O South China Morning Post anunciou que os chineses da Geely retiraram a sua oferta para formar uma parceria com os malaios da Proton, negócio que deveria levar à aquisição da marca de desportivos britânicos Lotus, detida pelo fabricante da Malásia. Aparentemente aborrecidos pela forma lenta como as negociações têm avançado – ou não têm avançado, na opinião da Geely, fabricante que já controla a Volvo –, a Proton fica agora nas mãos da PSA, o outro fabricante que estava, juntamente com os chineses, à mesa das negociações.

Poucas semanas após a aquisição da Opel à General Motors, a PSA (Peugeot/Citroën/DS) está agora em perfeitas condições para se apossar da Lotus, simultaneamente assinando uma parceria com a Proton, para ter uma presença mais marcante naquela parte do mundo.

A Lotus é uma marca respeitada de desportivos e com grande potencial, mas que necessita de um construtor forte, em matéria de posses e de capacidade tecnológica. Resta saber se a PSA, liderada pelo português Carlos Tavares, reúne as condições para realizar mais uma aquisição num tão curto espaço de tempo, ela que ainda há dois anos estava à beira da falência, tendo sido salva por uma trilogia de esforços que envolveu investimentos chorudos – por parte dos Estados francês e chinês (este através do construtor estatal Dongfeng) e da liderança entregue a Tavares, o antigo número dois da Renault, cujo plano de recuperação da PSA tem vindo a ser executado com precisão, a ponto de atingir os objectivos substancialmente antes do tempo previsto. A vantagem da PSA é que agora, sem concorrência, deverá ser bastante mais fácil negociar com os malaios e, logo, conseguir firmar um melhor acordo.

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