As exportações cresceram 23,9% em março, um aumento significativo face ao que se verificava há um ano o que permite reduzir parcialmente o défice comercial da economia portuguesa, mas a evolução mensal mostra que o aumento das importações está a começar a estragar este efeito. Parte deste resultado, explica o INE, deve-se a efeitos de calendário que aumentaram o número de dias úteis em março deste ano.

As trocas comerciais da economia portuguesa aumentaram sobretudo dentro da área económica da União Europeia, que já são o maior mercado para as exportações portuguesas, e de onde Portugal mais importa produtos. As exportações de bens aumentaram para Estados-membros aumentou 19,9% em março deste ano, comparando com março do ano passado, quando em fevereiro cresceram 2,8%. Mas as importações destes países também subiram 15,1%, quando no mês passado cresceram 5,5%.

O resultado, face há um ano, é positivo. O défice comercial, diferença entre o que a economia portuguesa vendeu e o que comprou, caiu 241 milhões de euros quando comparado com há um ano. No entanto, a evolução mensal mostra que março pode não ter sido um mês assim tão positivo. Comparando com o mês de fevereiro deste ano, a receita com exportações aumentou 892 milhões de euros, mas o custo com importações aumentou mais, 923 milhões de euros, o mostra um ligeiro défice comercial.

Nestas contas é preciso ter ainda em conta alguns efeitos de calendário que ajudam o mês de março a ter mais trocas, tanto em comparação com fevereiro deste ano, como com março do ano passado. Segundo o INE, fevereiro deste ano teve menos um dia útil e março mais um dia, o que faz com que a comparação mês a mês seja favorável a março deste ano. Quando comparando com o ano passado, é preciso ainda ter em conta que, em 2016, a Páscoa foi celebrada em março, fazendo que haja menos dias úteis até na comparação homóloga.

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