Liverpool, Milan, Real Madrid e Vitória. É a final four do dia. Uma espécie de desfile de loosers. O Liverpool perde 1-0 em casa e é afastado na ½ final da Taça da Liga inglesa. O Milan apanha 2-1 em Turim e sai de fininho nos ¼ da Taça de Itália. O Real Madrid empata 2-2 em Vigo e é eliminado nos ¼ da Taça do Rei. O Vitória sofre um golo na primeira parte mais dois na segunda e é o adeus na final four da Taça da Liga, sem honra nem glória.

Southampton, Juventus, Celta e Braga. É a final four do dia. Uma espécie de the best of. O Southampton faz história em Anfield, a Juventus vinga a derrota na Supertaça italiana, o Celta revive aquelas noites dos anos 90 e o Braga avança para a final two, à conta dos golos de Pedro Santos (13′, penálti) e Stojiljkovic (66′). Quem se segue? Só se sabe amanhã, entre Moreirense… Olá, outra equipa do Minho. Tu queres ver? Calma, o adversário é o Benfica, detentor do título. Adiante.

Noite fria, jogo morno, sem interesse e com apenas quatro mil-e-tal adeptos nas bancadas. É a primeira meia-final da Taça da Liga e o vencedor prolonga as férias-laborais no Algarve por mais quatro dias. A sorte sai ao Braga, sem esforço por aí além. A vitória começa a desenhar-se bem cedo e com um lance insuspeito, em que uma bola perdida na área é apanhada por Pedro Santos e travada pelo braço esquerdo de Pedro Venâncio. O árbitro assinala (e bem) penálti, o assistente Fábio Veríssimo confirma-o. Na marcação, Trigueira adivinha o lado da bola e estica-se todo. Em vão, o remate de Pedro Santos é colocadíssimo. Um-zero. Daí até ao intervalo, zero de perigo nas duas balizas. Aliás, só há mais um remate à baliza, aos 45′, cortesia João Amaral, de livre directo. Matheus defende com segurança.

A segunda parte é um fartote de faltas, faltas e mais faltas. A bola é mal tratada sem apelo nem agravo. Nuno Pinto é disso um exemplo, com um passe mal medido para o guarda-redes. Rui Fonte antecipa-se a Trigueira e oferece o 2-0 a Stojiljkovic (66′). Com a baliza aberta, o sérvio confirma a vantagem bracarense e marca um lugar na final de domingo. Às faltas, acumulam-se as substituições. É sempre o mesmo ram-ram. Sai este, entra aquele. E mais outra e outra. De repente (72′), Thiago Santana entra em campo e incomoda realmente Matheus com um pontapé de primeira, enquadrado com a baliza. O keeper do Braga defende com o pé direito, junto ao poste. O Vitória cresce, sim. Só que Matheus sai-se sempre bem, sem hesitações nem erros. Já o Braga é mais cínico e fixa o 3-0 aos 87′, num rápido contra-ataque a três toques entre Battaglia, Vukcevic e Rodrigo Pinho.

Xistra dá três minutos de desconto (um por golo) e o Braga aproveita para fazer mais uma faltas. Ao todo, 31 (contra 18 do Vitória). Já agora, o Vitória tem mais posse de bola e até ataques. O problema é o resto, como chegar à baliza do Braga. Dá beco sem saída e o 3-0 espelha o acerto bracarense, numa equipa em que o lateral Paulinho é um verdadeiro gverreiro com v e até acaba com a gola da camisola em v (que se acuse o setubalense) (ou não). O Braga está na final e o Vitória a caminho de Setúbal, bem acompanhado pelos fiéis adeptos, que cantam o hino do clube à saída de campo dos jogadores. Um momento bonito para um jogo fraco. Amanhã há mais. À mesma hora (20h45), no mesmo estádio.

Estádio Algarve, em Faro/Loulé
Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)
0 VITÓRIA: Trigueira; Arnold, Venâncio (cap), Fábio Cardoso e Nuno Pinto (Meyong, 77′); Costinha (Nené Bonilha, 86′), Agu, Zé Manuel (Thiago Santana, 71′), João Amaral, Nuno Santos e Edinho
Treinador: José Couceiro (português)
3 BRAGA: Matheus; Paulinho, Rosic, Artur Jorge e Baiano; Battaglia, Xeka (Vukcevic, 79′), Pedro Santos (cap) (Alan, 88′), Ricardo Horta, Rui Fonte e Stojiljkovic (Rodrigo Pinho, 70′)
Treinador: David Simão (português)
Marcadores: 0-1, Pedro Santos (13′ gp); 0-2, Stojiljkovic (66′); 0-3, Rodrigo Pinho (87′)

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