A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, reiterou este sábado que o governador do Banco de Portugal não tem condições para continuar no cargo, acusando Carlos Costa de comportar-se como “a voz” do Banco Central Europeu (BCE) em Portugal.

“Quando falamos da regulação dos bancos, Carlos Costa comporta-se como um banqueiro entre banqueiros, quando falamos da defesa do interesse nacional, Carlos Costa comporta-se como a voz do BCE em Portugal sem ser capaz de defender um sistema financeiro que proteja o nosso país”, afirmou Catarina Martins, em declarações aos jornalistas à margem do XIII Congresso da CGTP, em Almada.

Por isso, acrescentou, “não é novidade que o Bloco de Esquerda (BE) considera que Carlos Costa não tem condições para ser governador do Banco de Portugal”.

Na edição de hoje do semanário Expresso, Carlos Costa responde às críticas de António Costa à atuação do Banco de Portugal dizendo que “seria curioso” demitir-se “por um pequeno incidente”.

Catarina Martins falou ainda do aumento do salário mínimo nacional para os 600 euros reivindicado pela CGTP, recordando que o BE fez um acordo com o PS no âmbito da maioria parlamentar para que a subida fosse conseguida.

“A baliza do Bloco é não menos de 5% ao ano, ou seja, em janeiro próximo terá de ser no mínimo 557 euros, já subiu para 530 fruto deste acordo”, lembrou, reconhecendo que seria “mais desejável ir para os 600 euros o mais depressa possível”.

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