O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) permitiu que 3.000 pessoas abandonassem a cidade de Al Raqa devido ao aumento da violência após uma ofensiva das Forças da Síria Democrática (FSD), divulgou este sábado o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

A mesma fonte detalhou que os deslocados se dirigiram para zonas da província de Al Raqa (nordeste) debaixo do controlo das FSD, a aliança liderada por milícias curdas e apoiada pelos Estados Unidos que tem expulsado o EI de várias áreas da região.

O Estado Islâmico permitiu a marcha dos civis devido ao aumento de confrontos armados e dos bombardeamentos que a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos sobre Al Raqa durante a semana passada, segundo o Observatório.

Os jihadistas tendem a reter os civis para usá-los como escudos humanos e para evitar ser bombardeados ou atacados por inimigos.

O Observatório assegurou que as FSD recuperaram nas últimas 24 horas seis cadáveres de civis que tentavam fugir de Al Raqa, mas que morreram devido à explosão de minas colocadas no caminho, de acordo com fontes consultadas pela ONG. Estas fontes acrescentaram que também se registaram baixas humanas de membros do EI nas zonas de combate, enquanto os corpos dos combatentes das FSD foram retirados de Al Raqa.

A ONU calcula que entre 20.000 e 50.000 civis permanecem em Al Raqa, considerada capital do califado do grupo extremista EI em 2014.

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