O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi esta quinta-feira recebido por uma multidão na ilha do Príncipe e até teve direito a um hino feito de propósito para a visita.

O chefe de Estado português percorreu parte do percurso até ao Palácio do Governo Regional do Príncipe a pé. Mal saiu do carro, começou a distribuir beijos e abraços, a tirar ‘selfies’ e fotografias, sempre acompanhado do Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, e do presidente do governo regional do Príncipe, José Cassandra.

“Obrigado José Cassandra pela visita do professor Marcelo”, era assim o refrão cantado por centenas de pessoas, a maioria crianças.

E Marcelo voltou esta quinta-feira a dançar, desta vez ao ritmo das Batucadeiras Ilha Verde.

Sob um calor e humidade intensos, a receção ao chefe de Estado português foi igualmente calorosa e o ritmo manteve-se na marcha encabeçada pelos chefes de Estado até ao antigo Palácio do Governador, no centro da capital do Príncipe, Santo António. Aí, um grupo de crianças cantou os hinos de Portugal, São Tomé e Príncipe e da Região Autónoma do Príncipe.

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No último dia da visita de Estado a São Tomé e Príncipe, Marcelo Rebelo de Sousa visita o Polo Cultural Português e a escola secundária Padrão. O Presidente visita ainda o Parque da Biodiversidade, uma zona protegida com cerca de 85 quilómetros quadrados rica tanto pelo ecossistema terrestre, como marinho, e onde se estuda, entre outros temas, a diversidade de plantas medicinais.

A ilha do Príncipe foi classificada em julho de 2012 como Reserva da Biosfera mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). No final da visita, Marcelo Rebelo de Sousa vai à Roça Sundy, ao local onde foi realizada a experiência que comprovou a teoria da relatividade de Einstein, a 29 de maio de 1919, pelo astrónomo britânico Arthur Eddington.

Nos primeiros dois dias da visita, o chefe de Estado repetiu que São Tomé é prioritário para Portugal e anunciou que vai ser assinado um acordo económico global durante a visita que o primeiro-ministro, António Costa, vai efetuar ao país até meados deste ano.