O ministro das Finanças afirmou em entrevista à TSF que a Caixa Geral de Depósitos deverá ser recapitalizada até ao “terceiro trimestre, início do quarto”, ou seja, no máximo até outubro. É pelo menos esse o calendário em que o Governo está a trabalhar, tendo esse horizonte como o limite temporal para completar as negociações com a Comissão Europeia. Já há duas semanas era o primeiro-ministro António Costa garantia que estava “quase concluído” o processo negocial com a UE.

Segundo disse Mário Centeno à TSF, contudo, o Governo só fará a recapitalização do banco público se os montantes forem adequados às regras europeias. Tudo para, disse Centeno, “preservar o impacto no défice”. As regras europeias exigem que a injeção de capital seja classificada como investimento, para não ser inscrita no défice. É nisto que o Governo estará a trabalhar.

Sobre a auditoria pedida pelo Governo à Caixa Geral de Depósitos, o ministro das Finanças reafirma a necessidade de auditar de forma “rápida”, para que “não restem dúvidas” sobre o banco público. Questionado sobre se a banca irá precisar de resgate, o governante garantiu que o Executivo estava a trabalhar no sentido de que as soluções fossem encontradas “dentro do sistema bancário”.

Já sobre o Novo Banco, Centeno reafirma que a intenção é vender, sendo que pode ser venda direta ou dispersão em bolsa. Mas o ministro das Finanças admite aos microfones da TSF que o processo é demorado e que “é preciso paciência”.

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