A Casa Branca admitiu esta terça-feira que Donald Trump deu o seu contributo para a elaboração do comunicado do seu filho sobre a reunião deste, e de dois colabores próximos do Presidente, com uma advogada russa que terá prometido “podres” sobre a campanha de Hillary Clinton, negando no entanto que este o tenha ditado.

Numa notícia avançada esta terça-feira pelo Washington Post, Donald Trump terá ditado o comunicado que o seu filho emitiria, e que acabaria por ser desmentido pouco depois, quando estava a bordo do Air Force One, após participar na reunião do G20 em Hamburgo.

O jornal avança ainda que os conselheiros de Donald Trump pretendiam que o comunicado respondesse de forma assertiva à questão, prestando logo ali toda a informação sobre o encontro, para que o assunto morresse imediatamente, mas Trump terá feito abortar este plano.

A Casa Branca confirmou que Donald Trump participou neste processo, mas não diz até onde chegou a sua colaboração. A porta-voz da administração, no seu briefing diário, manteve ainda que o dito no comunicado era verdadeiro.

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No entanto, a história mudou quando o New York Times começou a publicar parte do conteúdo dos emails entre Donald Trump Jr. e um publicitário britânico que estava a combinar o encontro.

As notícias levaram o filho de Trump a publicar, na integra, a troca de emails. Nela, era prometida informação sobre Hillary e o apoio de um procurador russo e do governo russo à eleição de Donald Trump.

O Presidente, que tem negado sempre todas as ligações com a Rússia, terá ditado o comunicado para que ele se centrasse na questão discutida sobre a proibição imposta pelo Governo russo à adoção de crianças russas por casais norte-americanos, o tema que Natalia Veselnitskaya, a advogada russa em questão, terá querido discutir.

No entanto, essa proibição só foi imposta pelo governo russo devido às sanções impostas pelos Estados Unidos à Rússia com a aprovação do Magnitsky Act em 2012.