias de produção a nível mundial, e um ciclo económico mais avançado. O impacto no custo de vida foi muito mais elevado na UE que nos EUA (12.7 contra 3.7 pontos percentuais).

Só na UE e nos EUA a guerra já terá custado em termos de redução do PIB um valor equivalente a 1,7 biliões de Euros (a preços de 2023).[4]

Quadro 1

Fonte: Comissão Europeia e cálculos do autor

Quadro 2

Fonte: FMI, WEO, e cálculos do autor

Quadro 3

Fonte: FMI, WEO, e cálculos do autor

Em Portugal, os efeitos da guerra fizeram-se sobretudo sentir pelo aumento do custo de vida (12 pontos percentuais), pois os efeitos do PIB foram claramente inferiores à UE, devido às relações comerciais menos intensivas com o Leste Europeu e ao efeito da expansão do turismo.

Quadro 4

Fonte: Comissão Europeia e cálculos do autor

Impacto económico da guerra na Rússia

No nosso ensaio “A Guerra da Rússia contra a Ucrânia: uma proposta”, publicado no Observador a 19.3.2022, referíamos: “Os custos da guerra atual para a Rússia são ainda difíceis de medir, mas irão certamente provocar uma queda significativa dos níveis de vida e do PIB. A inflação poderá subir dos 6% do ano passado para cerca de 10-15%, e o PIB cair entre 5 e 10%.” Passado um ano, o FMI reporta uma queda do PIB de 5,7% distribuído entre 2022 e 2023, no limite mínimo daquela projeção, e a inflação atingiu 15,4% em 2022, devendo atingir os 8% em 2023.

Existe uma certa descrença sobre os dados oficiais do nível de atividade económica publicados pelos organismos oficiais russos.[5] O CPER publicou recentemente um estudo em que procura fazer uma estimação independente[6] (Gráfico 1). Segundo estes indicadores alternativos, o consumo privado teve uma quebra acentuada logo no início da guerra devido às restrições às importações de bens de consumo duradouro impostas pelo Ocidente. Mas o nível de atividade alternativo (linha azul) não mostra recuperação ao longo do ano, ao contrário do que os organismos oficiais russos querem fazer crer, mesmo, apesar de se ter intensificado a produção industrial de armamentos ao longo do ano.

Gráfico 1

Fonte: ver texto

A inflação mostrou um forte pico entre março e maio de 2022, tendo depois entrado numa tendência descendente (Gráfico 2), terminando o ano com uma variação homóloga de 11,9%.

Gráfico 2: Rússia: taxa mensal de inflação

Fonte: Statista

Apesar de ser um país de grande dimensão, o comércio internacional tem um papel fundamental na economia russa, na perspetiva da sua capacidade da guerra. Conforme sublinhámos no Ensaio acima referido, as royalties e outros impostos sobre as exportações de petróleo, gás natural e carvão desempenham um papel fundamental no financiamento do Estado e do complexo militar (Figura 1), sendo a China, RU e Holanda dos maiores compradores.

Como evoluíram as exportações em 2022, relativamente a 2021? Terão funcionado as sanções?

De acordo com informações do Banco Central da Rússia, o total das exportações de bens em 2022 deverá atingir 634 mil milhões de USD, uma subida de 28% em relação ao ano anterior,[7] apesar das sanções e do esforço da guerra. Mas esta evolução é muito diferente se for medida em volume ou em valor. Segundo dados do FMI, aos preços do ano anterior, as exportações caíram 17,3%. Portanto, houve uma subida dos preços (melhor valor por tonelada) de cerca de 54,8%. Esta subida, como sabemos, está associada à subida do preço do petróleo e do gás natural e de outros minerais e produtos alimentares. O Quadro 5 mostra a composição das exportações e os principais países compradores.

O Gráfico 3 dá-nos as exportações para os principais parceiros, que são as importações destes países. A principal evidência é que o corte das importações por parte do Ocidente, como por exemplo, Reino Unido (1,9 MM (mil milhões) de USD desde dezembro de 2020) EUA (953 milhões (M)) Alemanha (519 M), Holanda (545 M) foi mais do que compensado pela subida das compras pela China (3,8 MM), Índia (4,4 MM) e Turquia (3 MM). Mesmo países como Espanha, Japão, Brazil e Coreia do Sul tiveram um incremento.

Não há, pois, dúvidas de que as sanções que tiveram como objetivo cortar as exportações da Rússia não tiveram efeitos significativos.

Figura 1

Gráfico 3

As importações da Rússia são bastante diversificadas e abrangem um grande espectro industrial, conforme a Figura 2 revela. Além disso, também existe maior diversificação nos países de origem destas importações.

O mesmo fenómeno de substituição se verificou do lado das importações russas. Como o Gráfico 4 mostra, o corte significativo da Alemanha, foi mais do que compensado pela China. Também a Turquia viu as suas exportações para a Rússia aumentar em 86% em 2022 relativamente ao ano anterior. O que se confirma é que não só estes países passaram a exportar para a Rússia muitos dos bens que antes eram adquiridos no Ocidente, como passaram a ser plataformas de entrada para a Rússia de bens produzidos no Ocidente.

