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Praia 'fascista' escandaliza em Itália

Este artigo tem mais de 5 anos

Uma praia perto de Veneza, conhecida como Punta Canna, está repleta de cartazes de Mussolini, com frases extremistas e com emissões regulares de discursos políticos.

Punta Canna, perto de Veneza, é uma das praias mais visitadas em Chioggia. Está repleta de cartazes de louvor a Mussolini e ao fascimo
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Punta Canna, perto de Veneza, é uma das praias mais visitadas em Chioggia. Está repleta de cartazes de louvor a Mussolini e ao fascimo

Punta Canna, perto de Veneza, é uma das praias mais visitadas em Chioggia. Está repleta de cartazes de louvor a Mussolini e ao fascimo

Perto de Veneza, na cidade de Chioggia, a praia Punta Canna recebe os seus banhistas com um cartaz que os avisa de que estão a entrar num território fascista: “Zona de regime antidemocrático”, é o que se lê.

Gianni Scarpa, de 64 anos, é o proprietário e Duce desta praia e impôs o seu próprio regime na zona. Na praia, cujo acesso é pago, ouvem-se frequentemente hinos, discursos políticos e louvores a Mussolini e ao fascismo.

Os municípios italianos, para aumentar os seus lucros, concedem concessões a empresas ou a indivíduos que são responsáveis pelos espaços. São os negócios dos “estabelecimentos balneares” e os seus preços oscilam de praia para praia e de região para região. O preço médio diário de um guarda-sol pode chegar aos 30 euros.

No caminho que os banhistas fazem até chegar a Punta Canna, veem-se cartazes que têm escritas frases como: “Num país devastado por ladrões institucionais e rudes, aqui estão as regras que fazem falta: ordem, limpeza, disciplina, severidade“.

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Também se destaca uma frase de Ezra Pound: “Se um homem não está disposto a lutar pelas suas ideais, ou as suas ideias são inúteis, ou ele é inútil“.

Entre os diversos cartazes, surgem imagens de Mussolini e saudações fascistas.

Os fim da Democracia

Além dos cartazes e dos símbolos fascistas, as conversas que Scarpa mantém com os seus clientes também estão repletas de insultos à democracia e ataques ao Papa Francisco.

Ele quer construir pontes e não muros? Então ele que construa um entre Roma e Buenos Aires e que volte para a sua terra”, diz.

Mas além de estar habituados a este tipo de discursos, os clientes estão muito satisfeitos com o serviço e dizem que a praia “é limpa e organizada”, segundo o ABC. A maior parte dos frequentadores são moradores da área, muitos com tatuagens de cruzes celtas e águias.

Uma reportagem do jornal La Repubblica causou choque um pouco por toda a Itália e atraiu a atenção do Parlamento para o caso. Porque ou as autoridades não teriam quaisquer informações sobre a estância balnear ou preferiram ignorar a informação.

Chioggia não é, contudo, um lugar desconhecido. Tem uma população com mais de 50 mil habitantes e é conhecida como “pequena Veneza” pelas suas semelhanças com aquela cidade italiana. E Punta Canna é uma das praias mais visitadas da região.

Após a denúncia do jornal italiano, as autoridades de Chioggia e de Veneza removeram os sinais e símbolos fascistas. A queixa que foi feita contra Scarpa podem levá-lo a ser acusado de apologia ao fascismo, ao incitamento ao ódio e discriminação racial.

Noemi Di Segni, presidente das Comunidades Judaicas Italianas comentou o assunto.

É grave ter de ser o jornalismo a denunciar estes casos vergonhosos e não as autoridades”, disse.

Nicola Fratoianni pediu urgência para que o ministro do interior, Marco Minniti, desse explicações sobre o caso.

É incrível que o nosso país, em 2017, tenha uma zona balnear dedicada a Benito Mussolini, que orientou um regime fascista onde as câmaras de gás se expandiam”, afirmou.

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