É claro que, sob a carroçaria, são poucas as diferenças entre o novo 3008 DKR e o 2008 DKR que defendeu as cores da marca francesa no Campeonato do Mundo de Todo-o-Terreno em 2015 e 2016, modelo que venceu a última edição do Dakar, com Stéphane Peterhansel aos comandos. Aliás, o comprimento e a largura do carro de competição mantêm-se, à semelhança da distância entre eixos, e isto porque basicamente é o mesmo carro, com a Peugeot a apostar na teoria de que “em equipa que ganha não se mexe”. E a prova é que o 2008 DKR, a dias de ser substituído, venceu o Silk Way Rally, disputado entre a Rússia e a China, com Cyril Despres ao volante.

Se a base do Peugeot para os Rally Raid continua a mesma, o conceito tão pouco se alterou, com a marca francesa a apostar num protótipo tipo buggy, com apenas duas rodas motrizes, para fazer frente aos protótipos tipo jipe 4×4, dos adversários. É certo que a regulamentação para este ano retirou alguma da vantagem dos buggies, obrigando-os a montar um restritor mais apertado na entrada de ar para o turbocompressor (de 38, em vez dos anteriores 39 mm), o que deverá ter roubado cerca de 20 cv aos 350 cv debitados pelo turbodiesel 3.0 V6.

Mas os franceses continuam a defender que é vantajoso correr com um veículo de duas rodas motrizes mais leve, face aos 4×4 Mini All4 e Toyota Pick-up. E, como seria de esperar, os engenheiros franceses não se limitaram a trocar a carroçaria do 2008 pela do novo 3008 apenas por razões comerciais, uma vez que o SUV está neste momento a ser lançado na Europa. Todos os pequenos defeitos entretanto revelados pelo 2008 DKR, ao de uma época e meia de competição, foram obviamente sanados, com os técnicos a terem inclusivamente a oportunidade de optimizar a aerodinâmica, ao alterar as formas do carro de Bajas, de forma a melhorar a “fiabilidade e o comportamento”, a confiar nas palavras dos responsáveis. E, enquanto ainda não há vídeos do novo 3008 DKR, fique com as do antigo 2008 DKR, pois as diferenças não deverão ser muitas:

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