O grupo terrorista Estado Islâmico e os Talibã reclamaram este sábado a autoria de uma vaga de ataques suicidas que varreu durante a noite de sexta-feira o Afeganistão, provocando mais de 20 mortos em diversos pontos do país, segundo as autoridades afegãs.

O Ministro da Defesa do Afeganistão revelou que na zona ocidental do país morreram pelo menos 18 pessoas em ataques suicidas, mas não adiantou mais pormenores, naquele que parece ser o incidente mais grave da noite..

Mais a sul, na província de Helmand, pelo menos três agentes de segurança morreram em resultado de dois ataques separados de bombistas suicidas, revelou o porta-voz do governador provincial.

Omar Zwak, porta-voz do governador de Helmand, revelou que um bombista suicida que conduzia um carro armadilhado foi morto por soldados afegãos. A viatura desgovernada acabou por explodir à entrada da base military de Nad Aaki, matando dois soldados e ferindo um terceiro.

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Um segundo ataque suicida ocorreu junto à base military da capital de Helmand, Lashkar Gah, matando um agente de segurança e ferindo mais sete pessoas. Um porta-voz dos Talibã, Qari Yusouf, reclamou a responsabilidade pelos dois ataques suicidas em Helmand.

Também este sábado, um bombista suicida fez-se explodir na zona das embaixadas, em Cabul, capital do Afeganistão, matando mais uma pessoa e ferindo pelo menos outras seis, a poucas dezenas de metros do quartel-general da Nato, revelou o governo afegão.

O porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, Najib Danish, admitiu que o número de vítimas mortais pode vir a aumentar. Ao início da manhã, o Estado Islâmico veio reclamar a autoria deste atentado.

Desde 2015, os Talibã e o Estado Islâmico alimentam uma guerra sangrenta, marcada por episódios violentos de rivalidade, somando-se aos conflitos que cada grupo tem com as forças afegãs.