Em termos agregados, as importações de bens pela Rússia subiram 4% em valor, segundo dados do Banco Central da Rússia, mas uma quebra de 19% em volume, segundo o FMI. Este é o indicador que mostra o efeito mais negativo das sanções, pois apesar das substituições referidas, não deixou de haver dificuldades sérias no abastecimento de equipamentos e bens manufacturados.

Comparando os valores globais das exportações e importações, verificou-se um aumento muito significativo do excedente da balança comercial.

Figura 2

Gráfico 4

Impacto económico da guerra sobre a Ucrânia

A situação na Ucrânia é dramática. Segundo o Banco Mundial, o PIB da Ucrânia deve ter uma contração de 35% em 2022 com a inflação a acelerar para 30% no final do ano e os salários reais a caírem 10%.  As exportações caíram 30% em termos nominais e 60% em termos reais. A destruição da capacidade produtiva e das infraestruturas habitacionais, energéticas e de transportes é massiva, e deu-se uma redução drástica da oferta de trabalho, com mais de 14 milhões de pessoas deslocadas (7 milhões refugiados no estrangeiro e 7 milhões internamente) para além da mobilização geral militar.[8]

A situação social e o impacto sobre a pobreza são substanciais. Segundo o Banco Mundial, a percentagem da população abaixo da linha de pobreza nacional deve subir de 18 para 60% entre 2021 e 2022. Embora os combates ativos sejam em zonas limitadas, o facto é que o impacto económico e social da guerra da Rússia contra a Ucrânia é enorme.

A Ucrânia tem beneficiado de substancial ajuda financeira (sobretudo empréstimos), humanitária e militar do Ocidente. Segundo a compilação da Universidade de Kiel, a ajuda já totaliza 157 mil milhões de Euros desde fevereiro de 2022 até janeiro de 2023, em termos de compromissos. A ajuda financeira, necessária para o funcionamento do Estado e pagamento de importações, totalizava 79 mil milhões de Euros, com contribuições semelhantes da UE (30 MM) e dos EUA (25 MM). A ajuda militar totalizava 65 mil milhões de Euros, dos quais só os EUA já tinham contribuído com 44 mil milhões. Os EUA têm apelado constantemente à UE para que aumente a sua ajuda nesta área. A ajuda humanitária, sobretudo aos deslocados da guerra já totaliza 12 MM, com o maior contributo dos Estados Membros da UE e dos EUA.

Não deixa de se apontar a pequena contribuição do Japão, que além disso aumentou as suas importações da Rússia em 2022. Também com contribuição nula aponta-se a Coreia do Sul.

Quadro 6: Ajudas à Ucrânia

Segundo as Nações Unidas havia em fevereiro de 2023, 8 088 mil refugiados espalhados pela Europa.[9] E cerca de 5,9 milhões deslocados dentro da Ucrânia.[10] Quanto aos refugiados, o maior número dirigiu-se para a Rússia, com cerca de 3 milhões, seguido da Polónia com 1,5 milhões e a Alemanha com 1 milhão. Em termos proporcionais à população são os Países Bálticos, Polónia, Czechia e Eslováquia os que receberam mais. Portugal está bastante abaixo da média da UE.

Da população total registada em 2021, 41 077 mil pessoas,[11] cerca de 43% precisava de ajuda humanitária.

Devido à dificuldade de medir os custos da guerra nas suas múltiplas dimensões, Artuc, E. et al.[12] do Banco Mundial, utilizam um modelo de medição do impacto no bem-estar aproximado pela probabilidade das pessoas migrarem da região afetada pelo conflito, comparando com os movimentos de população antes do conflito. Aplicado à região de Donetsk entre 2004 e 2019, mostra uma perda de bem-estar dos residentes nesta região que pode ir até 25% do seu rendimento ao longo da vida. Aplicando os mesmos parâmetros ao conflito em 2022, agora para todo o país, o custo da guerra, em perda de bem-estar, situa-se em 43%, bastante superior à queda estimada do PIB.

E como poderão evoluir os custos económicos da guerra no futuro?

Conforme demonstrámos, e apesar dos votos na Assembleia das Nações Unidas, a Rússia tem sido apoiada direta ou indiretamente, por muitos países.[13] Primeiro, a China que aumentou significativamente os seus fluxos de comércio com aquele país. Hoje, em vez dos computadores ou eletrodomésticos chegarem por barco ao porto de São Petersburgo, vindos de Taiwan ou da Polónia, vão diretamente da China via Kazakstan, ou via Istambul. Segundo, as exportações da Rússia de petróleo e de minerais são comodities que podem ser facilmente colocadas em qualquer parte do mundo, pelo que dificilmente poderão ser discriminadas para serem objeto de sanção pelo Ocidente. E mesmo em termos de oleodutos e gasodutos, a Rússia construiu nos últimos anos ligações à China que substituem as receitas vindas da Europa.

