O anúncio da reativação de uma base desocupada desde a Guerra Fria foi feito esta semana pelo Governo sueco em resposta aos avanços russos no espaço aéreo do país. “Este é um dos nosso grandes desafios: o que é que eles andam a fazer, porquê e qual o objetivo?”, questionou o Supremo Comandante das Forças Armadas suecas em entrevista à BBC.

Sabe-se agora que um ataque de treino conduzido pelos russos, em 2013, nos céus da Suécia era de natureza nuclear e a surpresa das forças suecas na altura levou o país a precaver-se contra ataques futuros reativando a base na ilha de Gotland. Esta base terminou a atividade militar no fim da Guerra Fria e está a ser novamente usada pelas forças militares suecas. A Suécia tem diminuído nos últimos anos as suas participações em missões no estrangeiro, para reforçar a segurança interna do país e as suas fronteiras.

Também a ameaça russa aos países Bálticos e o conflito aberto com a Ucrânia fazem aumentar o nível de alerta no país. À BBC, o ministro da Defesa sueco, Peter Hultqvist, afirma que o país está a tornar-se mais pró-ativo em termos de exercícios militares, nomeadamente no Mar Báltico, depois de várias infrações russas do espaço aéreo da Suécia.

Em 2014, surgiu a informação que um submarino russo estaria mesmo a aproximar-se de Estocolmo, capital do país. A Suécia não faz parte da NATO, mas as ações da Rússia nos últimos anos têm aproximado o país desta organização militar. Mais de metade dos suecos consideram agora que o país devia aderir à NATO.

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