É “pelos erros do passado” que a Caixa Geral de Depósitos tem agora vários “desafios pela frente”, afirmou Horta Osório em entrevista ao Jornal de Negócios. O líder do britânico Lloyds Bank Group, não duvida de que é necessário recapitalizar a CGD, mas que essa recapitalização deverá incluir a negociação de imposições com a Comissão Europeia.

“Sendo certo que é necessário recapitalizar a Caixa, considero que isso terá de ser feito negociando com Bruxelas a imposição de condições que satisfaçam ambas as partes”, afirmou.

Para o banqueiro português, “é essencial” que os contribuintes “não voltem a ser chamados para salvar bancos” e que os erros cometidos na gestão do banco agora liderado por António Domingues “não se voltem a repetir”. “Para que não seja necessário utilizar dinheiro público, ou seja dos contribuintes, para os resolver e também para assegurar que a Caixa cumpra a sua missão de banco público, que é a de ajudar a economia e financiar as PME, essenciais para o crescimento do país”, afirmou.

Elogiando o futuro presidente da CGD pela sua “reputação e experiência”, Horta Osório afirmou que é natural que enquanto a União Bancária Europeia não estiver concluída sejam adotadas soluções pontuais para os problemas de alguns países.

De acordo com o que foi avançado pelo Observador na quinta-feira, a Caixa Geral de Depósitos está a preparar, em conjunto com o Governo, uma injeção de capital que ronda 4 mil milhões de euros. O valor não estava fechado, mas o Expresso confirmou que António Costa já deu luz verde para a recapitalização e para a nova equipa da CGD, liderada por António Domingues. A 25 de maio, há assembleia-geral.

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