A candidata presidencial Maria de Belém Roseira defendeu esta quarta-feira que o Presidente deveria tomar uma decisão “sem mais delongas” sobre o novo quadro parlamentar.

“Quando exista uma maioria absoluta de apoio parlamentar a um governo cabe ao Presidente aferir da sua sustentação constitucional e proceder à consequente designação, sem mais delongas”, afirmou, numa declaração que leu aos jornalistas para que não haja “dúvidas” sobre o seu pensamento neste período em que o país está à espera da decisão do Presidente.

A candidata justifica a pressa com os compromissos europeus e a necessidade de um Orçamento do Estado para 2016 e considera que o Presidente, “se tem dúvidas, pode aprofundar acordos” de esquerda, chamando em primeiro lugar a Belém os partidos que assinaram os acordos. “Portugal precisa, com urgência, de um governo em plenitude de funções que assegure a normalidade do funcionamento democrático e salvaguarde o interesse nacional”.

O PR tem o dever de contribuir para a criação de um clima de estabilidade, distensão e confiança“, afirmou, considerando que Cavaco deve dar toda a prioridade a este processo. 

Sobre o futuro, a candidata deixou ainda claro que “sempre que haja um governo que possa emergir de um quadro parlamentar regular, não cabe ao Presidente, no futuro, dissolver a Assembleia da República, a menos que esteja em causa o regular funcionamento das instituições”.

Maria de Belém defendeu ainda que se fosse PR neste momento convocaria o Conselho de Estado. E criticou outro candidato presidencial, Marcelo Rebelo de Sousa, que se mantém como conselheiro de Estado. “Eu suspendia a participação e não iria a nenhuma reunião”, disse.

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