O líder do Cidadanos, Alberto Rivera, sublinhou este domingo que o pacto assinado pelo seu partido e pelo PP prevê uma reforma do Senado e cortes com as administrações regionais e empresas públicas até 1.000 milhões de euros.

Alberto Rivera, que falava aos jornalistas no final do acordo assinado hoje com o PP, considerou tratar-se de um conjunto de reformas para o país nos últimos 35 anos e assegurou que o acordo põe fim aos cortes nas políticas sociais.

Alberto Rivera sublinhou que “por fim” se vai reformar o Senado para o tornar numa câmara territorial e que também acordaram com “uma redução substancial do número de senadores”, destacando os “cortes em estruturas políticas no montante de 1.000 milhões de euros, que afetarão empresas públicas e administrações regionais”.

O Cidadanos reclamava a supressão das duas instituições, o Senado e as administrações provinciais, embora o acordo com o PP se tenha limitado a essa reforma da Câmara Alta e a um menor gasto com os órgãos regionais.

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Alberto Rivera falava depois da assinatura do acordo entre o Cidadanos e o PP, tendo referido medidas do documento intitulado “150 compromissos para melhorar Espanha”.

No capítulo institucional, o líder dos Cidadãos disse que valeu a pena terem conseguido despolitizar a justiça”, com uma reforma do Conselho Geral do Poder Judicial (CGPJ) de modo a que a maioria dos vogais deste órgão seja eleito por juízes e magistrados.

Destacou ainda que tenham conseguido chegar a acordo para que o fiscal geral do Estado possa ser reprovado ou denunciado pelo parlamento, o que “equilibra a separação de poderes”.

Sublinhou, ainda, o facto de terem conseguido incorporar o “delito por enriquecimento ilícito” para cargos públicos.

Alberto Rivera advertiu ainda o PSOE de que “não vale desistir de Espanha”, tendo instados os outros partidos a agirem como o Cidadanos de modo a desbloquear a situação em Espanha permitindo que o país venha a ser um novo governo.

Rivera lembrou que das 150 medidas subscritas hoje com o PP, 100 faziam parte no texto acordado pelos Cidadanos e socialistas antes da investidura falhada de Pedro Sánchez.