Rui Rio deverá apresentar uma candidatura às eleições presidenciais até ao final do mês de julho. O anúncio foi feito este sábado por Luís Marques Mendes, no habitual comentário semanal na SIC.

“Acho que é muito provável Rui Rio apresentar a sua candidatura na segunda quinzena do mês de julho, antes das férias. (…) Por aquilo que sei, Rio tem a sua convicção mais orientada para a Presidência da República do que para a liderança do PSD“, afirmou o ex-presidente do PSD, acrescentando que o apoio público de Francisco Pinto Balsemão, esta semana, ao ex-autarca do Porto não foi uma coincidência. “É um apoio de peso e isto não se faz por ordem do Espírito Santo”.

Segundo Marques Mendes, isto vai abrir “a confusão” à direita pois Pedro Santana Lopes “não desistiu da ideia de se candidatar” e “Marcelo Rebelo de Sousa é claramente o mais popular, tem granjeado muitos apoios dentro do partido e tem vontade clara que, para já, não assume”. Com isto, Mendes considera que “pode acontecer à coligação PSD/CDS o que está a suceder ao PS”.

Do lado dos socialistas, diz, “a confusão já está instalada”. “A candidatura de Sampaio da Nóvoa não arranca, não tem força. É ótima pessoa, mas não faz um bom candidato. Divide muito o PS. Mais do que se imagina”, afirmou. Enquanto isso, Maria de Belém Roseira “está a preparar-se de forma acelerada”.

Marques Mendes também comentou a incerteza da Grécia, considerando que será a primeira vez que acontecimentos exteriores a Portugal vão determinar o resultado das eleições legislativas. “Ao ver aquelas imagens, as pessoas ficam receosas”, disse, sobre as imagens de filas em Atenas. Aconselhando a coligação PSD/CDS a não entrar em “triunfalismos”, o social-democrata mostrou-se otimista numa vitória de Passos Coelho e considerou que o PS de António Costa “colou-se” ao Syriza no início e agora está a “reagir com os pés”, apesar de ser o que “tem mais a perder” com o que se está a passar em Atenas.

“Toda a esquerda europeia está a ser muito dura com a Grécia, como por exemplo o primeiro-ministro socialista italiano, Mateo Renzi”, lembrou, criticando a “orquestra desafinada” dos socialistas, como as declarações do presidente do partido, Carlos César, a admitir à Antena 1 que as propostas do Syriza são as mesmas das do PS.

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