O Governo tem analisadas quase 22 mil candidaturas de agricultores afetados pelos incêndios de 15 de outubro, a que corresponde um apoio total superior a 60 milhões de euros, informou este domingo o ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

Até mil euros, o ministério recebeu 6.008 candidaturas, entre 1.053 e cinco mil euros cerca de 15 mil candidaturas e acima dos cinco mil euros foram registadas “20 e tal candidaturas”, sendo que, nesse caso, o prazo de candidaturas só termina a 22 de dezembro, afirmou Capoulas Santos, que falava em Santa Comba Dão, distrito de Viseu.

Acima dos cinco mil euros, as candidaturas estão a registar, em média, um prejuízo na ordem dos 400 mil euros, sendo que o total dos pedidos acima dos cinco mil euros “superam os dez milhões de euros”, explanou o membro do executivo, que acompanhou hoje António Costa numa visita aos territórios afetados pelos incêndios de 15 de outubro.

Questionado pela agência Lusa, Capoulas Santos sublinhou que a região afetada pelas chamas é caracterizada pela “muito pequena agricultura”.

Como forma de exemplificar essa situação, o ministro da Agricultura contou que metade dos produtores “não têm conta bancária”, o que se tem revelado “um problema burocrático complicado”.

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A tutela espera pagar até ao final do ano 100% do prejuízo aos agricultores que registaram perdas até mil euros e garantir um adiantamento “não inferior a 70%” para todos os outros produtores.

Em janeiro de 2018 será feita a verificação das candidaturas – há “algumas centenas de casos” com incongruências – e será pago o restante até ao final desse mês, disse Capoulas Santos.

O ministro da Agricultura sublinhou ainda que, no caso do ministério que lidera, os apoios ultrapassam “os 100 milhões de euros”, quando incluídos os incêndios de 17 de junho.