Quinta de Casaldronho

A Quinta de Casaldronho, que em tempos pertenceu a Egas Moniz, tutor de Dom Afonso Henriques, está a 350 metros de altitude: do alto do hotel dedicado ao vinho está uma vista sobre o rio Douro que, mesmo repetida, nunca deixa de tirar o fôlego. A antiga casa aburguesada da propriedade foi recuperada e acoplada a um edifício mais moderno para dar lugar a 18 quartos e duas suites. É assim desde o verão de 2014. E é também desde então que a quinta abre as portas a todos os curiosos que queiram participar nas vindimas: 2016 não é exceção e o programa de duas noites e três dias (175€ por pessoa) contempla um jantar logo à chegada, acompanhado por uma prova de vinhos (os primeiros néctares aqui produzidos serão lançados já em setembro). Ao raiar do sol os hóspedes são lançados às vinhas, sendo que entre a apanha e o almoço há direito a mata-bicho para encher o estômago e preparar os ânimos para a pisa a pé que se adivinha mais tarde.

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Quinta de La Rosa

Está na margem direita do Douro — Património Mundial da Humanidade desde 2001 — e na família de Sophia Bergqvist desde 1906. Apesar da idade, a quinta soube adaptar-se aos novos tempos: se já antes disponibilizava dormida num dos 10 quartos e quatro suites decoradas com gosto, agora tem na sala de provas (e loja de vinhos) o seu mais recente chamariz. Mas se provar os vinhos do Douro e do Porto que por ali se fazem não for suficiente, pode-se sempre arregaçar as mangas da camisola ou dobrar a borda das calças para fazer parte da vindima (50€ por pessoa; preço sem estadia incluída), marcada para as últimas duas semanas de setembro: e isso implica apanha da uva, visita à adega e ao armazém, prova de vinhos e jantar. A lagarada, essa, acontece já o sol se pôs, quando o relógio marcar as 21h00 — para pisar a uva ao luar e cantarolar noite dentro.

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Herdade do Barrocal

No monte alentejano de cinco estrelas também há vindimas para turista fazer (65€ por pessoa; preço sem estadia incluída). Até 16 de setembro — ainda que as datas estejam sujeitas a alteração devido ao estado de maturação das uvas –, é possível apanhar uvas e pisá-las na propriedade que durante quase dois séculos teve capela própria e 50 famílias residentes. Transformado num hotel desde a última primavera, o São Lourenço do Barrocal trocou a padaria, a praça de touros e as oficinas por um spa, um restaurante, uma horta biológica e 24 quartos (além das 15 casas para alugar). Mas voltemos às vindimas: quem quiser participar terá de andar com tesoura de poda na mão e chapéu de palha na cabeça, tudo para encher de forma mais eficiente a caixa de 20 quilos que é entregue pelas 08h. É que o dia de trabalho quer-se longo mas termina bem, com um almoço informal na herdade que não é herdade — ao prato chegam pão alentejano, azeitonas e azeite do São Lourenço do Barrocal, sandes de cachaço com legumes grelhados e mostarda antiga, pastelão de batatas, cebola e cenoura e, claro, vinho, já que aqui há tinto, branco e rosé produzido sob a batuta da enóloga Susana Esteban.

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Torre de Palma Wine Hotel

É um hotel dedicado ao vinho alentejano desde que abriu as portas, só lá vão dois anos. Mas não se fica por aí: o Torre de Palma quase parece um embaixador da região dos montados e das oliveiras, seja pela arquitetura típica, com edifícios caiados de branco, seja pelo restaurante Basilii, apostado nos sabores alentejanos e batizado em homenagem à abastada família que em tempos habitou a villa romana de Torre de Palma, cujas ruínas estão a poucos metros do hotel. Às piscinas interior e exterior, sala de cinema, capela e picadeiro junta-se a experiência da vindima (165€ por pessoa em quarto duplo com pequeno-almoço incluído). Além da tradicional seleção de uvas na mesa de escolha e pisa a pé, o enófilo terá a oportunidade de pôr os olhos na adega, zona de vinificação e cave de estágio. E porque o hotel já tem produção própria, a cargo do enólogo Luís Duarte, os responsáveis pela unidade garantem a oferta de uma garrafa, findo o trabalho e vencido o cansaço.

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Vila Galé Clube do Campo

Piscinas exteriores, campo de ténis, spa, 81 quartos e… vinhas. O hotel foi renovado em 2014 e, de tanta paisagem em redor, o tema Alentejo colou-se à sua arquitetura e decoração. O Vila Galé Clube do Campo também quer ensinar os hóspedes (ou qualquer enófilo vindo de fora) a vindimar, com um programa que inclui — imagine-se — o engarrafamento de vinho, além da tradicional pisa a pé no lagar ao som de rimas tradicionais da região (50€ pela atividade, com quartos a partir de 100€ por noite). A prova de vinhos acontece na Adega Santa Vitória que, juntamente com a Cave Santa Vitória, está integrada na herdade.

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Outros programas de vindimas:

  • Quinta da Pacheca, entre 15 e 30 de setembro, mínimo de duas pessoas e máximo de 30, inclui apanha da uva, almoço, visita guiada à propriedade, prova de vinhos e lagarada, por 75€ por pessoa; programa reduzido que inclui apenas lagarada, prova de vinhos e visita guiada à propriedade, por 20€ por pessoa;
  • Real Companhia Velha, mínimo de 6 pessoas e máximo de 18, inclui visita à Quinta das Carvalhas, apanha da uva, almoço, mesa de escolha, lagarada e prova de vinhos, por 85€ por pessoa;
  • Quinta do Pôpa, entre setembro e outubro, em data a acordar, mínimo de 12 pessoas e máximo de 25, inclui welcome drink, passeio pela vinha, almoço tradicional, visita à adega, lagares e garrafeira, pisa a pé e prova de vinhos, por 60€ por pessoa;
  • Adega Mayor, de 1 a 30 de setembro, mínimo de duas pessoas e máximo de 20, inclui passeio guiado pela vinha, apanha da uva, visita à adega, prova de mosto, workshop vínico e almoço no restaurante Muralha, por 55€ por pessoa;
  • Herdade das Servas, inclui visita à adega, zona de vinificação e caves de estágio, seleção de uvas na mesa de escolha, pisa a pé em lagares de mármore, prova de vinhos e almoço, por 50€ por pessoa (25€ sem almoço);
  • Herdade do Esporão, inclui passeio pelas vinhas e participação nas vindimas, visita às caves e à adega, prova de vinhos e almoço no restaurante Esporão.