Mas o que é extremamente favorável à Rússia é a subida e manutenção do elevado preço da energia, de que esta é um dos maiores fornecedores a nível mundial. A proporção do custo da energia no consumo final saltou de 9% em 2020 para próximo dos 18% em 2022, na OCDE, o que iguala os choques do preço do petróleo de 1973 e 1980 (Gráfico 5). Energia barata esteve sempre na base do desenvolvimento tecnológico e foi mesmo a base das revoluções industriais, assim como em reverso, elevados preços da energia causam grandes períodos de estagnação. Estamos a esquecer esta lição da história, com consequências dramáticas.

Gráfico 5

Fonte: OCDE, disponível em https://www.oecd.org/ukraine-hub/en/

Por conseguinte, é essencial que a diplomacia atue de forma mais vigorosa sobretudo para controlar a China como país charneira, e que pode desempenhar um papel importante nas negociações para a paz.[14] E lançar pontes com os países do Médio Oriente quanto aos preços dos combustíveis. Mas, para fazer baixar os preços da energia é essencial que a UE reveja seriamente as suas políticas energéticas, para as tornar compatíveis com as restrições climatéricas.

Em conclusão, a nossa análise económica não permite antecipar que as restrições económicas sobre a Rússia possam perspetivar uma mudança de atitude daquele país, o que corrobora a análise militar e social feita pelo governo da Estónia, acima citada. Por outro lado, as ajudas bilaterais e multilaterais do Ocidente representaram até agora 0,37% do PIB dos EUA e 0,35% da UE, que representa quase um quarto da ajuda total externa destes países. Embora nos pareça suportável politicamente nos próximos anos, não deixará de começar a conflituar com a ajuda ao desenvolvimento aos países africanos e outros. E, sobretudo, se tivermos em conta as necessidades de reforço da segurança da UE e as exigências políticas da Transição Climática. Poderá, pois, ser problemática a manutenção dos elevados custos da guerra para o Ocidente, sobretudo com as inevitáveis consequências sociais. E, finalmente, não podemos deixar de realçar a necessidade de encontrar rapidamente uma solução para o conflito perante o sofrimento do povo ucraniano, que representa hoje para nós a luta pela democracia e liberdade.

[1] Dados do Banco Mundial, em dólares correntes.
[2] Republic of Estonia, Ministry of Defense. War in Ukraine: Myths and Lessons, January 2023.

[3] Apesar dos apelos e mesmo visitas de altos dignatários da EU e EUA aos países do Médio Oriente, que poderiam aumentar a produção de petróleo para fazer baixar os preços na altura em que a oclusão da guerra fez subir os preços internacionais, aqueles recusaram.
[4] Este valor está em linha com as estimativas da OCDE. Em setembro de 2022 esta organização estimava o custo da guerra a nível global, até finais de 2023, em termos de perdas de produção, em 2,8 biliões (triliões em inglês) de USD. (Wall Street Journal de 26.9.2022).
[5] Segundo o Rosstat o PIB contraiu-se apenas 2.1% em 2022. O Banco Mundial estima uma queda de 3,5 e a OCDE de 3,9%. Para 2023, a OCDE projeta uma queda de 5,6% e o Banco Mundial de 3,3%. É importante ter em conta que numa guerra não há apenas o impacto negativo das sanções e da queda da produção e procura privada, mas também o aumento da produção militar.
[6] Schmith, A. and A. Sakhno. The recession in Russia deepens: evidence from an alternative tracker of domestic economic activity, 14.2.2023.[7] https://www.cbr.ru/eng/statistics/macro_itm/svs/
[8] World Bank, Regional Economic Update for Europe and Central Asia (Oct 2022)
[9] https://data.unhcr.org/en/situations/ukraine
[10] https://www.unrefugees.org/emergencies/ukraine/
[11] IMF, WEO, october 2022
[12] Artuc, E., N. Gomez-Parra and H. Onder. The True Costs of War, WP 10217, October 2022.

[13] Russia Sidesteps Western Punishments, with Help from Friends, NY Times. 31.1.2023. Citamos: “The trend, which was repeated for washing machines, computer chips and other products in a handful of other Asian countries last year, provides evidence of some of the new lifelines that are keeping the Russian economy afloat. Recent data show surges in trade for some of Russia’s neighbors and allies, suggesting that countries like Turkey, China, Belarus, Kazakhstan and Kyrgyzstan are stepping in to provide Russia with many of the products that Western countries have tried to cut off as punishment for Moscow’s invasion of Ukraine”. Aponta como caso anedótico a exportação de telemóveis da Arménia para a Rússia que aumentou 10 vezes o ano passado.

[14] E para isso tem que se tomar em consideração os seus objetivos em relação a Taiwan, que põe em perigo os equilíbrios na zona Indo-Pacífica.