É o milagre das rosas. Chega a primavera e as madeiras, as especiarias, o cacau e os frutos secos que facilmente se encontram nos perfumes de inverno transformam-se em flores.

Não são só rosas. Também há peónias, jasmim, passiflora, frésias, flor de laranjeira, chá verde e uma salada de frutas que inclui maracujá, tangerina, alperce, limão, toranja e pera, tudo espremido em essências para borrifar na pele durante as estações quentes.

“Um perfume é uma história cujo enredo tem um conjunto de personagens, que são as suas matérias-primas, e há matérias que são marcadamente mais frescas”, já dizia o perfumista Lourenço Lucena ao Observador, no verão de 2015. De entre os cubos de gelo olfativos, o especialista destaca “os citrinos, as notas verdes — que vamos buscar à natureza –, as marinhas e as ervas aromáticas”, justificando uma tendência de mercado que volta todos os anos com as andorinhas: as edições limitadas de perfumes em que as marcas procuram constituições mais leves para as suas fragrâncias, evidenciando algumas notas em detrimento de outras.

Das rosas de Elie Saab, Dolce & Gabbana ou Giorgio Armani, aos aromas cítricos de Tom Ford e Tommy Hilfiger, reunimos 15 novidades primaveris na fotogaleria. Não estranhe se ler muitas vezes a palavra “água”, “aqua” ou “eau”. O calor dá-lhe sede? Aos perfumes também, com o grau de concentração — aquilo que geralmente dita a durabilidade de uma fragrância no corpo — a ser propositadamente reduzido para se tornar mais ligeiro e leve. Como um dia de primavera.

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