A sociedade anónima desportiva do Benfica registou resultados líquidos positivos de 20,4 milhões de euros durante o exercício económico que findou a 30 de junho de 2016, de acordo com a informação fornecida pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). No ano anterior, os lucros tinham-se fixado em sete milhões de euros, o que revela um crescimento de mais de 188% entre os dois períodos.

Os resultados operacionais da Benfica SAD atingiram 38 milhões de euros, uma subida de 25% em relação a junho de 2015, valor em que incluem os lucros gerados pela transação de direitos de atletas. O documento divulgado pela Benfica SAD refere que “os rendimentos operacionais (excluindo transações de direitos de atletas) ascendem a 126,1 milhões de euros, o que representa um crescimento de 23,6% face ao período homólogo”, situação que é explicada pelas receitas obtidas com a participação na Liga dos Campeões.

Quanto aos rendimentos alcançados com a venda de futebolistas, atingiram 81,9 milhões de euros, “o que representa um crescimento de 3,9% face ao período homólogo”, com destaque para os ganhos obtidos com Renato Sanches, Gaitán, Ivan Cavaleiro e Lima. Os rendimentos totais consolidados ascendem a 211,9 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 13,9% face aos 186 milhões de euros apresentados no período anterior,
“ultrapassando pela primeira vez a barreira dos 200 milhões de euros”.

As contas da empresa que gere o futebol do Benfica indicam que “o passivo consolidado regista um aumento de 25,8 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 6% face a 30 de junho de 2015”. A variação é “essencialmente explicada pelo aumento dos compromissos com fornecedores e outros credores, face aos investimentos realizados na aquisição de direitos de atletas”. Quanto à dívida bancária “registou uma forte diminuição neste exercício, no valor de 49,7 milhões de euros, a qual foi compensada quase na totalidade pelo incremento do valor dos empréstimos obrigacionistas por subscrição pública”.

A melhoria da situação financeira da Benfica SAD refletiu-se no facto de o capital próprio consolidado ter subido para 20,9 milhões de euros, “um aumento de 20,3 milhões de euros, face ao valor de 575 milhares de euros que apresentava a 30 de junho de 2015”. Apesar deste progresso, a relação entre o capital próprio e o total do ativo mantém-se baixa: está em 4,4%.

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