“Aqueles que criam violência em nome do racismo são criminosos e arruaceiros, incluindo o KKK, os neo-nazis e os supremacistas brancos e outros grupos de ódio que são repugnantes para tudo o que valorizamos como americanos.” Foi esta a frase usada por Donald Trump numa curta declaração, esta segunda-feira, onde se referiu pela primeira vez de forma direta aos grupos de extrema-direita que provocaram distúrbios em Charlottesville, onde morreu uma norte-americana, atropelada por um carro que abalroou a multidão.

O Presidente, que classificou o racismo como algo “maléfico”, declarou ainda que “a violência e preconceito” vistos em Charlottesville “não têm lugar na América”. Segundo Donald Trump, o Departamento da Justiça irá abrir uma investigação de Direitos Civis ao ataque de um carro contra a multidão, que vitimou uma pessoa.

Trump tem estado debaixo de fogo pela sua reação inicial a Charlottesville, onde condenou a violência vinda “de muitos lados”, sem nunca se referir aos grupos de extrema-direita no local. Segundo o “New York Times”, Trump terá sido pressionado por vários dos seus conselheiros, incluindo o seu chefe de gabinete John F. Kelly, a fazer uma declaração mais contundente.

Durante a campanha eleitoral para a presidência, Trump também teve alguns episódios onde tardou a demarcar-se de grupos racistas (como quando teve o apoio do antigo líder do Ku Klux Klan, David Duke). Desta vez, o Presidente norte-americano acabou por ser mais claro apenas dois dias depois de Heather Heyne ser atropelada num contra-protesto. Inicialmente, Trump fez uma declaração ambígua onde condenou a violência de forma geral, seguida de um comunicado da Casa Branca e, finalmente, destas novas declarações já nesta segunda-feira.

Donald Trump criticado por não condenar (e dizer) “atentado interno” de “supremacistas brancos”

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